Cultura

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Soteropolitanos e turistas foram agraciados na noite deste sábado (16) com a programação especial de Natal preparada pela Prefeitura de Salvador, que este ano celebra o tema "Salvador Brilha com Você". O Centro Histórico tem oferecido uma variedade de atrações natalinas, porém, com o tempero da cidade.

Isso porque o Natal Identitário trouxe ao público tradições da terra, com baianas, capoeiristas e tambores preenchendo as ruas e praças da região. Outros atrativos dos festejos, as Estátuas Vivas interagiram de forma cativante com os visitantes, enquanto os Brincantes de Papai Noel promoveram alegria e estimularam o espírito natalino no público.

A Praça da Cruz Caída abriga um iluminado presépio natalino, que atraiu famílias com crianças e idosos, enquanto que quem caminhou pela Casa do Olodum teve a oportunidade de apreciar os corais infantis com a Sacada Musical.

Natural de Alagoas, a advogada Flávia Mendes Lavínia, de 43 anos, não economizou nos elogios em relação à estrutura montada pela Prefeitura. “Salvador nunca me decepcionou, seja no Carnaval, que praticamente já sou da casa, e agora também no Natal. A cidade está linda, está de parabéns, de verdade”, declarou.

“Sou nordestina e Salvador é motivo de orgulho para a nossa região por conseguir proporcionar um cenário tão lindo como esse. Já tirei milhares de fotos para guardar comigo essa experiência. Estou ansiosa pela apresentação da cantora Simone, mas em cada esquina me surpreendo. A cidade está maravilhosa”, acrescentou Flávia.

Outra turista que ficou encantada com a programação de Natal foi Gabriella Brito, estudante de Farmácia, de 24 anos. Vinda de Jundiaí, em São Paulo, ela ressaltou a “fusão” da cultura local com as festividades natalinas.

“Estou adorando. Essa é a primeira vez que visito a cidade. Tenho parentes e amigos aqui. Com certeza vou levar uma experiência positiva. Você percebe aqui que a cidade faz questão de trazer as suas características, como a musicalidade e as danças, tudo isso adaptado ao Natal", ,observou.

Enquanto isso, o comerciante Luiz Alberto Rodrigues, de 64 anos, e morador do bairro de Itapuã, evidenciou a organização do evento e o ambiente familiar.

“Estou gostando praticamente de tudo, mas o principal atrativo para mim foi a Sacada Musical”, disse. “O que me chamou muita atenção foi a organização da festa. Você percebe aqui muitos idosos e crianças, principalmente. A cidade e a Prefeitura estão de parabéns”, completou.

Com uma programação diversificada e completamente gratuita, a celebração natalina na cidade irá se estender até o dia 6 de janeiro do próximo ano.

Celebração - Em celebração aos 18 anos do Semae, equipes de saúde envolvidas na atuação do equipamento especializado realizaram uma comemoração na última quinta-feira (14), além de homenagear a profissional Cátia Maria Maia, que atua na unidade desde o início com acolhimentos voltados para serviços relacionados à assistência social.

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As luzes e a emoção do público presente foram os ingredientes perfeitos para a apresentação da cantora Simone na noite deste sábado (16) na Praça Municipal. Com início às 20h, o show faz parte da programação especial de Natal promovida pela Prefeitura de Salvador, que este ano adota o tema "Salvador Brilha com Você" no Centro Histórico.

Celebrando seus 50 anos de carreira, Simone presenteou o público com um repertório variado, incluindo composições de renomados artistas como Milton Nascimento, Ivan Lins, Sueli Costa, João Bosco, Martinho da Vila, Gonzaguinha e Chico Buarque. Entre as músicas mais conhecidas do repertório da noite, destacaram-se "Tô que Tô", "O Que Será" e "Sangrando".

Soteropolitana, a cantora lembrou da sua adolescência na capital durante a apresentação. “Hoje é o nosso último show do ano, e finalizar aqui em Salvador, minha terra, onde está o meu umbigo, aqui nesta praça, onde era todo o percurso da minha vida, me deixa muito feliz, muito satisfeita”, falou a artista, dona do sucesso “Então é Natal”, que não poderia faltar em seu setlist.

Quem marcou presença no local expressou satisfação com toda a programação oferecida pela Prefeitura, além do espetáculo da cantora. Moradora do bairro de São Marcos, a professora Analice Gomes, de 43 anos, não poupou elogios. “Poder presenciar esse momento é motivo de muita satisfação para mim. Acompanho há bastante tempo e sou fã de carteirinha da cantora Simone”, disse.

