Cultura

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A tarde desta quarta-feira (21) foi de casamento na roça e de muita quadrilha no Abrigo Dom Pedro II, em Piatã. Bem animados e vestidos à caráter, os noivos entraram no salão para dar início à dançaria e à festividade. Maria da Conceição Farias, 90 anos, usou um vestido branco com detalhes rosa, meia branca, luva delicada e buquê de flores nas mãos, coroa de flores na cabeça e maquiagem. Também vestido de branco e usando uma gravata com detalhes rosa, o noivo Severino Pedro Pereira, de 70 anos, não conteve a animação.

O casamento e a dança dos noivos foram o ponto de partida para a apresentação da quadrilha, animada por um tecladista e por uma funcionária da casa ao microfone. Os pares se arriscaram no cumprimento recíproco, na paquera, no passo do serrote, do túnel, do caracol, do passeio na roça, da passagem pela ponte, pela cobra e sob a chuva.

No salão, bandeirolas, paçocas enfeitadas, chapéus de palha e toalhas quadriculadas davam o toque festivo e traziam o clima de interior para o local. A festa contou ainda com comidas típicas enfeitando a mesa principal do salão, como canjica, amendoim, laranja e bolos diversos.

“Está sendo maravilhoso. Ontem teve a Banda da Guarda e bastante bolo. Eu estou me divertindo muito”, contou a idosa e uma das participantes da quadrilha, Lúcia Maria da Conceição, de 81 anos.

“Está sendo uma farra e eles estão gostando muito. Eles gostam de todas essas atividades comemorativas, pois saem da rotina. Ontem mesmo eles assistiram à apresentação da Banda da Guarda Municipal e ficaram bem animados, hoje é o forró e o casamento e eles amam. As comemorações são importantes, pois melhoram a autoestima deles, eles têm o prazer de se arrumar e socializam tanto com os internos como com os visitantes”, conta a subgerente do Dom Pedro II, Maria Augusta Silva.

Estímulo à convivência – A equipe do Dom Pedro II sempre promove festas e atividades recreativas em datas e períodos como Carnaval, Dia dos Avós, Dia das Mães, Dia dos Pais, São João, aniversário do abrigo (julho), Primavera, Semana Internacional do Idoso, Natal e Réveillon. Em janeiro, os idosos foram para um hotel fazenda e frequentemente eles recebem grupos para a realização de atividades no local.

Ex-funcionária do abrigo, a assistente social do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) de Itapagipe Ana Valéria Souza, de 52 anos, faz questão de participar das datas comemorativas da instituição. “A minha relação com eles é muito mais sentimental. Eu trabalhei muitos anos aqui e vejo que a equipe tem essa preocupação de proporcionar para os idosos esse momento de alegria, sempre inserindo na comunidade. Hoje eles vestiram roupas combinando, participaram da quadrilha. É muito importante, pois eles se sentem pertencentes, ativos e atentos. Estimula o cognitivo, a alegria e a convivência”, opinou.

Administração – Situado no bairro de Piatã, o Abrigo Dom Pedro II é gerido pela Prefeitura de Salvador, por meio da Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre), e este ano completa 136 anos. O local conta com 55 idosos que recebem cuidados de uma equipe multiprofissional formada por médicos, psicólogos, assistentes sociais, cuidadores, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas e técnicos de enfermagem, entre outros.

Reportagem: Priscila Machado/Secom

 

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A programação especial de São João da Prefeitura vai encerrar em grande estilo neste domingo (25) com a realização do Festival Samba Junino, no Dique do Tororó. A atividade terá início a partir das 15h, com o cortejo de dezenas de grupos tradicionais de samba junino e show de Tatau, com participações de Ninha e Reinaldo. O cortejo dos grupos de samba junino vai começar no viaduto Rômulo Almeida e seguir a Avenida Vasco da Gama, até o palco, localizado em frente à portaria da Arena Fonte Nova, no Dique do Tororó. A concentração está marcada para às 14h.

