Cultura

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O Mercado São Miguel, na Baixa dos Sapateiros, também marca presença no circuito “Pra Lá de Bão” no São João do Centro Histórico, promovido pela Prefeitura de Salvador até o dia 25. O local é palco do Pré-São João do Mercado, com comidas típicas, gastronomia, música e artesanato. O espaço ainda oferece parquinho infantil e estacionamento gratuito.

A programação teve início nesta terça-feira (13), às 12h, com a Feijoada de Ogum. A festa foi idealizada há mais de 30 anos pelo permissionário Edson Silva Santos (Neguinho das Folhas), também conhecido como o “Carro do Axé”, como oferenda de gratidão a seu orixá de cabeça, Ogum.

O local também abriga o palco “Estação São Miguel”, que realizará apresentações musicais de trios de forró pé de serra da capital. No sábado (17), das 15h às 17h, acontecem os shows de Geraldo Pita e Trio Alvorada Nordestina, e das 18h30 às 21h, é a vez da Sejuntô. No domingo (18), às 15h, a banda Flor de Imbuia é quem anima o público.

O Mercado São Miguel também faz parte da Rota Gastronômica Junina, com diversas opções para os visitantes. Dentre os estabelecimentos participantes está a Feijoada da Ju, tendo como carro-chefe o prato que dá nome ao restaurante. “Esse festejo junino é uma ótima oportunidade de visibilidade, de as pessoas descerem o Centro Histórico para conhecerem mais sobre o Mercado São Miguel. A expectativa é que o Pré-São João do Mercado atraia os clientes para que se divirtam aqui. Estaremos aqui de braços abertos para receber a todos”, declarou Juciara Mattos, proprietária do Feijoada da Ju.

Demais locais – A programação do São João do Centro Histórico também se estende para outros pontos da região, como o Terreiro de Jesus, Pelourinho e Santo Antônio Além do Carmo. A grade completa pode ser conferida no site https://saojoaocentrohistorico.com.br.

 

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Até a próxima terça-feira (13), as ruas do Santo Antônio Além do Carmo estarão cheias de pessoas celebrando, agradecendo e fazendo pedidos ao padroeiro do bairro. Neste período, uma programação intensa foi montada para receber o público, incluindo a realização de missas diárias na Paróquia Santo Antônio Além do Carmo, o Bazar da Paróquia, a Feira da Sé, a Vila Gastronômica e a rota gastronômica Sabores do Interior.

Bem pertinho da igreja, na casa de número 559, na Rua Direita de Santo Antônio, o artista plástico Rodrigo Guedes, de 34 anos, vai promover um tríduo – três dias de reza pública dedicada ao santo – nos dias 11, 12 e 13 deste mês. A celebração já acontece há 16 anos e foi inspirada na devoção que as avós materna e paterna de Rodrigo tinham a Santo Antônio, desde meninas.

Todos os anos, Rodrigo decora um altar de aproximadamente 5 metros dedicado ao santo, com elementos artísticos, como flores, folhas, nuvens e estrelas, feitos a partir de papel e papelão. A decoração ganha um toque especial com a iluminação interna do altar, que fica situado na sala da residência, aberta ao público durante o tríduo.

A cada ano, o jovem escolhe um tema diferente e faz uma homenagem. Este ano ele celebra o bicentenário da Independência do Brasil e São Jorge. Já o tema escolhido foi “Irmão protetor, sois dos brasileiros”, trecho do hino a Santo Antônio.

Cortejo - No próximo dia 11, o tríduo terá a participação especial do professor Juraci Tavares, apresentação do Coral do Mosteiro de São de São Bento, às 18h e procissão de abertura às 19h, momento em que o andor do santo homenageado desse ano (São Jorge) vai ao encontro de Santo Antônio, formando um belo cortejo no entorno da casa. A noite se encerrará com a reza.

“Santo Antônio para mim representa força. Esse é o meu único pedido feito a ele: Força para continuar a fazer o que os meus fizeram, aqueles que me precederam para que hoje eu pudesse estar aqui de pé. Não é fácil, mas ao mesmo tempo a fé se renova e aponta o caminho a seguir. Eu sou só um instrumento”, conta Rodrigo.

