Carnaval

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O secretário Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer, Júnior Magalhães, destacou nesta quarta-feira (22) o balanço da pasta ao longo dos seis dias de Carnaval. Ele enfatizou o trabalho das duas bases do Catafolia, espaços de apoio para catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis, dos três Camarotes Acessíveis (Ondina, Campo Grande e Piedade) e dos quatro postos do Serviço Especializado em Abordagem Social e mais os dois postos do ObservaDrogas (Observatório em Políticas sobre Drogas), lançado de forma pioneira na folia momesca.

Júnior Magalhães visitou todos estes pontos com o objetivo de fazer um balanço das ações e agradecer a todos os servidores que fizeram a festa acontecer, além da escuta desses profissionais para aprimoramento dos serviços em 2024.

Segundo o secretário, a Sempre realizou 2.153 abordagens dentro da campanha “Criança não é mão de obra”. “Identificamos 243 crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil, outras 482 foram encontradas em situação de vulnerabilidade social, resultando em 146 encaminhamentos para o Centros de Convivência e 789 encaminhamentos para a rede de garantia de direitos. Nosso trabalho consiste no desenvolvimento se ações de sensibilização e convencimento das famílias para acabar com o trabalho infantil”, salientou.

Sobre os camarotes acessíveis, o gestor informou que foram contabilizados 1.916 acessos nos 6 dias de festa. “Nos nossos três camarotes, promovemos a inclusão social, proporcionamos aos idosos e pessoas com deficiência uma vista privilegiada, conforto e segurança no Carnaval. Foram quase 2 mil acessos, um trabalho de atendimento fantástico realizado pelas nossas equipes”, comemorou.

De acordo com ele, o Catafolia promoveu mais dignidade aos catadores. “Contabilizamos, nos seis dias de Carnaval, 4.394 entradas, e ofertamos durante todos os dias da folia quatro refeições diárias (café da manhã, almoço e dois lanches intercalados, mais estrutura com banheiro químico, orientação para banho, entre outros serviços), de forma que eles pudessem desenvolver o autocuidado enquanto trabalhavam nos dias da festa. Agora, já começamos a pensar em montar uma estrutura em que possam descansar pelo menos algumas horas do dia”, frisou.

Sobre o Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas) e o Observatório em Políticas Sobre Drogas, o Secretário já avalia elevar para 24 horas o funcionamento das atividades. O Seas realizou 561 abordagens e 44 encaminhamentos para as Unidades de Acolhimentos Institucional (UAIs) da pasta. A atuação das equipes especializadas ocorreu em todo o circuito para atendimento à população de rua e identificar e combater situações de trabalho infantil.

O Observadrogas realizou 5.879 observações e 392 entrevistas com os catadores de materiais recicláveis, com o objetivo de avaliar nas duas bases dos Catafolia e nos circuitos da folia situações do uso abusivo de álcool e outras drogas, com atribuição de registrá-las, identificando situações de risco, vulnerabilidade ou violações de direitos, de forma a desenvolver políticas públicas que amenizem essa problemática.

Além disso, o secretário frisou que o trabalho vai além do que foi feito no Carnaval. “Com todas as pessoas que foram abordadas nessas ações, os atendimentos não se resumirão apenas ao Carnaval. Daremos continuidade e encaminhamento aos Cras e Creas, localizando essas famílias com os cadastros preenchidos, buscando se já são beneficiárias do Bolsa Família ou possuem outros benefícios eventuais, se são inseridas em outros serviços ou programas e qual suporte ou apoio elas precisam da assistência social para superar suas demandas e desenvolver autonomia”, concluiu.

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A Guarda Civil Municipal (GCM) registrou, através do Núcleo de Estatísticas (Nest), 653 atendimentos que estão relacionados ao apoio a órgãos públicos e ao cidadão. Além disso, foram contabilizadas 43 ocorrências referentes a intervenções em vias, prestações de socorros, conduções por mandados em aberto, dentre outros. Nas ações em apoio à Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), foram catalogadas a apreensão de 214 objetos perfurocortantes e dois simulacros de arma de fogo. 