O festival vai celebrar o movimento cultural genuinamente baiano que nasceu há mais de 40 anos em festas de terreiros de candomblé de bairros como Engenho Velho de Brotas, Fazenda Garcia, Tororó e Federação. Dentre os grupos desfilará o Samba Duro de Terreiro, do Uruguai, que é um dos maiores em atividade na capital baiana. Ao som de cantigas e batuques de samba duro, cerca de 30 grupos vão desfilar no mesmo estilo dos tradicionais arrastões nos bairros.

Para o presidente da Saltur, Isaac Edington, o Festival encerra as comemorações do São João em grande estilo. “Foi um pedido especial do prefeito fazer um grande encerramento da nossa programação junina. Estamos agora em fase final de ajustes desse momento e garanto que vai ter tudo que pede o nosso São João, com tradição, música, beleza e comemoração”, destacou.

O secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Pedro Tourinho, afirma que o samba junino é um movimento comunitário que tende a crescer ainda mais nos próximos. “O Samba Junino é patrimônio cultural de Salvador, uma celebração particular de cada bairro, cada grupo e comunidade, uma grande potência de nossa cidade que se reunirá no dia 25 para que todos possam ver, participar e se divertir", declarou.

O cantor Tatau, que no início da carreira fez parte do grupo “Samba Scorpions”, declara ter uma relação muito especial com o samba duro. “É um movimento que ajudei a difundir aqui e tenho músicas que foram uma das primeiras a reverberar para o grande público em relação ao ritmo, a exemplo de ‘Quero Ser Seu Namorado’. Então é uma satisfação esse convite e eu garanto que vamos entregar ao público um show que leva a tradição, a cultura e o profissionalismo. Estou ansioso e pronto para interagir com o público que já gosta de samba duro e também atrair os jovens para participar desse momento e multiplicar um ritmo e um estilo musical que é muito importante pra nossa cultura”, afirmou o cantor.

Para o produtor cultural e presidente da Liga de Samba Junino da capital, Wagner Shrek, a festa vai garantir não apenas entretenimento para os cidadãos, mas também visibilidade para o movimento que é forte nas periferias e possui também impacto social. Os grupos possuem um calendário fixo de apresentações que inicia no período da Semana Santa e segue até o São João, além de desenvolver atividades pontuais em outras festividades.

“É um movimento ancestral, da cultura do povo preto e que está tendo o reconhecimento como patrimônio. Estamos avançando e salvaguardando essa cultura que não se restringe à música. Os grupos estão ligados a atividades culturais e sociais com iniciação de crianças e jovens na música. Além disso, as apresentações, que são sempre realizadas nas ruas, também fomentam a economia das comunidades”, reforçou.

Samba Junino - O samba junino é derivado do samba de caboclo e tem suas matrizes rítmicas vinculadas às evoluções do tambor. Com o passar do tempo, diversos bairros de Salvador se tornaram expoentes do movimento cultural, como Liberdade, Nordeste de Amaralina, Santa Cruz, Vale das Pedrinhas, Alto das Pombas, Cajazeiras, Águas Claras e Canabrava. Símbolo de resistência, o samba junino deu origem ao pagode baiano que emplacou diversos sucessos nacionais na década de 90, com grupos como Gera Samba, Terra Samba e Companhia do Pagode. Por ser uma manifestação genuinamente soteropolitana, foi reconhecido, em 2018, como Patrimônio Cultural Imaterial de Salvador, pela Fundação Gregório de Mattos (FGM).

O movimento surgiu em torno das casas de candomblé de Salvador, no bojo da religiosidade popular, presente nos terreiros e em muitas festividades de matriz africana nas festas de caboclo, iniciando suas manifestações nas queimas de Judas e encerrando no Dois de Julho, inclusive na sequência das rezas direcionadas aos santos juninos – Santo Antônio, São João e São Pedro.

Representa, então, uma expressão cultural genuinamente soteropolitana, marcado pela rítmica do samba duro, disseminada há pelo menos 40 anos em diversos bairros de Salvador. Serviu como base para o surgimento de estilos musicais contemporâneos como o pagode baiano, projetando muitos artistas conhecidos do grande público como Tatau, Reinaldo, Ninha e Márcio Victor.

