Educação

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A dois dias do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), alunos do IngreSSar se preparam e revelam como tem sido a rotina de estudos na reta final. Estudante do Pré-Enem, uma das instituições conveniadas do programa, Hadassa Gabriele, de 21 anos, divide os dias entre as aulas do curso preparatório, pela manhã, e o reforço com assuntos complementares pela tarde. Os assuntos complementares são acessados de casa por meio de um portal criado pela instituição onde estuda. Além disso, a aluna está sempre lendo textos e resolvendo questões.

O seu amor em cuidar de vidas e ajudar ao próximo sempre despertou o desejo em cursar Medicina. Como forma de alcançar esse objetivo, a estudante tem se esforçado muito e contado com a experiência dos profissionais. “A bagagem dos professores nos deixa mais confiantes e tranquilos. Mas eu não fico presa só à sala de aula, quando saio daqui o estudo continua na minha casa. Sinceramente, eu estou muito tranquila e confiante. Eu me sinto uma privilegiada em poder participar deste programa. Estou a um passo da realização de um dos meus sonhos”, afirma.

Augusto César, de 20 anos, fará a prova pela segunda vez e espera alcançar uma nota satisfatória para cursar Publicidade e Propaganda. “O conhecimento adquirido aqui é muito amplo. Além de conhecermos novos assuntos, relembramos o que vimos durante a nossa trajetória escolar. É uma verdadeira revisão. Uma das dicas que irei seguir no próximo domingo é a de olhar primeiro o comando da questão e só depois ir para os textos e responder as questões. O IngreSSar foi muito importante e deve continuar, pois ele tem o poder de transformar vidas. Tenho certeza que essa preparação fará toda a diferença durante as provas”, conta.

Dicas – O Enem será aplicado em dois domingos. No próximo domingo (3), a prova será de linguagens, códigos e suas tecnologias, redação, ciências humanas e suas tecnologias e, no domingo (10), os assuntos cobrados serão de ciências da natureza e suas tecnologias, matemática e suas tecnologias.

Diretor do Análise, que também é conveniada do Ingressar, Genivaldo Mascarenhas dá algumas dicas para o primeiro dia de prova, no próximo domingo (3). Para a véspera, ele recomenda ingerir alimentos leves e evitar estudar. “O ideal é distrair um pouco a mente, assistir um filme. Esse é o momento da concentração”, diz.

Em relação às questões, Mascarenhas sugere que o aluno priorize as que entende como fáceis ou cujos assuntos ele domina. Depois que toda a prova estiver resolvida, ele deve retornar e pegar as questões mais difíceis. A prova terá duração de 5h30, sendo 1h30 para a redação e 4h30 para as questões, o que dá uma média de três minutos para cada questão. “Isso não quer dizer que ao solucionar uma questão grande e completar os três minutos, a pessoa tenha que interromper a resolução. Essa média por questão serve apenas para que o aluno tenha uma base”, conta.

O aluno também deve estar atento ao celular, que deve permanecer desligado ou em modo avião, e à caneta para responder as questões, que deve ser esferográfica de tinta preta e fabricada em material transparente.

Programa – O IngreSSar é uma política pública do município que beneficia jovens entre 16 e 29 anos, moradores de Salvador, e que estejam cursando ou sejam egressos do 3º ano do Ensino Médio ou do EJA (Educação de Jovens e Adultos) na rede pública de ensino, ou, ainda, bolsistas integrais em escolas particulares no ensino médio. Somente esse ano 800 alunos foram selecionados para o preparatório.

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Salvador conheceu, nesta quinta-feira (31), os estudantes vencedores da quarta edição do Prêmio Jorge Amado de literatura. O resultado do concurso foi divulgado no Diário Oficial do Município (DOM). A premiação é uma iniciativa da Secretaria Municipal da Educação (Smed), por meio de ações que integram o Plano Municipal do Livro, da Leitura e da Biblioteca (PMLLB) de Salvador.

Na categoria poesia, a Escola Municipal Pedro Veloso Gordilho (São Cristóvão) garantiu o 1º e o 3º lugar, representados pelos alunos Gustavo Santos e Fred Leandro Silva, respectivamente. A segunda colocação ficou com a Escola Municipal Santa Rita (Luiz Anselmo), representada por Deivide dos Santos.

Já a primeira colocação na categoria ficou com a aluna Débora Beatriz Lopes, da Escola Municipal Beatriz de Farias (Boca da Mata). As demais posições foram ocupadas pelos alunos Cauã Reymond Medeiros e Aiyê Biodê Jesus, das escolas Assistencial São José (São Caetano) e Lagoa do Abaeté (Itapuã), respectivamente.

Com os romances intitulados "Meu amado bandido" e "Chance no amor" a escola Brigadeiro Eduardo Gomes (Itapuã) garantiu as duas primeiras colocações na categoria com orientação da professora Eliane Silva das Neves. As alunas Ana Beatriz Neri e Alice dos Santos Rocha foram a autoras dos romances.