Nas duas primeiras noites do tríduo, cerca de 300 pessoas costumam visitar a casa de Rodrigo e de sua avó Maria do Socorro, de 80 anos, para conhecer, tirar fotos, rezar e fazer pedidos. No dia 13, o número de visitantes dobra.

“Vem pessoas de todo o mundo conhecer. Eu sei, porque cada pessoa que vem aqui escreve o nome no livro de visitação. A casa fica aberta durante o ano inteiro, aos finais de semana, mas a visitação se intensifica no mês de junho. Nós distribuímos pãezinhos, símbolo maior de devoção a Santo Antônio, que sempre fez doações para os que nada tinham”, explica.

Devoção – Até o dia 13, diariamente é celebrada a missa da trezena, às 20h, na Paróquia Santo Antônio Além do Carmo, situada na Rua Barão do Triunfo, no largo principal do bairro. Este ano, o tema da trezena é 'Santo Antônio e a Misericórdia com os pobres na vivência do Evangelho'.

No dia 13, a celebração começará às 6h com uma alvorada de fogos. Às 7h e às 9h, serão celebradas missas paroquiais. Às 11h, o cônego Lázaro Muniz vai celebrar uma missa com oração de cura. Às 16h30 haverá missa paroquial e às 17h30 uma procissão percorrerá as ruas do Santo Antônio Além do Carmo e do Barbalho, com saída do largo principal do bairro. Às 19h, será celebrada a missa campal de encerramento da festa, pelo bispo auxiliar Dom Valter Magno de Carvalho, no adro da paróquia.

Além da programação religiosa, o dia 13 contará ainda com uma homenagem a Gonzagão, feita pelo ator Vitório Emanuel; exposição de estandartes confeccionados pela comunidade; presença de carrinhos de café, vendendo 'quentão', chocolate quente, licores e animação a cargo do coreto musical, com Val Gonzaga.

“A trezena de Santo Antônio este ano está muito animada. A igreja lota todos os dias e as pessoas estão vindo demonstrar a sua fé. O primeiro dia foi muito especial, porque nós recebemos a imagem peregrina do Senhor do Bonfim, que este ano também estará presente na procissão. Esperamos que seja assim até o dia 13”, afirma o pároco Ronaldo Magalhães.

Ele lembra que a tradição da trezena vem desde a construção da paróquia, há 381 anos, mas antes já havia a capela de Santo Antônio, construída no século XVI e as pessoas já frequentavam o local para fazer suas orações.

“É um esforço grande para que todos os anos ocorra a trezena com essa perspectiva de alegria, fé e esperança, afinal de contas Santo Antônio é um santo alegre, festivo e muito querido. Foi uma pessoa que passou por esse mundo vivendo realmente os ensinamentos de Jesus, praticando, sobretudo a caridade”, acrescenta o padre.

Em parceria com a Associação Centro Histórico Empreendedor (Ache) e a Sole Produções, a Prefeitura de Salvador está viabilizando a programação da Trezena de Santo Antônio, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult) e da Fundação Gregório de Mattos (FGM).

Reportagem: Priscila Machado/Secom

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A tradição mantida há 35 anos pelo Balé Folclórico da Bahia (BFB), grupo que trabalha o folclore e a cultura popular, atuando na preservação e promoção da ancestralidade africana no Brasil e no mundo, ganhou novo fôlego, após o convênio firmado com a Prefeitura de Salvador.  A companhia, que precisou suspender por completo as atividades durante a pandemia e por pouco não fechou definitivamente, por falta de patrocínio, entrou em nova fase, com os investimentos assegurados pelo Município.

No ano passado, o grupo voltou a enfrentar dificuldades para se manter apenas com os recursos da bilheteria, até que a Prefeitura anunciou, em maio último, um convênio que garante a destinação de R$380 mil para auxílio no custeio dos artistas, do administrativo, da manutenção do imóvel e do espetáculo, que é apresentado três vezes por semana, no Teatro Miguel Santana, no Pelourinho.