 

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Após meses de dedicação e empenho, os alunos do Espaço Boca de Brasa Cajazeiras realizam nesta terça-feira (20), às 19h, o espetáculo ‘Oxe! É Arraiá”. A apresentação, que acontece no próprio local, situado no Mercado Municipal do bairro, em Cajazeiras X, é aberta ao público e é resultante das oficinas de canto, dança, figurino, sonorização e iluminação da Jornada Criativa do espaço, iniciada em abril.

Com muito talento e criatividade, os participantes mostrarão muita dança, canto, música e demais manifestações artísticas, mostrando todo potencial criativo que reside na região. A Jornada Criativa é uma realização da Mil Produções Artísticas e do Boca de Brasa, em parceria com a Prefeitura de Salvador e a Fundação Gregório de Mattos (FGM).

Aluna da Jornada, Sofia Ferreira, de 19 anos, contou que, após uma lesão, substituiu a dança pelo canto e se transformou. “Quando as aulas começaram, eu me apaixonei pela música. Aprendi o propósito de cada aquecimento, cada exercício e a importância de cada música. Saio da Jornada Criativa renovada, com grandes expectativas de retomar meu contato com a arte. Foi um processo delicioso, e eu recomendo a todos que se permitam experimentar. É um grande ganho para mim e para toda a comunidade de Cajazeiras ter esse projeto”, relatou.

Sofia ainda explanou sobre a importância da atuação da FGM em regiões periféricas. “Cajazeiras, assim como outros bairros da periferia, é um potencial centro de arte. Infelizmente, nossos artistas são poucos reconhecidos, em geral por não terem a oportunidade de demonstrar seu talento. A Fundação Gregório de Matos tem sido uma importante ferramenta para nós, gerando oportunidades e público para esses artistas através do Espaço Boca de Brasa e da Jornada Criativa”, finalizou.

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Com a chegada do período das festas juninas, os baianos mantêm a tradição das fogueiras e fogos de artifício. No entanto, infelizmente, também há um aumento de ocorrências nos casos de queimaduras nos hospitais da capital baiana. O médico e gerente executivo do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Ivan Paiva, alerta que o primeiro objetivo é informar a população sobre como se prevenir para evitar acidentes.

Dentre as dicas estão não segurar ou reacender os fogos, evitar pular a fogueira, evitar acender fogos próximo a bebidas alcoólicas ou realizar brincadeiras arriscadas que possam causar danos físicos. Segundo Paiva, as áreas do corpo mais afetadas são os olhos, comprometendo gravemente a visão ou provocando, nos casos mais graves, a cegueira; e as mãos, pois os fogos podem explodir e provocar cicatrizes ou até o amputamento do membro superior.

O médico ressalta ainda que o cidadão deve ter muita atenção nas compras dos fogos de artifício, verificando se o produto possui o selo de qualidade do Inmetro. “A população deve comprar fogos de qualidade, de procedência conhecida, normalmente de empresas certificadas, para garantir uma certa tranquilidade. Os fogos de artifício de fabricação caseira trazem maiores riscos aos cidadãos”, declara Paiva.

Outro cuidado também deve ser adotado com relação aos casos de queimaduras. “Muitas pessoas costumam colocar pasta de dente ou manteiga para cicatrizar a lesão, mas isso é um mito. O procedimento recomendado por especialistas é lavar o local da queimadura com água e sabão, se for um caso leve, ou procurar um atendimento em um hospital ou unidade médica próxima da região, nos casos mais graves.

O médico orienta ainda sobre os cuidados com a inalação de fumaça, que podem danificar o sistema respiratório devido ao monóxido de carbono, substância tóxica que agrava ainda mais a saúde do paciente, principalmente quem possui quadros clínicos como rinite e sinusite.

O que fazer – Em situações de queimadura de 1° grau, por ser uma lesão leve que apresenta camadas superficiais na pele apresentando vermelhidão, inchaço e sem formação de bolhas, o tratamento pode ser feito em casa, lavando com água e sabão neutro ou procurar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Em casos graves, em que há formação de bolhas no corpo, ardência, ou queimaduras a partir de 30% do corpo, é necessário ligar para a central de atendimento do Samu, pelo telefone 192, com funcionamento 24h.