“A Prefeitura está, sem dúvidas, de parabéns por poder proporcionar esse verdadeiro espetáculo ao soteropolitano e ao turista que visita a nossa cidade. Estou adorando a programação no Pelourinho, as apresentações, as luzes, tudo muito lindo. Encantador de verdade”, emendou a professora.

Acompanhada de boa parte da família, a contadora Verônica Matos, de 52 anos, elogiou não apenas o show de Simone, mas também os demais atrativos natalinos oferecidos em todo Centro Histórico.

“Vim pela apresentação dela, mas estou absolutamente encantada por todos os outros espetáculos que aconteceram. Trouxe praticamente toda a família, marido e filhas, faltou minha mãe, mas não faltarão oportunidades para trazê-la também. Eu acho que ficou perceptível no público todo o encanto pela magia do Natal”.

Com o marido ao lado, Paulo Matos, de 63 anos, destacou a beleza das ruas do Centro Histórico e toda estrutura proporcionada pelo Natal Salvador. “Viemos por Simone, mas o que foi oferecido além do palco, sem dúvidas, nos deixou satisfeitos", contou o servidor público.

Neste domingo (17), o cantor Mateus Aleluia se apresentará no mesmo local às 20h, oferecendo um show que percorrerá os clássicos de sua carreira, desde os tempos dos Tincoãs até suas criações mais recentes, que renderam ao artista uma indicação ao Grammy Latino no ano passado.

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“Santa Luzia, conservai a luz dos meus olhos para que eu possa ver as belezas da criação. Conservai também os olhos de minha alma, a fé, pela qual posso conhecer o meu Deus, compreender os seus ensinamentos, reconhecer o seu amor para comigo e nunca errar o caminho que me conduzirá onde vós, Santa Luzia, vos encontrais, em companhia dos anjos e santuário. Santa Luzia, protegei meus olhos e conservai minha fé. Amém”. 

A oração a Santa Luzia ecoa entre fiéis que buscam proteção e expressam gratidão à santa padroeira dos oftalmologistas e daqueles que enfrentam desafios de visão. A devoção atinge seu ápice na Igreja de Santa Luzia do Pilar, localizada no bairro do Comércio, durante o tríduo que se inicia em 10 de dezembro, culminando nas festividades nesta quarta-feira (13), dia dedicado à santa. Neste ano de 2023, a temática da celebração gira em torno de “Vocação, Missão e Testemunho”. 

O pároco da igreja, padre Renato Minho, que assumiu o cargo há quatro anos, compartilha a rica história do local. A igreja teve sua edificação impulsionada pelos espanhóis que chegaram a Salvador em 1718. O estilo rococó e barroco da arte na igreja é enriquecido por telas pintadas por José Joaquim da Rocha, cujo talento também adornou outras igrejas notáveis da região. 

Entre seus alunos está um negro escravizado: José Teófilo de Jesus, que demostrou habilidades para as artes plásticas. Com isso, ele foi alforriado e enviado à Lisboa, para que se aperfeiçoasse nas artes, retornando à Salvador e sendo o responsável pela pintura de 17 telas que fazem parte do acervo do Pilar. 

A igreja passou sete anos fechada entre os anos 1990 e 2000. Sua última reforma, em 2011, precedeu a reabertura em 2012, após processos de requalificação. Atualmente, a igreja recebe visitantes de terça a sexta, das 9h às 15h, aos sábados das 9h às 12h, e aos domingos a partir das 6h30, para a missa das 9h. 

Devoção – A devoção a Santa Luzia ganhou destaque na igreja após um período inicial dedicado exclusivamente a Nossa Senhora do Pilar. A história da santa remonta ao século IV, quando, após resistir a torturas e manter sua fé cristã, foi martirizada.  

O padre lembra que Santa Luzia muito jovem se consagrou a Deus, com voto de castidade e pureza, mas no tempo das perseguições no Império Romano. “Oriunda de família cristã e rica, após a morte do pai, ela herda uma fortuna dividida entre ela e a mãe. Além de rica, a sua beleza e status criaram desejos. Então, um cidadão a corteja e chega uma hora que ela diz: ‘não quero, vou me consagrar a Jesus’”, diz o pároco. 

Por isso, ela é denunciada ao Império, sofrendo várias torturas. Aí lhe arrancaram os olhos, e a história conta que Deus lhe devolve a visão. Ela pega todo o dinheiro da herança, dá aos pobres, e passa pela tortura definitiva: a decapitação.  “A devoção nasce através da sua resistência. Arrancam os olhos e Deus devolve os olhos ainda mais belos. É o testemunho para que o sangue derramado floresça novos cristãos”, destaca o clérigo. 