“Vai ser uma ajuda extremamente importante, principalmente depois de dois anos de pandemia e de um ano de retorno das atividades. É uma questão de necessidade, porque é a preservação da nossa cultura”, afirma Walson Botelho, conhecido como Vavá Botelho, presidente do Balé Folclórico da Bahia.

O Balé Folclórico da Bahia reúne balé clássico, dança contemporânea e técnica afro, em manifestações como o maculelê, samba de roda, capoeira e a puxada de rede. Além disso, os espetáculos trazem sempre uma parte da religiosidade, em que são trabalhadas as danças dos orixás.

“Essa parte da dança dos orixás nós não trabalhamos como folclore, pois o candomblé não é folclore, é uma religião que precisa ser respeitada, como qualquer outra. Nós trabalhamos a dança dos orixás como forma de desconstruir preconceitos e de prestar uma grande homenagem ao candomblé, que é uma das religiões mais bonitas e tradicionais da humanidade”, conta Vavá.

Apresentações – A companhia de dança se apresenta em espetáculos permanentes às segundas, quartas e sextas-feiras, às 19h, no Teatro Miguel Santana, na Rua Gregório de Mattos, 49, Pelourinho. O retorno das apresentações é uma iniciativa da Secretaria de Cultura e Turismo de Salvador (Secult) e do BFB, em articulação com empresas privadas e representantes do trade turístico, que passaram a se interessar pelo produto.

Além das apresentações fixas, o BFB realiza oficinas gratuitas e abertas para toda a população. As oficinas atualmente atendem uma média de 100 pessoas. Com o apoio da Prefeitura, a expectativa é que ela seja ampliada e alcance uma média de 800 pessoas. Além disso, o presidente do BFB planeja retomar o Balé Júnior, projeto que já atendeu cerca de 3 mil crianças e adolescentes, com idade entre 6 e 16 anos, formando novos talentos, para o Balé Folclórico e para o mercado.

Tradição – Vavá lembra que, quando foi criado por ele há 35 anos, havia pelo menos outros 10 grupos trabalhando o folclore baiano e apresentações regulares. Atualmente, apenas o Balé Folclórico da Bahia realiza esse trabalho. A ideia, inicialmente, era oferecer um espetáculo voltado aos turistas e eventos, mas hoje Vavá considera que o grupo tem um cunho social muito mais importante que o artístico cultural.

Em 35 anos, o grupo já realizou 7.488 espetáculos no Teatro Miguel Santana e cerca de 35 turnês internacionais. As apresentações passaram por 282 cidades, apenas nos Estados Unidos. Nesse período, mais de 800 bailarinos foram formados, mais de 80% continuam a atuar e grande parte deles representa o Brasil, em outros países.

Segundo Vavá, o balé atende à necessidade de Salvador ter a sua companhia de dança. “É uma forma de levar adiante todo um trabalho iniciado com Emília Biancardi, na década de 1960, com o objetivo de atuar na preservação, manutenção, pesquisa e promoção desses valores culturais, para a eternidade”, diz.

Diretor artístico do BFB, Zebrinha acrescenta que o BFB é o embaixador da cultura no Brasil. “É um lugar onde, além de serem preservadas as tradições, elas são ensinadas. A única maneira é fazer com que as pessoas assimilem e vivam essas tradições”, explica.

Amor à arte – O Balé Folclórico da Bahia conta hoje com 20 bailarinos, quatro músicos, duas cantoras, além de profissionais do administrativo e da área técnica, somando cerca de 50 funcionários. O grupo movimenta a economia do Pelourinho e Centro Histórico, atraindo turistas e gerando renda para comerciantes, que atuam na região.

Bailarino do BFB há 12 anos, Wagner Santana, de 32 anos, conta que integrar a companhia foi um sonho realizado. Desde que assistiu ao espetáculo 'A Corte de Oxalá', no Teatro Castro Alves, em comemoração aos 20 anos do grupo, se apaixonou e traçou o seu destino. “Eu comecei a estudar, a fazer aulas avulsas para ter o pique e a força para entrar no Balé Folclórico. Foi muito satisfatório quando eu consegui. Havia muita gente na seleção, mas eu consegui e fiquei muito feliz por começar a fazer algo que eu amo. A dança me sustenta de todas as formas”, destaca.