De acordo com o Inspetor Geral da GCM, Marcelo Silva, a criação do Centro Integrado de Inteligência, Comando e Videomonitoramento (CicomV) contribuiu para as ações de monitoramento na folia, em consonância com o Centro de Operações e Inteligência (COI), onde existem a atuação de GCMs.

“Só ontem (21), conseguimos deter três pessoas que possuíam mandado em aberto. O primeiro caso, quando um homem que responde por estupro, foi detido por agentes do Grupamento de Rondas da Capital, na Barra, e outros dois foram detidos pelo Grupo de Apoio ao Turista no Elevador Lacerda, por responderem pelo artigo 157 do Código Penal”, detalhou Silva. Durante o Carnaval, cinco pessoas foram conduzidas pela Guarda ao serem detectadas pelo reconhecimento facial.  

Identificação - Ainda durante as ações no Carnaval, a Guarda Civil, através da Coordenadoria de Ações de Prevenção à Violência (Cprev), identificou 13.751 crianças com pulseiras contendo dados como nomes delas, dos pais ou responsáveis e telefone para contato.  

Documentos - Nos seis dias de folia, foram recolhidos 253 documentos, uma redução de aproximadamente 30% se comparado ao mesmo período de 2020.  O folião pode acessar o site da instituição (www.gcm.salvador.ba.gov.br) e verificar se o nome consta na lista de documentos perdidos.  

Com a confirmação, o proprietário deve se dirigir à sede do órgão, na Avenida San Martin, das 8h às 17h, a partir desta quinta-feira (23), em posse de um documento original com foto ou boletim de ocorrência para fazer a retirada. 

Para o Diretor de Segurança Urbana e Prevenção à Violência, Maurício Lima, a Guarda Civil Municipal teve um papel muito importante nesse Carnaval, colaborando com uma gama de serviços de grande importância para a população.  

“Desenvolvemos desde ações preventivas a operacionais. Nossos agentes conseguiram participar ativamente de ações de fiscalização que retiraram mais de 100 facas das ruas, realizamos patrulhamento preventivo, identificamos crianças, atuamos com atividades lúdicas e preventivas. Também faremos a devolução de documentos encontrados, enfim, serviços extremamente importantes para a realização da festa”, disse Lima. 

Demais ações - Atividades lúdicas e educativas foram realizadas pela Guarda Civil nas unidades acolhedoras que receberam os filhos dos ambulantes, durante os festejos carnavalescos. A Banda de Música, com várias apresentações em abrigos, escolas e camarotes acessíveis, levou alegria e músicas que trouxeram um repertório variado do axé até as marchinhas dos antigos carnavais, em camarotes acessíveis.  

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Os foliões que curtiram o retorno do Carnaval, após dois anos de pandemia, parecem não querer que a folia acabe. Na manhã desta quarta-feira (22), o Farol da Barra estava lotado de pessoas, entre ambulantes, turistas e baianos que ainda aguardavam para aproveitar os últimos minutos de festa.

O famoso arrastão, criado por Carlinhos Brown, teve a presença dos cantores Bell Marques, Léo Santana, Brown e Danniel Vieira. O cacique do Candeal afirmou que a despedida de hoje teve um sabor especial. "Esse foi o Carnaval da esperança. Divertimos, trabalhamos, nos unimos em torno de uma gratidão única e estamos aqui fortes, após a pandemia".

O cantor lembrou os 30 anos de arrastão, criado por ele em 1993. "Não existe um dos inventores, eu sou o inventor do Arrastão, porque eu discuti com Dom Lucas Moreira Neves para termos o Arrastão, por isso aqui lançamos também a Campanha da Fraternidade, como todos anos. O dia de hoje será único porque os estilos se fundem. O evento foi criado para quem trabalha no Carnaval, para curtir como os demais", afirmou, antes de iniciar a apresentação.

"Eu estou muito feliz, é a primeira vez no arrastão. Desde que entrei no Araketu, Brown me abraçou, então é uma forma de fechar com chave de ouro o Carnaval", disse Larissa Luz, convidada de Brown.

Participando desde 2016, o cantor Danniel Vieira, que fez uma verdadeira maratona no Carnaval deste ano, homenageou os agentes de limpeza, vestido com a mesma roupa de trabalho dos servidores, que atuaram mantendo os circuitos limpos.