O padre reforça que a Igreja de Santa Luzia do Pilar é uma casa feminina, pilar de fortaleza, coragem e disposição. “A fonte que nós temos aqui em Salvador abastecia os navios e parte da cidade e a saída era na rua. Por providência, quem estava aqui trouxe a saída da fonte para dentro da igreja. Ela está num lugar privado, mas aberta ao povo. Conta-se que depois da chegada da imagem de Santa Luzia, um cidadão com deficiência visual bebeu da água e lavou o rosto. Ele volta a enxergar e sai contando. É bíblico. O fato não foi registrado, não se tem o nome, mas aconteceu”, relata o padre Minho. 

Origem – De acordo com o historiador Rafael Dantas, para falar sobre a festa de Santa Luzia do Pilar, é necessário voltar ao século XVII, quando uma antiga capela na região da Gamboa era dedicada a ela. Com o passar do tempo, a pequena capela foi transferida, indo para o local onde hoje está a igreja em louvor à santa. 

Ali, segundo Dantas, é onde começa, de fato, a concentração da devoção ligada à Santa Luzia e a festa começa a ganhar as características dos festejos atuais. A partir do início do século XX, a Igreja de Santa Luzia do Pilar tem a visita de fiéis. Nesse contexto, a área da fonte ganha importância por conta dos milagres que foram relacionados àquelas águas. 

O historiador conta que a igreja foi erguida no entorno da fonte, com o necrotério/ossuário ao lado, uma construção com características do rococó com o neoclássico do século XIX.  Ele observa que toda a iconografia da Igreja e das representações religiosas faz menção à história e à vivência das santas. No caso de Nossa Senhora do Pilar, há a própria iconografia do Pilar que está embaixo da santa. No caso de Santa Luzia, a própria referência aos olhos, na bandeja, que é tão característico das imagens.  

“Isso é muito importante, porque a gente está destacando uma referência iconográfica, justamente para ressaltar as histórias, as vivências das imagens, junto com os fiéis. As imagens falam ao público e também com a história. E toda a Igreja e as representações, tanto em imagens sacras como em pinturas, dialogam justamente com isso”, afirmou. 

Inspiração – O antropólogo e professor Vilson Caetano possui oito imagens de Santa Luzia, de quem é devoto, todas de madeira dos séculos XVIII e XIX. A devoção surgiu ainda na infância, na cidade de Valença, no Baixo Sul da Bahia.  

“Desde criança que eu vinha para Salvador, justamente para poder fazer o tratamento na minha visão. Inicialmente, meu grau era muito forte porque eu tenho estrabismo e astigmatismo. Então, vir para a capital era uma viagem sempre muito dura, pois era de ônibus e enjoava muito, e às vezes acontecia duas vezes ao mês”, conta Caetano. 

“Meu médico, Dr. Vespasiano, atendia no Hospital Português. E eu, mesmo criança, olhava para a mesa dele e deveria ter assim umas duas ou três imagens de Santa Luzia. Eu sempre dizia que quando eu crescesse, ia ter também várias Santas Luzias, como aquele médico. Então, as imagens dela sempre me chamaram a atenção e, assim que pude, comecei a colecionar”, acrescenta. 

Para ele, Santa Luzia rememora essa luta na infância para não perder a visão. “E também porque a história de Santa Luzia nos ajuda a ser melhores. É uma mulher muito jovem, que é martirizada justamente porque ela acreditava num ideal, por ter se declarado cristã. E a gente pode fazer a leitura atualizada, pois muitas jovens, mulheres, são mortas porque têm outro ideal”, pontua. 

Sincretismo – Caetano recorda também que na procissão, além de Santa Luzia, as pessoas saúdam Ewá, que é a íris, a chamada “menina dos olhos”. No mosaico espiritual do candomblé, Ewá emerge como uma figura misteriosa e poderosa, entrelaçando-se com a veneração a Santa Luzia. Esta última, padroeira das pessoas com deficiência visual na tradição católica, encontra sua contraparte no sincretismo com Ewá, uma orixá reverenciada pelos candomblecistas como regente da vidência, nevoeiro e neblina.  

A invocação a Ewá é um cântico poético, um pedido para dissipar as nuvens que obscurecem os caminhos daqueles que a ela recorrem. Nesse rito, ela é celebrada como a “princesa-mãe do oculto”, cuja intervenção invoca os ventos e a chuva da prosperidade. 

No âmago da tradição, Santa Luzia e Ewá compartilham não apenas a condição de celibato, mas também a autonomia que caracteriza mulheres guerreiras e donas de seus destinos. No candomblé, Ewá é reconhecida como irmã de Oxumarê, e seu nome, proveniente do Rio Nigeriano, evoca a força que flui pelas terras de Ogum. 