Graças à companhia, ele já dançou na Bélgica, mas diz que o momento mais marcante de sua carreira foi ter se apresentado no TCA. “Nada foi mais satisfatório que sentir o calor da minha terra, me assistindo em um lugar onde sempre almejei estar. O Balé Folclórico me diz quem eu sou, me ensinou o que é representatividade, me ensinou a entrar e sair dos lugares e me levou a lugares para onde nunca imaginei ir. É uma grande escola e uma grande casa para mim”, acrescenta.

Gabriela Pequeno também é bailarina e entrou na companhia no ano passado. “É muito satisfatório fazer parte do BFB, que é uma companhia referência não só em Salvador, mas na região Nordeste e no estado da Bahia. É uma companhia que valoriza a religião de matriz africana e a cultura da nossa cidade e do nosso povo”, opina.

Reportagem: Priscila Machado/ Secom

 

 

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O Projeto Sou Salvador, uma parceria entre a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) e Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Emprego e Renda (Semdec), está realizando um curso de pintura corporal em colaboração com a associação Pracatum, situada no bairro do Candeal. O objetivo da Prefeitura de Salvador é qualificar e promover o reordenamento dos trabalhadores informais, que desempenham um papel significativo na economia local.

O curso de pintura corporal iniciou na terça-feira (6) e se estende até esta quarta (7), das 13h às 17h40, na sede da Pracatum. O primeiro dia de atividades foi voltado para conteúdos fundamentais, incluindo Atendimento ao Turista; Hospitalidade, Simpatia, Empatia e Cordialidade; Precificação; e Qualidade do Produto. No segundo e último dia, os participantes terão uma aula prática, também na sede da associação.

O diretor de Turismo de Salvador, Gegê Magalhães, comentou a importância da iniciativa. "São dois dias de capacitação para todas as pessoas que atuam na área de pintura corporal. Esse grupo é formado por cerca de 35 pessoas, que estão aqui, na sede da Prakatum, mostrando que a iniciativa pode ser profissionalizada”.

O gestor ainda ressaltou que a sede da Pracatum foi escolhida para a capacitação por ser o local onde nasceu o grupo Timbalada, que colocou a pintura corporal em evidência. “Essa pintura difundiu tanto, que hoje ela é desejada pelos visitantes que chegam aqui na cidade. E a atividade de pintor corporal ainda não é uma profissão regulamentada, mas a gente quer que seja”, pontuou Magalhães.

A diretora do Trabalho e Empreendedorismo da Semdec, Maria Eduarda Lomanto, explicou que, neste curso, os profissionais trabalham a imagem, o resgate da confiança e as competências emocionais, além de toda parte técnica. “Cada risco tem uma simbologia. É algo cultural e eles precisam entender isso. A intenção aqui é que eles saiam com todas as competências, não só de atitudes melhores, mas de entender que eles representam uma cultura de Salvador”, completou.

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Uma aula-show marcou o início do segundo ciclo de atividades do Polo Criativo Boca de Brasa Centro, no Teatro Gregório de Mattos (TGM), na última sexta-feira (2). O evento reuniu alunos veteranos e novatos, proporcionando a todos uma jornada de aprendizado e criatividade.

Durante a ocasião, foram iniciados os cursos de Desenvolvimento de Documentário (Lab Doc), Escritas Criativas e Urbanas (Lab Poéticas) e Gestão de Espaços Culturais. Os alunos tiveram a oportunidade de participar de diversas atividades, contando com a presença do retratista e palestrante Cristian Carvalho.

Uma das principais atrações do evento foi a turma de Preparação de Atores, que encantou o público com empolgantes performances dos epílogos de Gregório de Mattos. Além disso, houve uma leitura dramática realizada pela professora do percurso básico "A Arte de Falar", Mariana Freire.

Laís Almeida, gestora do programa Boca de Brasa, destacou a importância desse encontro de integração. Ela ressaltou que esse momento é crucial para “firmar o compromisso dos alunos que já estão participando dos laboratórios de preparação de atores, iluminação e sonorização, além de dar início aos novos cursos oferecidos”. Segundo Laís, essa integração é “fundamental para recepcionar os alunos novos e estabelecer um novo ciclo de aprendizado no polo criativo”.