Danniel Vieira trouxe o sertanejo romântico para a Barra - Ondina. "São seis arrastões. Minha presença no início foi meio uma surpresa, porque meu trio não saiu durante o Carnaval e o ex-prefeito ACM Neto me ofereceu o arrastão. Aceitei o desafio e encerrei o Carnaval. Vamos fazer algo brilhante e limpo, homenageando os agentes da Limpurb, que muitas vezes não são reconhecidos. É algo merecido para eles".

A cantora carioca Tati Quebra Barraco foi uma das convidadas de Danniel, representando o funk carioca. Ela, que já curtiu a folia em 2006, participou do primeiro arrastão. "Passei pelos blocos, camarotes, mas o arrastão é a primeira vez e eu estava ansiosa, quero dar o meu melhor. Relembrando músicas novas, antigas, agitando todos".

A foliã Fernanda Lima, vendedora, natural de São Paulo, achou incrível o Carnaval 2023. "Eu curti do início ao fim, a energia das pessoas que esperavam esse momento, está tudo incrível. Vou curtir até o final com as amigas, somos inimigas do fim mesmo"

Moradora de Florianópolis, a professora Brisa Helena também curtiu até o fim. "Pela primeira vez estou curtindo até o fim, e perceber que todos os trabalhadores podem curtir também é lindo, porque eles trabalham o Carnaval todo, é bom demais. E eu que sou trabalhadora da educação, estou amando demais, como não?".

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O velejador e aventureiro sul-africano Richard Kohler realizou, sozinho e a bordo de um caiaque, a travessia entre a Cidade do Cabo, na África do Sul, e Salvador. Ele aportou na capital baiana no último domingo (19), por volta das 15h30.

O explorador ingressou em águas soteropolitanas a partir da Baía de Todos-os-Santos, após percorrer mais de 7 mil km vindo da costa sul-africana. Kohler foi a primeira pessoa a atravessar, sozinha e com este tipo de embarcação, o sul do Oceano Atlântico, tendo escolhido Salvador como destino para esse momento histórico.

A chegada de Koehler a Salvador foi antecipada ao prefeito Bruno Reis pelo prefeito da Cidade do Cabo, Geordin Hill-Lewis, que solicitou apoio na recepção do aventureiro sul-africano. O velejador saiu da costa sul-africana em 22 de dezembro de 2022, iniciando sua corrida de caiaque, solo e sem suporte, em direção à Salvador.

A Prefeitura de Salvador, através do Escritório de Cooperação Internacional (ECI), da Semdec, da Secult e do Comitê Náutico, está apoiando a chegada de Kohler.

SAC Náutico - Como parte da estratégia para o desenvolvimento da Economia do Mar, a Prefeitura desenhou o SAC Náutico, que está em fase final de implantação e será uma unidade instalada pela gestão municipal em um espaço no Doca1, no Comércio (ao lado do Terminal Náutico). A operação ocorrerá em parceria com órgãos ligados ao setor náutico: a Capitania dos Portos (Marinha do Brasil), a Receita Federal do Brasil e a Polícia Federal.

O trabalho sincronizado entre os órgãos auxiliou na chegada do sul-africano, ainda que no meio das festividades do Carnaval. “O SAC Náutico tem como visão figurar como um importante pilar de atração de eventos e regatas, facilitando a chegada de estrangeiros ao Brasil pelo mar, como é o caso de Richard. A vinda dele reforça a posição geográfica estratégica da nossa cidade, o que pode fazer com que Salvador seja uma porta de entrada para o navegador estrangeiro no país. O trabalho coordenado com a Capitania dos Portos (Marinha do Brasil), Receita Federal do Brasil e Polícia Federal ajuda a promover o destino Salvador”, detalha Mila Paes, secretária municipal de Desenvolvimento Econômico (Semdec).

O SAC Náutico está intermediando o processo de documentação e questões jurídicas com a Polícia Federal, a Receita Federal e a Capitania dos Portos. O Comitê Naútico intermediou o contato com o Yatch Clube para a hospedagem da embarcação. O ECI está mediando o contato entre as diversas partes e articulando os detalhes logísticos e de programação da estadia de Kohler.