 

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Uma tarde com muita alegria em forma de música. Assim foi a tarde desta segunda-feira (19) para os usuários do Centro de Acolhimento à Pessoa com Deficiência (CAPD) João Paulo II, vinculado às Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), no Bonfim, que recebeu a apresentação da Banda da Guarda Civil Municipal (GCM). Dentre as canções entoadas pela banda estavam “Asa Branca”, “O xote das meninas” e “Esperando na janela”.

Integrante da banda, o guarda municipal Leandro Magalhães ressaltou que a iniciativa é mais uma forma de aproximar a GCM da sociedade. “Além do lado operacional, a GCM também possui o lado de prevenção. Entendemos a importância de trabalhar com os projetos sociais e levar a música como elemento de promoção da paz para a população. É emocionante demais para todos nós estar aqui e proporcionar alegria e bem-estar para essas pessoas”.

Há 15 anos na instituição, o guarda municipal e maestro da banda, Hamilton Santos, reforça que o objetivo das apresentações é levar a música como um instrumento de prevenção à violência. “Através das canções, conseguimos influenciar crianças, idosos e demais grupos sociais. Em cada apresentação deixamos uma interligação entre instituição, população e família”, disse.

Bastante feliz, a líder da unidade, Laura Queirós, parabenizou a iniciativa e agradeceu a parceria que a GCM realiza por anos com a unidade. “Após o início da apresentação, percebemos a leveza das músicas como uma terapia para nossos pacientes, que ficam mais tranquilos. Além disso, precisamos inserir essas pessoas socialmente para que sintam também o clima das celebrações dos festejos juninos”, disse.

Reportagem: Valmir Soares/Secom

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O “Rei do Baião”, interpretado pelo ator Vitório Emanuel, tem aparecido de surpresa em palcos, coretos e igrejas no Centro Histórico. Desde o último dia 11, o artista tem “invadido” os espaços com músicas e histórias de um dos maiores responsáveis por difundir a cultura nordestina pelo Brasil: Luiz Gonzaga. A atração faz parte da programação do São João do Centro Histórico, promovido pela Prefeitura de Salvador.

Emanuel garante circular pela festa sem aviso prévio, mas antecipa que as igrejas Santo Antônio, São Francisco, Pilar e Rosário dos Pretos são palcos das inusitadas visitas. Quem for ao Pelourinho, nesta terça-feira (20), tem grandes chances de ser surpreendido pelo espetáculo. Se valer a dica, a Igreja do Rosário dos Pretos abre as portas, às 18h, para uma missa especial em homenagem aos três santos de junho: Santo Antônio, São João e São Pedro.

De acordo com o ator, vale a pena pagar para ver. “Este ano começamos mais cedo. A grande novidade foi a participação na trezena dos festejos a Santo Antônio. Teremos maior participação dentro das Igrejas do Centro Histórico. Então, quem estiver presente nas celebrações eucarísticas neste período junino, vai ter a oportunidade de ouvir a ‘Ave Maria Sertaneja’. Um momento que considero muito bonito e emocionante”, adianta o artista.

A atração faz parte do projeto “O Nosso Gonzagão” e pode ser curtida tanto pelos soteropolitanos quanto por turistas que estiverem passando entre as ruas da Praça da Sé e o Santo Antônio Além do Carmo. Apoiadas pela Fundação Gregório de Mattos (FGM), as apresentações têm esse viés de surpreender que estiver no São João do Centro Histórico.

Surpresa – Nos próximos dias, o Rei do Baião aparecerá nos palcos e coretos do Centro Histórico, sempre sem horário prévio. “Será sempre de surpresa, para encantar e matar a saudade do nosso velho e eterno Luiz Gonzaga”, explica. O artista prometer cantar com inúmeras bandas e trios de forró. “Como não há horário definido para as aparições, é uma grande surpresa para quem estiver nas praças. Serão momentos mágicos”, promete.

Ele conta que a ideia de trazer Luiz Gonzaga para o São João do Centro Histórico teve início no ano passado e considera a primeira edição do projeto um sucesso. “A experiência de sair vestido de Luiz Gonzaga pelas ruas do Pelourinho foi inédita para mim, que sempre representei o Gonzagão nos palcos, no aconchego da caixa cênica. A situação nos coloca em contato direto com o povo e foram muitas as abordagens de pessoas querendo uma foto ao lado do Rei do Baião. Foi muito gratificante”, relembra.