A narrativa de Ewá é tecida com elementos místicos e poéticos. Conta a história de uma jovem que, ao esconder um desconhecido em uma gamela, recebe em troca o dom da vidência. Recusando-se a ser subjugada, ela desafia Xangô, senhor dos trovões, quando ele tenta seduzi-la em seu território de neblina. 

A astúcia de Ewá, perceptível na zombaria diante da dança de Xangô, revela-se em seu domínio sobre a neblina. Ao conduzi-la consigo, ela revela que o território é um cemitério, desafiando o temor de Xangô pela morte e impondo-lhe respeito. 

Em síntese, Ewá personifica a mulher guerreira e sábia, cuja intocabilidade não se restringe ao âmbito sexual, mas simboliza o controle sobre sua vida e destino. “Assim, mergulhar na espiritualidade entrelaçada de Ewá e Santa Luzia é explorar as nuances da fé, onde as brumas do mistério se dissipam para revelar a luz da compreensão e do autodomínio”, finaliza o antropólogo. 

Foto: Otávio Santos/Secom PMS 
Reportagem: Ana Virgínia Vilalva/Secom PMS 

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O mês de dezembro chegou e o clima natalino já está tomando conta da capital baiana. Luzes, cenografias, árvores e decorações, bem como um túnel com iluminação especial, projeções mapeadas em fachadas, shows, corais nas sacadas dos casarões, presépios, casa do Papai Noel e um grande cortejo com carros alegóricos e grupos musicais compõem o Natal Salvador, realizado pela Prefeitura a partir desta quarta-feira (6), no Centro Histórico da cidade, e considerado o maior Natal do Brasil. 

Mas você já pensou em misturar as tradições do Natal com ritmos musicais como o Samba de Roda, a capoeira e outras manifestações culturais oriundas da Bahia? Essa é a principal proposta do desfile “As Folias de Papai Noel”, uma grande novidade na programação deste ano, que será apresentada através de um cortejo, nas ruas do Centro Histórico da cidade, nesta quarta-feira (6) e no sábado (9) e domingo (10), com saída da Rua Chile, às 18h30. 

Com cerca de 750 artistas de variadas linguagens envolvidos, o desfile se inicia com o setor dos “Brincantes”, que traz múltiplos personagens dos Contos de Fada, palhaços, pernas de pau, além da Oficina de Frevos e Dobrados, regida pelo maestro Fred Dantas, com um tradicional Ternos de Reis. 

No segundo setor a folia fica por conta das manifestações afro-baiana, onde a Corte de Negra Jhô e seu universo entra em cena trazendo capoeiristas, Samba de Roda e uma ala especial com os Caboclos de Itaparica, reverenciando o Bicentenário da Independência na Bahia. 

No terceiro momento o destaque é para a dança e suas múltiplas vertentes. Esse setor conta com a participação do Balé Folclórico da Bahia, bem como grupos de street dance, dança contemporânea, dança cigana, do ventre, flamenca e valsa, além das quadrilhas juninas Asa Branca e Imperatriz do Forró. Um carro alegórico levará ainda o Papai Noel Negro para desfilar nas ruas do centro. 

Por fim, a diversidade das profissões e atividades exercidas pelos soteropolitanos vão tomar conta das ruas trazendo os artistas de rua da noite, carrinhos de café, os grupos de ciclistas, além dos garis da Limpurb, que espalham bom humor e dançam enquanto trabalham. Fechando essa grande folia, foi preparada ainda uma surpresa robótica, uma conexão com o mundo tecnológico rodeado de 80 percussionistas. 

Ao todo, três carros alegóricos vão desfilar na Folia animados por músicas de natal temperadas com arranjos que inserem instrumentos de percussão, triângulo, sanfona e berimbaus, promovendo um rico diálogo cultural. 

Nos dias 16 e 17 e 23 um cortejo mais reduzido, animado pelos “Brincantes de Papai Noel”, dará continuidade às inúmeras ações de Natal no Centro Histórico. A ação acontecerá sempre às 18h30, também na Rua Chile. 

 
Reportagem: Letícia Silva/Secom PMS 
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Neste sábado (25), o Desfile Salvador Capital Afro arrastou milhares de pessoas em dois cortejos que saíram da Casa d’Italia e da Praça Municipal em direção à Praça Castro Alves, no Centro Histórico, com encontro de trios entre blocos afro e de afoxé. Os grupos Ilê Aiyê, Olodum, Filhos de Gandhy, Didá, A Mulherada, Cortejo Afro, Ara Ketu, Bloco da Capoeira com Tonho Matéria, Filhas de Gandhy, Malê Debalê e Muzenza encheram as ruas da região celebrando a ancestralidade negra da cidade através da música e dança.