João Victor Queiroz, chefe do Escritório de Cooperação Internacional da Prefeitura, lembra que Salvador se destaca com um verdadeiro hub internacional para os mais diversos setores. “Por meio de articulações intersetoriais, diversos órgãos municipais têm trabalhado para ampliar essa atuação também para o setor náutico, como por exemplo a realização de um dos maiores salões náuticos do mundo, ‘Grand Pavois’, em nossa capital. Portanto, nos sentimos honrados que esta travessia única na história tenha sido direcionada para nossa cidade, e esperamos que esse feito demonstre o potencial a se explorar de Salvador e da Baía de Todos-os-Santos, a segunda maior baía do mundo. Desejamos a Richard uma calorosa recepção e já estamos pensando em como cooperar com ele e com seu trabalho social”.

A viagem – Para além do teor aventureiro da viagem, Kohler também está captando recursos para a Operação Sorriso, na África do Sul. Trata-se de uma organização médica voluntária para atendimentos e cirurgias gratuitas a crianças com fissuras faciais. Até o momento, Kohler já arrecadou o equivalente a R$ 86 mil, sendo que a meta da aventura é arrecadar aproximadamente R$ 150 mil para viabilizar cirurgias para 70 crianças sul-africanas.

Kohler ainda não definiu sua data de retorno à Cidade do Cabo, mas é estimado que passe até três semanas em Salvador. Desse modo, existe disponibilidade para a realização de atividades, sobretudo voltadas a temáticas náuticas e de assistência social.

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O Carnaval de Cajazeiras contou com grandes atrações este ano, além de organização e infraestrutura de ponta. A festa realizada no Campo da Pronaica já começou com tudo no sábado (18) com nomes como Cid Guerreiro, A Dama, Kart Love, Virgílio, 7Kássio e Carla Cristina. O ponto alto foi o domingo (19) com Igor Kannário, uma das atrações mais aguardadas.

O local também teve o sertanejo de Danniel Vieira; o forró de Targino Gondim e Filomena e o samba e Axé de Filipe Escandurras, com canções como Carol, uma das que concorrem ao hit do Carnaval esse ano. Ao todo, se apresentaram 28 artistas com uma média de 28 horas de música.

Hoje (21), sobem ao palco Buck Jones, Afrodisíaco, Raça Pura, Guga Meyra, Cris Lima, Ricardo Chaves e Yure Love. “O show de hoje será especial, com grandes sucessos da carreira do Afrodisíaco, com hits do verão e do Carnaval e com um público especial”, contou o cantor e compositor da banda Afrodisíaco, Pierre Onassis.

Moradora do bairro, Michele Santos, de 30 anos, foi à folia todos os dias e disse ter gostado muito, principalmente de Rick Ralley, Filipe Escandurras e A Dama. “Foi perfeito, com boas bandas, chamando a paz e ao mesmo tempo agitando muito a galera. Depois de dois anos sem festa, eles arrasaram. Eu achei que foi muito bom, uma festa de qualidade, perto de casa e com segurança”, afirmou.

Jair dos Santos, de 40 anos, conta que foi uma grande oportunidade para faturar uma renda com a venda de bebidas. “São 12 anos trabalhando aqui, fez uma grande falta no período da pandemia, mas graças a Deus esse ano tivemos o retorno. A movimentação e as vendas foram muito boas”, destacou.

Novo cenário – Quem foi à Pronaica assistir às apresentações encontrou um espaço diferente do último Carnaval em 2020, já que o local foi totalmente reformado pela Prefeitura de Salvador e entregue em outubro de 2020. Atualmente, a Pronaica, situada na Avenida Engenheiro Raimundo Carlos Nery, conta com campo com grama sintética, pavimentação, arquibancada e quadra poliesportiva. 

No local, foram montados diversos brinquedos, a exemplo de cama elástica, tornando-se uma boa atração para as crianças. “O Carnaval aqui esse ano foi muito bom mesmo. Eu tenho um filho de sete anos, então achei melhor trazer ele pra cá, que é perto de casa e tem vários brinquedos. Nós dois nos divertimos e eu já estou com saudade e na expectativa para o próximo ano”, disse Isabela Santos, 37, que foi ao local no sábado e domingo. 