Programação – A ampla programação do São João do Centro Histórico segue até o próximo dia 25, com diversas atrações nas ruas, largos, praças e áreas turísticas. A grade completa pode ser conferida no site saojoaocentrohistorico.com.br.

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A tarde da última sexta-feira (16) foi bastante especial para o público presente no Porto da Barra, que acompanhou a última das três apresentações do espetáculo “O Museu é a Rua”, apresentado pelo grupo A Pombagem. A iniciativa faz parte do projeto “Viva o Museu Popular”, contemplado pelo Prêmio Jaime Sodré de Patrimônio Cultural – Ano II, da Fundação Gregório de Mattos (FGM).

Na ocasião, as pessoas foram atraídas pela atmosfera artística e convidadas a interagir com o espetáculo, que traz na linha de atuação a reivindicação pelo direito de levar e fazer arte em qualquer lugar, sendo acessível a todos. O turista mineiro Francisco Teixeira, de 38 anos, considerou o espetáculo muito importante e inovador.

"É muito importante a realização de eventos como este, trazendo a arte para as ruas, com a proposta de romper esse padrão de que a arte é apenas para os mais abastados. É realmente fabuloso e inovador”, avaliou.

Integrante do A Pombagem, a artista Fabrícia Rios declarou que a iniciativa também dá visibilidade à arte produzida pelas pessoas da periferia. “O teatro nasce da rua, com as pessoas da rua, com esperanças da população mesmo ali, excluída, carente, para gritar, para manifestar, para se colocar”, completou.

Proposta – O grupo A Pombagem atua há mais de dez anos com educação patrimonial e teatro de rua, e leva arte para espaços públicos e praças de Salvador, reunindo teatro, música, dança, fotografia e educação patrimonial. O projeto “Viva o Museu Popular” tem como um dos objetivos demonstrar que o museu não é apenas um lugar físico, engessado, podendo ser uma experiência com um bem cultural de natureza material ou imaterial, entendendo e apresentando as ruas e praças como espaços museais, populares, acessíveis e repletos de patrimônio vivo.

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Em evento realizado na manhã desta sexta-feira (16), 98 instituições representantes da cultura afro-baiana foram homenageadas no Destaque Salvador Capital Afro. O projeto faz parte do movimento Salvador Capital Afro, promovido pela Prefeitura e que visa posicionar a cidade como referência do afroturismo nacional e internacionalmente.

Estiveram presentes no salão de eventos do Wish Hotel Bahia, no Campo Grande, representantes da cultura baiana que são reconhecidos por diversos aspectos locais, eventos, expressões culturais e empreendimentos que contribuem para o fortalecimento, manutenção e difusão da cultura de matriz africana na cidade. A premiação foi acompanhada por autoridades como a vice-prefeita de Salvador, Ana Paula Matos; os titulares das secretarias municipais de Cultura e Turismo (Secult), Pedro Tourinho, e da da Reparação (Semur), Ivete Sacramento, além da diretora de Cultura da Secult municipal, Maylla Pita.

Um dos homenageados do dia, Vovô do Ilê parabenizou a organização e ressaltou a importância de uma política estruturante. “No primeiro momento é muito especial esse prêmio. Porém, o mais importante disso tudo é que Salvador está começando a se reconhecer como a cidade negra. Essa iniciativa é muito válida e importante. É a concretização de uma política de reafirmar Salvador como capital afro”.

De acordo com a vice-prefeita, o Destaque Salvador Capital Afro é um marco que tem grande responsabilidade de escuta e do trabalho do coletivo. “Salvador não é Salvador sem se reconhecer como essa capital afro, e isso tem que ser em todos os aspectos: na ampliação da oferta das políticas públicas, de oportunidades para todo o seu povo na educação, na saúde, na qualificação urbana e profissional”, declarou Ana Paula.

Para a secretária Ivete Sacramento, o Salvador Capital Afro é um movimento para fazer com que Salvador apresente a sua cara preta. “Com muito orgulho e emoção que eu vejo nessas representações e em todos os destaques, pessoas que, historicamente, vêm lutando para que outras ações, outras políticas públicas aconteçam em todas as esferas econômicas sociais dessa cidade”, disse.