O desfile é realizado pela Secretaria de Cultura e Turismo de Salvador (Secult) e é um dos eventos destaque da programação do Novembro Salvador Capital Afro, que celebra a herança africana na cidade. Iniciando o evento, as Filhas de Gandhy foram acompanhadas por um cortejo de 100 baianas que saíram do Memorial das Baianas até a Castro Alves e fizeram uma lavagem da praça. Os filhos de Gandhy vieram logo atrás e se encontraram com o trio do Cortejo Afro na Castro Alves, onde cantaram juntos músicas em homenagem ao bloco afoxé.

Para Pedro Tourinho, titular da Secult, a primeira edição do desfile é histórica e representa o início de um novo momento para a cultura ancestral de Salvador. “Esse é o primeiro ano de um evento que será calendarizado na capital baiana, com encontros históricos e inéditos, como o Olodum e o Ilê Aiyê, unindo a beleza de todos os outros blocos afro e afoxés no mês de novembro. A Prefeitura irá fazer do Desfile Salvador Capital Afro um carnaval único em que a celebração dos blocos afro é o principal objetivo”, afirmou.

Os cortejos continuaram com os trios de A Mulherada, do Bloco da Capoeira e do tradicional Muzenza do Reggae durante o pôr do sol na Praça Castro Alves. O toque e o balé da Banda Didá adentraram ao anoitecer, levando clássicos da música baiana junto ao Malê Debalê.

No início da noite, o samba reggae impulsionado por Neguinho do Samba mostrou que o mundo negro é feito a partir de encontros, enquanto que o Olodum desceu a Rua Chile para se juntar ao Ilê Aiyê. Ao mesmo tempo, o axé do Ara Ketu chegou à Praça Castro Alves, proporcionando uma união de três blocos.

Turistas de Pernambuco, Flávio Henrique, 35 anos, e Andressa Mendonça, 33, tiraram o dia para curtir as atrações no Centro Histórico. "Estou impressionado com a valorização da cultura afro em Salvador. Com certeza, a diversidade, a música e as tradições enriqueceram minha experiência e minha vinda até a cidade como turista”, disse o administrador.

“Salvador está de parabéns por proporcionar uma experiência tão rica. Achei tudo muito lindo. As cores, a riqueza, as tradições, enfim, recomendo a todos a conhecerem esse encanto e energia de perto”, avaliou a nutricionista.

Potência - A secretária da Reparação (Semur), Ivete Sacramento, afirmou que o desfile é uma oportunidade de mostrar ao mundo algo que é único de Salvador: os blocos afro. “No Carnaval, não dá para perceber a grandiosidade desses grupos. Então, esse evento se torna uma mostra de toda a potência e raiz africana. Dá para perceber, em cada bloco, a diferença no tocar e no dançar. Me sinto muito feliz em ver o resgate da cultura afrobrasileira que está sendo feito aqui no desfile”.

Gilsoney de Oliveira, presidente do Gandhy, agremiação que completou 70 anos este ano, destacou a importância do desfile enquanto um evento de fomento à cultura. “Essa valorização, na cidade mais negra fora da África, é fomentar e dar continuidade. É um momento novo, pois mostra para o mundo, para quem é da cidade e para o turista a força do afoxé e a felicidade dessa grande nação baiana”, destacou.

FreshPrince Da Bahia, Tia Carol, DJ Belle e Errari fecharam o encontro que reuniu blocos afro e afoxés, além do After Batekoo. O último evento do Novembro Salvador Capital Afro acontece neste domingo (26), na Caminhada do Samba.

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O Dia Nacional da Baiana de Acarajé, celebrado neste sábado (25), foi marcado por festa e homenagem às quituteiras que são símbolos de tradição e da cultura afrobrasileira. A Prefeitura de Salvador promoveu um evento ao lado do Monumento da Cruz Caída, na Praça da Sé (Centro Histórico), para entrega de 580 kits a profissionais que atuam no segmento. O conjunto conta com um tabuleiro, sombreiro, vestimenta, caixas térmicas, placa de sinalização, colheres de polietileno, lixeira e protetor de fogareiro.

A ação integra a programação do Novembro Salvador Capital Afro e visa melhorar as condições de trabalho das baianas de acarajé, que contribuem para a gastronomia e fortalecimento da identidade local.

“Não há um filme, um documentário ou qualquer veiculação que se faça para projetar Salvador no Brasil e no mundo que não representem as nossas baianas. Elas são o retrato da nossa cidade. Sei que temos mais que 580 baianas na cidade e, por isso, essa é a primeira etapa de distribuição de kits. Investimos R$ 2,2 milhões e garanto que até o final de 2024 alcançaremos todas aquelas que precisam”, afirmou Bruno Reis.