Jamile Coelho, presidente da Associação Sociocultural Nubas, que gerencia o espaço, destacou que é gratificante ver os alunos aplicando os conhecimentos adquiridos em sala de aula. “Essa parceria entre a Nubas e a FGM (Fundação Gregório de Mattos) busca oferecer uma atmosfera de formação completa, com a compreensão de que a arte também é trabalho”.

Reinaldo Júnior, um jovem ator em formação de 24 anos, expressou a sua empolgação com o evento. Ele destacou que o curso está sendo “incrível” e que está gostando da forma como o conteúdo está sendo transmitido, além de ressaltar a importância desse momento para a própria formação como artista.

Espaços Boca de Brasa – Os Polos Criativos Boca de Brasa são uma iniciativa da Fundação Gregório de Mattos (FGM) e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda (Semdec), que visa promover atividades de formação, produção e articulação cultural, e repercutem junto à comunidade local.

Além do Centro, os espaços funcionam na Cidade Baixa, com atividades gerenciadas pela Associação Conexões Criativas; Subúrbio/Ilhas, pela Associação para Promoção da Diversidade Sociocultural e Ambiental Pontos Diversos; e Valéria, pelo Instituto Ceafro (Iceafro).

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A Prefeitura de Salvador firmou nesta quinta-feira (1º) uma parceria com a Sociedade Amigos da Cultura Afro-Brasileira (Amafro) para compra de acervo e execução das obras pendentes do Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab), transformando-o em um dos maiores centros da cultura afro-diaspórica da América. O investimento previsto é da ordem de R$ 15 milhões.

Participaram da assinatura do termo de parceria, no Palácio Thomé de Souza, o prefeito Bruno Reis, o secretário municipal de Cultura e Turismo, Pedro Tourinho, a diretora do Muncab, Cintia Maria, e a gestora administrativa do museu, Jamile Coelho.

O Muncab é localizado em dois prédios no Centro Histórico, onde funcionaram o antigo Tesouro do Estado da Bahia e o serviço de assistência pública da cidade.

“A prefeitura vai atualizar o orçamento para, em seguida, celebrarmos um convênio, onde nós vamos executar as obras, tanto para terminar a primeira etapa do prédio, que já está, digamos, 80% finalizado, como para dar início à segunda etapa de restauro e reforma”, explicou o prefeito Bruno Reis. “Com isso, a gente poderá ter em Salvador um museu que retrate a história afro. Um museu da negritude, onde a gente resgate a nossa história e possa potencializar a influência da cultura africana na formação do nosso povo. Salvador vai ter um dos melhores museus do mundo da cultura afro”, acrescentou o chefe do Executivo municipal.

A diretora do Muncab celebrou a parceria firmada com a gestão municipal e disse que a restauração do museu também significa o ganho de um grande atrativo turístico para a capital baiana. “Pensar esse espaço cultural, dinâmico, vivo, conectado com o que tem de mais moderno na cultura afro-diaspórica, com esse viés contemporâneo, é um ganho para a cidade”, pontuou Cintia.

Para o secretário de Cultura, a iniciativa representa o início da realização de um sonho, já que o projeto do museu tem cerca de 20 anos. “A gente tem aqui um espaço que já tem uma história, de um museu, um sonho, que não se realizou ainda por várias questões. A prefeitura está totalmente dedicada a somar, para que Cintia, Jamile e a comunidade negra façam desse espaço um ponto de referência da cultura negra no Brasil e no mundo”, disse Tourinho.

De acordo com o titular da Secult, ainda esse ano teremos já parte da obra entregue com novo acervo. “A capital afro tem que ter o melhor museu afro do Brasil. É um museu que vai concentrar não só artistas tradicionais, como também jovens artistas negros do Brasil e estrangeiros”, afirmou.

Segundo Jamile Coelho, gestora administrativa do museu, o espaço representa o resgate “dessa memória que, infelizmente, para muitos de nós, foi roubada” “É de fundamental importância em Salvador, a cidade mais negra fora do continente africano, a gente estar fazendo essa parceria para poder entregar ao público esse espaço de memória, mas também de difusão e produção da cultura afro-brasileira”, disse Jamile.