Mobilização e escuta – Maylla Pita ressaltou que o movimento Salvador Capital Afro começou a partir de um processo de diálogo e escuta, no qual foi desenvolvido um plano de desenvolvimento do afroturismo que visualizou um cenário e um conjunto de potências que mobilizou a entrega de projetos como o AfroBiz, o AfroEstima, o censo das baianas de acarajé e o próprio Salvador Capital Afro. “É essencial posicionar a cidade de Salvador como roteiro onde as pessoas vêm para se conectar com a sua ancestralidade e identidade, fortalecendo uma estrutura do ponto de vista cultural através da qual estimulamos a economia, comércio, capacitação e qualificação técnica”.

Já Pedro Tourinho acredita que a estratégia está conseguindo acumular iniciativas e se tornar muito forte. “No momento que a Prefeitura, junto com a comunidade, declara Salvador como Capital Afro, a gente se compromete institucionalmente cada vez mais com isso. Estamos confiantes em colocar mais esforços e investimentos. Iremos trazer cada vez mais pessoas da comunidade negra de Salvador para as tomadas de decisões”, garantiu.

Seleção – A curadora Fabíola Mascarenhas destacou que o comitê curatorial utilizou critérios e muito cuidado para escolher cada instituição. “Foi um desafio árduo fazer essa seleção. Foram muitas iniciativas, muitos equipamentos culturais que são muito importantes para a nossa cultura e para o nosso povo. Os critérios da seleção tratavam desde a representatividade dessas instituições nas suas localidades e o quanto isso pode ser representativo dentro do nosso estado, nacional e internacionalmente”, finalizou.

O Destaque Salvador Capital Afro é uma iniciativa da Prefeitura Municipal de Salvador, através da Secretaria de Cultura e Turismo, no âmbito do Prodetur Salvador, em parceria com a Secretaria da Reparação. O projeto tem financiamento do BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento e é mais uma ação implementada do Plano de Desenvolvimento do Turismo Afro em Salvador.

As informações sobre os homenageados também estarão disponíveis em uma área especial no site Salvador Capital Afro, no endereço www.salvadordabahia.com/capitalafro/.

CONFIRA A LISTA DOS HOMENAGEADOS

AFOXÉS E BLOCOS AFROS
Afoxé Filhas de Gandhy
Afoxé Filhos de Gandhy
Afoxé Filhos do Congo
Afoxé Korin Nagô
Bloco Afro Didá
Bloco Afro Idará
Bloco Afro Ilê Aiyê
Bloco Afro Malê Debalê
Bloco Afro Mangangá Capoeira
Bloco Afro Muzenza do Reggae
Bloco Afro Olodum
Bloco Cortejo Afro

CAPOEIRA
Associação Cultural Camugerê Capoeira
Associação de Capoeira Ginga Mundo
Centro Cultural Capoeira Baiana
Centro de Tradições Viva Canzuá
Escola de Capoeira Angola Irmãos Gêmeos
Fundação Mestre Bimba
Grupo de Capoeira Terreiro de Jesus
Grupo Vadiação Capoeira

SOCIOCULTURAL
Acervo da Laje
As Ganhadeiras de Itapuã
Associação Cultural Casa SoMovimento
Associação Cultural Quabales
Associação Fábrica Cultural
Associação Nacional das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivo e Similares - Abam
Associação Pracatum Ação Social – Apas
Balé Folclórico da Bahia
Ballet Cultural Origem Africana
Batekoo
Casa Cultural Reggae
Casa do Hip-Hop Bahia
Centro Projeto Axé de Defesa e Proteção à Criança e ao Adolescente
Coletivo de Entidades Negras da Bahia
Coletivo Roda de Samba de Mulheres de Itapuã
Escola de Samba Unidos de Itapuã
Fórum de Entidades Negras da Bahia
Fórum Permanente de Itapuã
Instituto A Mulherada
Instituto Rumpilezz
ItapuãCity
M.E. Ateliê da Fotografia
Movimento Percussivo
Museu Afro-Brasileiro da Universidade Federal da Bahia - Mafro
Museu da Gastronomia Baiana - Senac
Museu Doméstico Multicultural
Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira - Muncab
Orquestra Afrosinfônica
Senzala do Barro Preto
Sociedade Protetora dos Desvalidos
Tribuna Livre do Samba
Zumví Arquivo Afro Fotográfico