O prefeito lembrou de outras iniciativas da Prefeitura para valorizar a categoria, citando construção de quiosques para vendas de acarajé em praças e espaços públicos, de um monumento dedicado às quituteiras, em Amaralina, e da reforma do Memorial das Baianas, na Praça da Sé. E mais novidades estão a caminho. “Vamos dar a remissão dos débitos e isenção do pagamento das licenças a todas as baianas de acarajé. O projeto já está na Câmara de Vereadores”, reforçou o gestor.

Presidente da Associação das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivo e Similares (Abam), Rita Santos, comemorou as conquistas: “A Prefeitura fez um mapeamento com mais de 1,1 mil baianas que atuam na cidade, e os utensílios que serão distribuídos para uma parte delas a partir de hoje vai ajudar bastante nas atribuições do dia a dia”.

A festa em homenagem às baianas movimentou o Centro Histórico da cidade. Uma missa foi celebrada na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, no Pelourinho, seguida de um cortejo até a Cruz Caída, na Praça da Sé, acompanhado pelo grupo percussivo Tambores e Cores, do Mestre Pacote.

No Memorial das Baianas e sede da Abam, foi disponibilizado almoço para as baianas e acompanhantes. A programação contou ainda com a apresentação de grupos musicais. “A Prefeitura está apoiando essa ação que ocorre no final do Novembro Salvador Capital Afro, período pelo qual fizemos um investimento grande para promover a cultura negra na cidade”, lembrou o secretário de Cultura e Turismo (Secult), Pedro Tourinho.

Reconhecimento - O ofício das baianas de acarajé é patrimônio cultural do país, inserido no Livro dos Saberes em 2004. As baianas também são patrimônio imaterial da Bahia, desde 2012, e o acarajé é patrimônio cultural de Salvador desde 2002, com a publicação da Lei Municipal Nº 6.138/2002.

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A noite desta sexta-feira (24) foi marcada pelos shows de encerramento do terceiro dia do Festival Salvador Capital Afro. Ao som de Larissa Luz, do cantor de afrobeat nigeriano Seun Kuti e do rapper Baco Exu do Blues, cerca de 7 mil pessoas foram à Praça Cayru, no Comércio, para celebrar o último fim de semana do Novembro Salvador Capital Afro.

Para Maylla Pita, diretora de cultura da Secretaria de Cultura e Turismo de Salvador (Secult), ter um momento de celebração dessa magnitude e aberto ao público, é excepcional.

“O propósito do Salvador Capital Afro é o posicionamento desse destino e o fortalecimento desses atores, dos agentes que dão sentido e estruturam a cena. Então, é muito gratificante chegar ao terceiro dia com essa celebração pública com artistas negros do Brasil e do mundo se apresentando para celebrar o Festival”.

A noite começou com o show de Larissa, que embalou o público ao som dos hits Bonecas Pretas e Meu Cupido é um Erê. O cantor Seun Kuti convidou ao palco a banda Olodum, misturando o som do afrobeat nigeriano aos tambores do bloco Afro de Salvador.
Baco Exu do Blues foi o último a subir no palco, arrancando gritos e com o público cantando todas as músicas do início ao fim da apresentação.

Programação - O Festival Salvador Capital Afro, que está na segunda edição, começou na quarta-feira (22) e reuniu palestrantes e participantes de todo o mundo, com talks, rodadas de negócios e showcases voltadas ao empreendedorismo negro e à economia criativa da cidade.

Neste sábado (25), o encerramento do festival acontece com o Desfile Salvador Capital Afro, com 12 entidades dentre blocos Afro, afoxé e de capoeira.

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O Festival Afrofuturismo Vale do Dendê vai reunir especialistas negros em tecnologia e inovação de todo o Brasil para compartilhar experiências com a comunidade jovem de Salvador. Realizado pela incubadora de startups baiana Vale do Dendê e com patrocínio da Prefeitura, o festival propõe explorar fronteiras e conectar culturas.

O evento, o maior do gênero na América Latina, será realizado no Centro Histórico nos dias 20 e 21 de novembro. Na ocasião serão promovidas palestras, shows, talks e encontros com a contribuição cultural de 13 países diferentes. Os interessados devem adquirir os ingressos, que estão à venda, através do link www.sympla.com.br/evento/festival-afrofuturismo-ano-v/2190411.

Cofundador da Vale do Dendê e realizador do Festival Afrofuturismo, Paulo Rogério Nunes destacou que o evento é inovador por debater futurismo, inovação, empreendedorismo e criatividade, mas com o diferencial do olhar sobre a diversidade. “Ao fazer esse evento em Salvador queremos passar uma mensagem para o mundo, mostrando que é possível pensar em tecnologia e pensar no futurismo em uma cidade que é a capital criativa e a capital afro do Brasil”, afirmou.