Cintia Maria e Jamile Coelho assumiram no ano passado a gestão do Muncab, o fundador do museu, José Carlos Capinam, compositor e poeta da Tropicália, hoje é presidente de honra da Amafro.

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Às quartas-feiras, a Cidade da Música da Bahia, localizada no Comércio, é palco de uma atração especial: uma batalha de rap/trap, que acontece sempre a partir das 15h. No último dia de maio (31), o tema abordado foi “Trabalhadores da música”. Para este mês de junho, o tema será “São João da diversidade”.

O supervisor do espaço, Geancarlos Barbosa, ressaltou a importância de um equipamento público fomentar a cultura e a arte de rua. “É importante que possamos entender que a arte também é um processo de fomentação no desenvolvimento educacional. As práticas interdisciplinares possibilitam que pessoas diversas acessem os mais diversos equipamentos e consigam se aderir com os conteúdos os fazendo pertencentes”.

Mediador do equipamento, Welber Fernandez, também conhecido como Mc Ogum, contou que o rap/trap salvou sua vida. Ele ainda reforçou que o trabalho desenvolvido tem o intuito de formar um espaço onde as pessoas possam ter acesso ao aprendizado da cultura e da arte. “O rap/trap está comigo sempre. Aqui é um espaço público de informação sobre a música, e cada vez vamos aprendendo mais”.

Durante as batalhas, os visitantes também têm a oportunidade de interagir com os mediadores e sugerir palavras para a rima. Pela primeira vez no local, a estudante Tainá Brasil, de 19 anos, afirmou que a iniciativa valoriza a arte de rua. “Salvador é uma cidade construída de música. Ter uma atividade como essa, é dar oportunidade para a diversidade cultural. Acho muito importante isso ser realizado, ainda mais por se tratar de um equipamento administrado por um órgão público”.

A estudante de arquitetura Natália Oliveira, de 18 anos, disse ter gostado bastante de conhecer o equipamento. Ela, que estava acompanhada de outros colegas de curso, disse que a cidade de Salvador é um celeiro musical e está aberta para as grandes misturas culturais.

“Viemos realizar um trabalho de pesquisa sobre a história de alguns bairros da nossa cidade. Estar aqui, pela primeira vez, é um momento muito marcante para mim e para meus colegas. Um equipamento como esse é muito importante para sabermos mais da nossa história”, disse.

Acesso – Vinculado à Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), a Cidade da Música da Bahia funciona de terça-feira a domingo, das 10h às 18h. O ingresso custa R$20 (inteira), para o público geral, e R$10 (meia) para estudantes, idosos e residentes em Salvador (mediante apresentação do comprovante de residência). Às quartas-feiras, a entrada é gratuita.

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Se as ruas de Salvador fossem um estúdio, fotografias icônicas seriam registradas diariamente, corroborando com a grande frase: baiano não nasce, estreia. É justamente com a intenção de registrar momentos e performances marcantes de quem compõe a cena diária da capital baiana, que a 5ª edição do projeto Fotoperformance Popular está sendo montada diariamente na Rua do Ourives, 87, no Comércio.

O projeto é idealizado pelo fotógrafo e artista visual baiano Alex Oliveira e realizado em parceria criativa com a diretora de arte visual Alice Braz. A iniciativa tem o apoio da Prefeitura de Salvador, por meio do edital Arte Todo Dia – Ano VI da Fundação Gregório de Mattos (FGM), órgão vinculado à Secretaria de Cultura e Turismo de Salvador (Secult).

Experimentação – Juntos, Alex Oliveira e Alice Braz montam diariamente um estúdio fotográfico no local, como uma forma de catalogar as performatividades populares. As fotografias são produzidas por meio da experimentação e criação a partir de jogos compositivos e performáticos em tempo real. Os modelos são os pedestres e comerciantes locais, que se relacionam com o estúdio tanto como observadores quanto como performers, sendo fotografados e criando cenas com objetos e gestos presentes no cotidiano.