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A Avenida atraiu uma multidão de foliões como há alguns anos não se via no Carnaval de Salvador. Na terça-feira (21), quando foram privilegiados os foliões pipoca, um mar de gente pulou junto atrás de nomes como Xanddy Harmonia, Psirico, Daniela Mercury, Durval Lellys, Léo Santana e Saulo Fernandes. A alegria foi compartilhada por novos foliões e também por quem já sentia saudade de ir atrás do trio pelo Campo Grande até a Castro Alves.
 
"Tá barril, irmão, barril dobradíssimo", disse o comerciário José Francisco Araújo, de 38 anos. "Se continuar nessa pegada, nunca mais Barra. Até porque eu moro aqui pertinho e dá para vir andando. Acho que não peguei os melhores anos do Circuito do Campo Grande, mas acho que esse ano, para quem viveu os melhores tempos, deve ter chegado perto", complementou o comerciário.

No momento em que Durval Lellys passou pela Avenida, o casal de namorados Patrícia Vieira, 23 anos, e Felipe Conceição, 29 anos, começou a pular. Antes, eles disseram que em carnavais anteriores tinham ido para a Barra, mas que nesse ano escolheram vir ao Circuito Osmar. "Amigos nossos vieram no domingo e ontem. Aí a gente decidiu vir hoje para cá também. Pelo que já vimos, está muito bom", disse Patrícia.

"Eu sempre amei o Carnaval aqui do Centro. Mesmo ficando aqui mais no cantinho, só observando e não mais pulando como fazia quando era mais jovem, eu estou gostando muito de ver que aqui está muito mais animado", disse a vendedora aposentada Ivaneide Soares, 58 anos. Ela disse que agora fica somente no alto da Avenida Santa Rita, diante das primeiras arquibancadas. "Antes eu ia até a Castro Alves, mas hoje o joelho não deixa mais", brincou.
 
A realidade do circuito mais tradicional do Carnaval soteropolitano mudou com o lançamento da iniciativa Cole no Centro no Carnaval 2023. A Prefeitura de Salvador, através da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), propôs um conceito inovador para a folia no Centro da capital baiana, conectando o Campo Grande, a Praça Castro Alves e o Pelourinho numa plataforma cultural com a marca da identidade soteropolitana. O objetivo foi alcançado e conquistou novos públicos para este polo da festa, especialmente a juventude negra da cidade.  

Para aliar a tradição dos clássicos da festa e do Circuito Osmar (o mais antigo da folia) com as novíssimas expressões das músicas baiana e brasileira, a programação do Cole no Centro se desdobrou em 12 projetos temáticos, animados por mais de 100 atrações de diversos gêneros, incluindo 28 artistas (entre eles Léo Santana, A Dama, Thiago Aquino e Timbalada), arrastando a multidão com o trio sem cordas pelo percurso que atravessa o Campo Grande, a Avenida Sete de Setembro, a Praça Castro Alves e a Avenida Carlos Gomes.

Pôr do Sol - Os últimos raios do astro-rei coloriram o cenário da Praça Castro Alves durante o Pôr do Sol, projeto que entre a sexta (17) até a terça (21) promoveu uma atração no final de cada dia, a exemplo de Paulinho Boca de Cantor, Pitty, Os Gilsons e de Davi Moraes, que faz um show ao lado de Baby do Brasil, Moreno Veloso e Márcia Castro em homenagem ao seu pai, Moraes Moreira, falecido em abril de 2020.

Donas do Som - Em seguida, a mesma praça abre espaço para o Palco Donas do Som, que recebeu entre sexta-feira (17) e domingo (19), performances musicais exclusivamente femininas, fortalecendo o empoderamento de mulheres cis e trans. Larissa Luz, Márcia Castro e Karol Conká estrelaram a grade.

Batekoo - Também na Castro Alves estreia o After Batekoo, invadindo as madrugadas até a terça de Carnaval (21), da 0h às 3h, com as sonoridades pulsantes da juventude negra periférica. Sendo uma festa criada há 8 anos por jovens negros do Nordeste de Amaralina, e que se tornou um sucesso viral em todo o Brasil, a Batekoo traz para o Carnaval de Salvador atrações como a funkeira Deize Tigrona, o grupo performático Afrobapho e o DJ Freshprincedabahia, compondo uma estética que afirma liberdade dos corpos, discurso antirracista, dissidências sexuais e de gênero.