A proposta, detalhou o realizador, é deixar um legado aos participantes do festival. “Queremos inspirá-los a entrar na carreira de tecnologia, na área de criação e também na área de empreendedorismo. É um evento realmente inovador e a gente busca tornar cada vez mais acessível para as pessoas transformarem e impactarem vidas”, arrematou.

Além de representantes das mais de dez nações para o evento, uma delegação de vários estados do Brasil também vai participar da programação. Serão recebidos estudantes e jovens de escolas públicas de Salvador e da região metropolitana, para ampliar os debates e propagar os conteúdos abordados.

Serão debatidos temas como ‘cenários prospectivos, ‘ancestralidade e futuro’, ‘afrofuturismo em histórias em quadrinho’, ‘diversidade no mundo corporativo’, ‘música negra global’, ‘inteligência artificial e impacto social’. A programação completa do evento pode ser conferida em www.afrofuturismo.com.br/festival/festival-afrofuturismo-ano-v/.

Para o diretor de Turismo da Secretaria de Cultura e Turismo de Salvador (Secult), Gegê Magalhães, a parceria para a realização do festival com a Vale do Dendê, empresa que tem sede no Centro Histórico, vai agregar muito para a cidade e para os soteropolitanos. “Este é um festival muito importante para Salvador e que abrange áreas como tecnologia, diversidade, empreendedorismo, mas também sempre vem com o viés do turismo, já que eles têm a tendência de formar e divulgar a nossa cidade”, declarou.

 

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O Festival Salvador Capital Afro chega à segunda edição em 2023, visando estimular o desenvolvimento da economia criativa, valorizar os talentos negros locais e potencializar o protagonismo da cidade no segmento do Afroturismo. Parte da programação do Novembro Salvador Capital Afro, o evento ocorrerá entre os dias 22 e 25 de novembro, no Centro Histórico de Salvador, e terá entrada gratuita.

O tema deste ano será Salvador: Cidade Conexão da Diáspora. A intenção é tornar a capital baiana um ponto de encontro entre cidades e países africanos. A programação reúne painéis, apresentações musicais, oficinas, rolês afros (passeios afrocentrados) e rodadas de negócios com foco nos eixos temáticos: afroturismo, artes visuais e música.

Nos três dias do evento, serão discutidos temas fundamentados em dados do mercado do turismo afro. Dentre elas estão “Estratégias de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento e Combate ao Racismo”, “Black Money”, “Aquilombamentos Culturais e Circulação Artística”.

Todas as informações e inscrições podem ser feitas pelo site da Sympla no link https://www.sympla.com.br/produtor/salvadorcapitalafro. A programação completa do Festival Salvador Capital Afro também pode ser conferida no site www.salvadordabahia.com/capitalafro e nas redes sociais: @salvadorcapitalafro.

A diretora de Cultura da Secretaria de Cultura e Turismo de Salvador (Secult), Maylla Pitta, afirma que o Festival Salvador Capital Afro é, antes de tudo, um festival de negócios, com realização de painéis, espaços de qualificação e rodadas de negócios para artistas e empreendedores locais voltados para o setor, estimulando o intercâmbio, a conexão e o escoamento das produções artístico-culturais e do conjunto de serviços da cena do afroturismo na cidade. “Ademais, realizaremos atos institucionais para o fortalecimento do afroturismo em Salvador, com a participação de autoridades locais e internacionais”, explica.

O evento é visto como uma base de transformação social, cujo foco é mobilizar negócios, capacitar pessoas e envolver, de forma atrativa, toda a cadeia de afroempreendedores. A estimativa é de que sejam gerados 100 postos de trabalho e ultrapassar R$1 milhão em intenções de negócios.

Programação – O festival será aberto oficialmente no dia 22 – os detalhes da cerimônia serão divulgados em breve. A manhã seguirá com o painel “Cooperação internacional para o desenvolvimento e combate ao racismo”, com a participação do diretor de relações internacionais da Prefeitura de Los Angeles, Wajenda Chambeshi; do gerente de parcerias internacionais da cidade de Boston, James Colimon; da embaixadora de Gana no Brasil, Abena Busia; da ex-ministra da cultura da Colômbia, Paula Moreno e da chefe do escritório da UNICEF na Bahia, Helena Oliveira.

Em seguida, o tema do festival “Salvador: Cidade Conexão da Diáspora” será o assunto do encontro entre o pesquisador da cultura e história africana Abiola Akandé (Benin); o pós-doutor em antropologia e babalorixá da Casa do Rei e Senhor das Alturas, Vilson Caetano, e Paula Moreno, fundadora do programa Manos Visibles, uma rede de líderes e organizações de ponta que constrói a equidade racial e territorial. A mediação será feita pela pesquisadora Cíntia Guedes.