GASTRONOMIA
Abará da Vovó
Alaíde do Feijão
Culinária Musical - Afrochefe Jorge Washington
D’Venetta
Dona Mariquita - Cozinha Patrimonial da Bahia
Malembe Food & Drinks
Mirante Tropical da Ladeira
O Cravinho
Restaurante Zanzibar
Roma Negra

MODA E BELEZA
Ateliê Axogbô
Atelier Marcia Ganem
Botica RHOL
Cia. das Tranças Menezzes
Crioula
Ewa Moda Africana
Igbo Arte
Itapuã Black
Katuka Africanidades / Mercado Negro Katuka
Loja Bella Oyá
Meninos Rei
N Black
Negrif
O Mago dos Metais
Preta Brasil
Realeza | RLZA
Studio Negra Jhô
Taofik Moda África
VC Penteado Afro
VixeVixi

RELIGIOSIDADE
Casa de Ògún - Okutá de Ògún
Igreja de São Lázaro e São Roque
Terreiro da Casa Branca - Ilê Axé Iyá Nassô Oká
Terreiro de Candomblé Casa de Oxumaré – Ilê Oxumaré Araká Axé Ogodô
Terreiro de Candomblé do Bate-Folha Manso Banduquenqué
Terreiro do Alaketo - Ilê Maroiá Láji
Terreiro do Axé Opô Afonjá
Terreiro do Gantois – Ilé Ìyá Omi Àse Ìyámase
Terreiro Hunkpame Savalu Vodun Zo Kwe
Terreiro Ilê Aché Ibá Ogum
Terreiro Ilê Asipá
Terreiro Ilê Aşé Kalè Bokùn
Terreiro Pilão de Prata - Ilê Odô Ogê
Terreiro Tumba Junsara
Venerável Ordem Terceira do Rosário de Nossa Senhora às Portas do Carmo - Irmandade dos Homens Pretos

MENÇÃO HONROSA
Ajeum da Diáspora

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Novamente em 2023, as apresentações de Samba Junino têm animado a capital baiana. A programação, apoiada pela Prefeitura através da Fundação Gregório de Mattos (FGM), está acontecendo em diversas localidades de Salvador, com o objetivo de fortalecer o movimento cultural. Faz parte da programação apresentações musicais e rodas de conversa.

Nesta sexta-feira (16), a partir das 20h30, será realizada uma live no Instagram @vagner_sherek, do Samba Duro VS, com o tema “O Samba Junino sem fronteiras”, dentro do projeto “Samba Junino: União e Diversidade”. Os convidados serão Rogério do Samba, do Hody Bamba, e Antônio Rasta, do Samba Chama.

No domingo (18), acontece o quarto desfile do Garcia de Samba Duro Junino, com saída a partir das 19h, da Rua Prediliano Pitta, em frente ao Centro Educacional Edgard Santos, no Garcia. Participarão os grupos Roda de Samba Mucum’G, Samba Morro, Samba Duro de Terreiro, Samba Futuka e Samba Offscala. No dia 25 de junho, no Dique do Tororó, haverá programação especial, com desfiles de diversos grupos e participação de fanfarras e quadrilhas juninas.

Encerrando a programação, no dia 29 de junho, a partir das 20h30, um grande arrastão terá lugar no Engenho Velho de Brotas. Para marcar a celebração, o festejo contará com as presenças dos grupos Samba Junino VS, Hody Bamba da Sussuarana e Samba Chama da Saramandaia. O arrastão sairá da praça da Capelinha, percorrerá as ruas do bairro e retornará ao local de partida.

Patrimônio imaterial – Identificado como uma expressão cultural soteropolitana, o Samba Junino foi reconhecido como Patrimônio Imaterial de Salvador. Em 2020, entrou no calendário cultural oficial de eventos da cidade, sendo celebrado no dia 17 de abril.

Reportagem: Valmir Soares/Secom

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