Encontro de Trios - É ainda na Praça Castro Alves que o tradicional Encontro de Trios foi retomado em grande estilo, reunindo Afrocidade ao lado de Baco Exu do Blues e Carlinhos Brown em parceria com Àttooxxá.

Demais atrações - Além disso, o variado cardápio de atrações do Cole no Centro, que já contou com o Furdunço do Centro na última sexta (17), ofereceu aos foliões soteropolitanos e visitantes o Palco Brisa, que reedita o sucesso do último Festival da Virada, desta vez no Espaço Cultural Barroquinha, até a terça (21).

Até lá, o Palco Multicultural destaca o balanço do reggae, com direito à apresentação do rei Edson Gomes, bem como o Desfile das Fantasias de Luxo LGBTQIA+, na Praça Municipal.  

A Arena do Samba, por sua vez, celebrou o ritmo mais simbólico do Brasil na Praça da Cruz Caída; enquanto o Coreto das Orquestras levou a beleza da música instrumental às famílias no Largo do Santo Antônio; e a Varanda da Folia não deixou ninguém ficar parado nos intervalos dos trios que eletrizam o Campo Grande.
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Concorrendo ao prêmio de Música do Carnaval 2023, o cantor Léo Santana mostrou porque é considerado um dos grandes nomes da música baiana no momento. Com uma multidão ao redor do trio, o artista transformou a passarela oficial do Circuito Osmar (Campo Grande), nesta terça-feira (21), em uma pista de dança com a música Zona de Perigo.
 
Para a foliã Carol Farias, de 40 anos, a música do Gigante, como o artista é popularmente conhecido, é a grande favorita ao título de melhor canção do maior e melhor Carnaval do mundo. “Não é apenas a melhor música do Carnaval. Será, na verdade, eleita a melhor do ano. Não tem como ficar parada”, avaliou.
 
Apesar do favoritismo, outros acreditam que a música "Deixa Eu Botar Meu Boneco", de Oh Polêmico, pode superar a canção de Léo Santana. Foi o caso dos foliões Jorgevaldo Carvalho, de 39 anos, e Ivo Conceição, de 43 anos. Para eles, Zona de Perigo não atrai tanto o público. “Para mim, ‘Deixa Eu Botar Meu Boneco’ tem que ganhar o Carnaval. O pagodão é o som da periferia. O povo já abraçou a música do Oh Polêmico”, afirmou Ivo.

Léo Santana, que estava acompanhado das cantoras A Dama, Nêssa e Rai Ferreira, ainda desfilará no Circuito Dodô (Barra/Ondina) nesta terça-feira (21), último dia de Carnaval, a partir das 20h. Para evitar a fadiga muscular e, consequentemente, qualquer prejuízo na voz, o cantor tem realizado tratamento a laser antes dos shows.

Dia da Pipoca - O Campo Grande recebeu grande público nesta terça-feira graças ao elevado número de atrações independentes. Além do cantor Léo Santana, passaram pelo mais tradicional circuito Durval Lelys, Saulo, Xanddy Harmonia, Daniela Mercury, Lá Furia e Carlinhos Brown.
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Quem caminha pelas ruas que compõem os circuitos carnavalescos de Salvador percebe um clima de saudade intenso nos foliões. Com ruas lotadas, o público aproveita cada minuto do último dia de folia oficial na cidade. Muitos até já fazem planos para brincar e dançar na edição da festa no próximo ano. 

Moradora de Paripe, Eneida Santana confessa que a ficha ainda não caiu sobre o término da maior festa de rua do planeta. Mesmo assim, ela garante que vai aproveitar até o último minuto. "Este ano o Carnaval foi maravilhoso e teve muita atração para a pipoca. Estou curtindo a folia desde o Fuzuê. Fui para os palcos do Pelourinho, para a Barra e estou amando. A gente teve muitas atrações para se divertir e espaço para brincar à vontade. Não quero que acabe”, lamentou. 

O público que estava com saudade do Carnaval, após os dois anos de hiato em função das restrições sanitárias impostas pela Covid-19, pôde recuperar o tempo perdido e celebrar a vida com as mais de 80 atrações dedicadas ao folião pipoca que foram disponibilizadas pela Prefeitura. 