“Esse trabalho surgiu em 2019. Eu comecei a me interessar muito a trabalhar com pessoas que não fossem artistas, mas que fossem o povo na cidade, que tem um modo criativo de compor e de se comunicar. O modo como se organizam os elementos na cidade, tudo isso tem um senso estético muito interessante, e eu queria compor isso em um estúdio, porque o estúdio destaca a pessoa do fundo e dá um destaque maior para o gesto, para a gestualidade”, conta Alex Oliveira.

História e cultura – Ele ressalta que, por meio desse trabalho, ele e Alice Braz conversam com a cidade. “É uma situação muito de histórias de observação da cidade e uma ideia de investigar a performance popular. A rua funciona como um grande atelier aberto”, compara.

Alice destaca também a importância da iniciativa e do apoio da Prefeitura para esta realização. “Eu percebo como é urgente que a gente tenha um arquivo de imagens cotidianas das pessoas que trafegam uma geografia que muitas vezes não é evidenciada. Então, fotoperformance é esse estúdio aberto ao dia a dia, ao cotidiano, em que a gente propõe naturalmente como se estivéssemos vendendo algo numa banca e as pessoas passassem e quisessem interagir com o estúdio. É muito importante também ter apoio financeiro para esse tipo de registro, porque não é só cultural, é também histórico”.

Fotos e postais – O projeto já está no Comércio há um mês e meio, criando uma relação de convivência com as pessoas que trabalham e passam pelo local. Na primeira etapa do estúdio, as ações estavam voltadas apenas para os transeuntes e comerciantes do bairro. Em um segundo momento, artistas e pessoas de outros locais da cidade também passaram a ser convidados para conhecer o estúdio e realizar suas fotoperformances.

Como encerramento, uma barraca será montada no dia 15 de junho, a partir das 10h30, no mesmo endereço em que está sendo montado o estúdio, próximo à Praça Marechal Deodoro. O espaço, chamado “Vale-quanto-pesa”, irá expor fotografias, que foram produzidas ao longo do projeto, em suportes como porta-retratos, postais e calendários. Os porta-retratos com as fotoperformances serão distribuídos gratuitamente aos participantes do projeto e os postais aos demais transeuntes e moradores de Salvador.

Processo criativo – Além disso, um pôster lambe-lambe será colado no local com um registro dos comerciantes da área e haverá um bate-papo aberto sobre o projeto, sobre o processo criativo envolvendo a fotografia, a performance e a intervenção urbana.

Essa é a primeira edição do projeto em Salvador. A iniciativa já teve edições realizadas em Belo Horizonte e Uberlândia (MG) (2019), Senhor do Bonfim e Jequié/BA (2021).

Reportagem: Priscila Machado/Secom

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As inscrições para o projeto “Laboratórios Optativos” da Escola Criativa Boca de Brasa Cidade Baixa seguem até esta sexta-feira (26). A iniciativa, voltada para participantes da unidade, compõe o conteúdo programático de formação em artes e cultura.

Estão sendo oferecidos três cursos: Audiovisual e Artes Cênicas, com Larissa Lacerda; Acessibilidade Cultural, com Fabiana Pimentel e convidados; e História Crítica e Crítica da História nas Artes Cênicas, com Jorge Alencar e Neto Machado. As inscrições podem ser feitas através do formulário https://prefsa.org/fxtMh.

Cada aluno pode realizar a inscrição em apenas um laboratório. As aulas acontecem entre os dias 12 e 15 de junho, das 18h30 às 20h30, na sede do espaço Boca de Brasa Cidade Baixa, localizado na unidade Sesi Itapagipe.

Para o coordenador geral do espaço, Neto Machado, os componentes optativos têm um papel importante dentro da formação continuada dos participantes. “Essa oportunidade de escolha de componentes optativos na grade curricular faz com que o participante entenda especificidades diferentes do que está sendo trabalhada em sua área, ou seja, é uma dupla capacitação, que contribui para o processo de formação do participante”.

Iniciativa – A ação é fruto do Termo de Colaboração 001/2022 firmado entre Fundação Gregório de Mattos (FGM) e a Associação Conexões Criativas, através dos recursos do Edital 004/2022 – Polos Criativos Boca de Brasa.

Reportagem: Valmir Soares/Secom

 

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