Na quinta-feira (23), John Yaw Agbeko, diretor-chefe do Ministério do Turismo, Artes e Cultura de Gana; Kim Osborne, secretária executiva da Organização dos Estados Americanos (OEA/ (EUA); e Bia Moremi, fundadora da Brafrika Viagens, agência brasileira com atuação no continente africano (África do Sul), trocarão informações sobre experiências internacionais do Afroturismo, com mediação de Tânia Neres, coordenadora de Afroturismo, Diversidade e Povos Indígenas da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur).

Já o tema “Black Money” será discutido pela educadora financeira Átila Lima; com a criadora da Feira Preta e do Preta Hub, Adriana Barbosa; a gerente de Projetos Sociais do Movimento pela Equidade Racial (Mover), Luciene Rodrigues; o diretor executivo do Fundo Baobá para Equidade Racial, Giovanni Harvey; e o coordenador de Finanças Solidárias do Banco Comunitário de Desenvolvimento Santa Luzia, Carlos Eduardo Dias Barbosa. A discussão terá mediação de Ciça Pereira, do Afrotrampos.

Na sexta-feira (24), O painel “Arte que circula” terá presença de Juci Reis, do Programa Flotar (México); do multiartista e criador do Negro Fest, Fabio Arboleda (Colômbia); do músico e empresário Evandro Fióti (Lab Fantasma); e de Ismael Fagundes, coordenador artístico do Afropunk Bahia. Os artistas e empreendedores compartilharão experiências, informações e orientações para cruzar fronteiras, com mediação do diretor da Fundação Gregório de Mattos (FGM), Chicco Assis.

O painel “Aquilombamentos Culturais” vai promover o encontro entre Lázaro Roberto (Zumvi Arquivo Afro Fotográfico), Jaqueline Fernandes (Festival Latinidades) e Karla Danitza (Enegrecer a Gestão Cultural), com mediação de Stéfane Souto (coordenadora de Economia da Cultura na Secult Salvador), para colocar em pauta a importância dos espaços culturais de aquilombamento no desenvolvimento de um cenário artístico-cultural negro cada vez mais fortalecido.

Eixos temáticos – As rodadas de negócios, umas das ações mais importantes que acontecerão durante o festival, terão o papel fundamental de aproximar os artistas e empreendedores locais de possíveis contratantes, compradores e de outros diferentes agentes de fomento, através da apresentação de projetos. Nesta edição, foram selecionadas propostas nas áreas de afroturismo, artes visuais e música, inscritas previamente. As reuniões acontecerão com players nacionais e internacionais, como os festivais de música Feira Preta, Yalodê e Negrofest (Colômbia), os museus Afro Brasil, Dragão do Mar, Muncab, MAC e MAM Bahia e o projeto Flotar (México). Para as artes visuais, irão participar as agências de turismo Brafrika, Be Fly, Luck, Orinter e Adval.

A ação é realizada em parceria com profissionais e empresas com trabalhos relevantes em suas áreas. A articulação do eixo de Afroturismo foi tocada por Antônio Pita, da startup de afroturismo Diaspora.Black, e Tânia Neres, da Embratur. Nas artes visuais, a collab é com a Afrontart - Quilombo Digital de Artes, representada por Luana Kayodê e Raína Biriba. Já na área da música, o articulador é Ziati Comazi, produtor e gestor cultural da Nova Estação.

Shows gratuitos – Nos três dias, o festival será encerrado com música, a partir das 17h, no Pátio do Espaço Cultural da Barroquinha. Nove artistas ou grupos musicais que se inscreveram nas rodadas de negócios serão selecionados para apresentar seus trabalhos ao vivo para os curadores do Festival, para os contratantes nacionais e internacionais e também para o público, que assistirá a três shows em cada noite. Além disso, no dia 24, haverá shows gratuitos de Larissa Luz, Baco Exu do Blues e Seun Kuti na Praça Cayru.

Oficinas – Oficinas gratuitas voltadas para pessoas negras também fazem parte da programação e estão com inscrições abertas. “Afroturismo” e “Precificação para empreendedores do Afroturismo”, “Circuitos Colaborativos” para artistas visuais, “Construindo candidaturas fortes para editais financiados por bancos internacionais” para produtores culturais e “Gestão de carreira” para artistas da música são algumas das formações que serão oferecidas, cada uma com 30 vagas.

O Festival Salvador Capital Afro é uma iniciativa da Prefeitura Municipal de Salvador, através da Secult, no âmbito do Prodetur Salvador, em parceria com a Semur. O projeto tem financiamento do BID e é mais uma ação do Plano de Desenvolvimento do Afroturismo em Salvador.

 

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