Fantasiado de palhaço em analogia à alegria da festa, Arilson Souza saiu do Itaigara para ir atrás do trio no circuito Osmar. Ele parabenizou a Prefeitura pelas atrações gratuitas nesta edição e também destacou o clima de inclusão da folia.  

“Eu sou fã de Carnaval e estou achando este o maior de todos os tempos. Todo mundo com muita alegria, fantasiado, está tudo muito lindo. Este ano achei maravilhoso porque o circuito estava bem organizado e esteve todos os dias muito sortido de atrações para a pipoca, como a muito tempo não acontecia. Está top, pena que hoje é último dia”, afirmou. 

O último dia da folia oficial também foi marcado por histórias inusitadas, como a de Manoela Guimarães, 45 anos, que está completando 30 anos de casada. Vestida de Maria Bonita, ela foi celebrar as bodas no circuito Osmar.  

“A gente se conheceu no São João e escolhemos o Carnaval para dar início às comemorações. A Prefeitura acertou de ter colocado atrações de peso aqui no Campo Grande, dando a oportunidade a todas as pessoas brincarem. O Carnaval aqui tem sido o maior espetáculo. O circuito está forte e merece estar porque é onde tudo começou”, contou emocionada.  

Pelo trajeto, nos seis dias de folia, desfilaram para a pipoca este ano grandes nomes da música nacional como É O Tchan, Banda Armandinho Dodô e Osmar, Thiago Aquino, Baiana System, Alinne, Rosa, Parangolé, Timbalada, Daniel Vieira, Escandurras, Luiz Caldas, entre outros. 

Inimigos do fim - Nesta Quarta-Feira de Cinzas (22), o público que não quer deixar a alegria morrer ainda vai poder aproveitar o famoso arrastão com Carlinhos Brown, Léo Santana, Bell Marques e Daniel Vieira no circuito Dodô (Barra/Ondina). 

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O Carnaval no bairro da Boca do Rio, realizado pela Prefeitura de Salvador, encerrou a programação deste ano com chave de ouro. Ao todo, o espaço contou com mais de 20 artistas para o folião que optou em não comparecer aos principais circuitos da festa.

Márcia Freire, Carla Cristina, Márcio Mello, Pagod'Art e Diamba foram algumas das atrações que passaram por lá com a missão de não deixar ninguém parado. Responsável por abrir os shows desta terça-feira (21), o cantor Fábio Mortalhas, líder do grupo Os Mortalhas, resumiu após a apresentação: “Energia massa. A Boca do Rio tem um clima bom”.

“Essa galera merece esse som. Enfim, cada palco tem uma magia. E a Boca do Rio tem uma magia. Sensacional o palco. Uma estrutura muito bacana com uma equipe presente. Muito bom de verdade”, continuou o músico.

Psirico, Diego Moraes, Ana Catarina e O Poeta ainda subirão ao palco da Boca do Rio neste último dia de Carnaval.

Marcando presença desde sábado (18), o ambulante Reginaldo Freitas, de 48 anos, garantiu que, apesar do trabalho, conseguiu também aproveitar a folia. “Moro no bairro desde pequeno e aqui eu consigo trazer os meus filhos e esposa para aproveitar um pouco", explicou.

“A gente se vira para trabalhar e brincar com eles ao mesmo tempo. Também sou filho de Deus", brincou Reginaldo.

Já a farmacêutica Rosana Alves, de 39 anos, contou que, apesar de não ser residente da Boca do Rio, preferiu "pular o Carnaval" no espaço por não ser "tão cheio como na Barra e no Campo Grande".

"Eu gosto de Carnaval, mas também não gosto de muita 'muvuca', então achei esse lugar maravilhoso. Feito para mim, com certeza", riu.

Este ano, além da Boca do Rio, o público teve à disposição palcos na Liberdade, Periperi, Plataforma, Itapuã, Pau da Lima e Cajazeiras, além de outras atrações espalhadas pela cidade, como a Arena do Samba, na Praça da Cruz Caída, e o Donas do Som, no estacionamento da Praça Castro Alves.
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