Já o terceiro lugar foi ocupado pela escola Professor Manoel Henrique da Silva Barradas (Ilha Amarela) com a aluna Júlia Vitória dos Santos. No total, o concurso englobou cinco categorias, incluindo ainda dramaturgia e história em quadrinhos.

Estímulo – O Prêmio Jorge Amado é direcionado a estudantes das escolas públicas da rede municipal que estão cursando o ensino fundamental anos iniciais (1º ao 5º ano), ensino fundamental anos finais (6º ao 9º ano) e alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Os vencedores receberão os prêmios de R$ 4 mil para os primeiros colocados, R$ 3 mil para os segundos lugares e R$ 2 mil para a terceira colocação. Será concedida medalha de Honra ao Mérito ao professor orientador, identificado na ficha de inscrição do aluno premiado.

A comissão julgadora dos trabalhos submetidos ao prêmio foi composta por profissionais da Smed, Universidade Federal da Bahia (Ufba), União Baiana de Escritores (Ubesc), Centro Universitário Jorge Amado (Unijorge), Universidade Faculdade Salvador (Unifacs) e Universidade Católica do Salvador (Ucsal), que também apoiou o desenvolvimento do processo de seleção e julgamento.

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A leitura é um mundo fantástico de histórias e possibilidades que, além de servir como agente fundamental para educação, transforma vidas e realiza sonhos. A advogada Taís Aleluia, de 25 anos, é um dos exemplos do quanto a leitura pode ser transformadora. Recém-formada e buscando novos objetivos na profissão, ela celebra com alegria e paixão pela leitura o dia dedicado aos livros, comemorado nesta terça-feira (29).

Após receber o apoio da família e descobrir na Biblioteca Municipal Edgard Santos, na Ribeira, um ambiente que oferece o suporte literário necessário para se tornar juíza, ela passou a frequentar o espaço duas vezes ao dia e montou um cronograma de quatro anos de estudo para alcançar o objetivo. “Foco e disciplina é fundamental para que possamos realizar nossos sonhos, além do apoio familiar. Sem isso, eu não teria chegado até aqui. É uma jornada árdua, mas que vale a pena e vou conseguir”, comenta a advogada.

Sonhando em se tornar policial militar, Jonathan Lemos, de 28 anos, também é um dos frequentadores da biblioteca e considera o espaço um local tranquilo para estudar e se preparar para o concurso da PM. “Venho me preparando há três anos, intensificando a rotina de estudos e intercalando com cursos complementares preparatórios. Estudando para esse concurso, eu descobri uma paixão pelo direito, pretendo seguir na área e, futuramente, ingressar na Polícia Federal”, afirma.

Ele lembra ainda que as pessoas devem acreditar no seu potencial, porque a inteligência é uma característica genética, mas a sabedoria vem com o esforço de buscar conhecimento.

Uma das leitoras mais antigas da biblioteca, Ana Lucia Sacramento, de 58 anos, conta que a leitura sempre esteve presente em sua vida, principalmente porque ela tem a oportunidade de viajar através das histórias proporcionadas pelos livros. “Gosto muito de livros de suspense, apreciar autores brasileiros, como Jorge Amado. Incentivo sempre meus filhos e netos a ler, e acho que já li todos os livros daqui”, brinca.

O espaço – A biblioteca está localizada na Av. Porto dos Mastros, s/n, na Ribeira. O funcionamento é de segunda a sexta, das 8h30 às 17h. Além de disponibilizar um ambiente para leitura com cerca de 17 mil livros, o espaço conta com um setor de empréstimos, que permite ao leitor levar até três livros durante 15 dias. Para utilizar o serviço é necessário realizar o cadastro, apresentando carteira de identidade, CPF, foto 3x4 e comprovante de residência.

Cerca de 90% do acervo é proveniente de doações da comunidade. Para quem deseja fazer doações de livros, é necessário entrar em contato com a biblioteca, através do telefone: (71) 3313-9704

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“Palavra puxa palavra, uma ideia traz outra e assim se faz um livro, um governo, ou uma revolução. Alguns dizem que assim é que a natureza compôs as suas espécies”, disse um dos expoentes da literatura brasileira, Machado de Assis. Os livros são ingressos perfeitos para viajar pelas mais diversas dimensões da nossa imaginação e, para celebrar a Semana Nacional do Livro e da biblioteca, o Campo Grande foi palco da VI Edição da Parada do Livro 2019, que é promovida pelo Plano Municipal do Livro, da Leitura e da Biblioteca.

Com distribuição gratuita de 40 mil obras literárias, a ideia do evento é promover a acessibilidade à cultura e conhecimento para a comunidade. “Nós estamos aqui não apenas distribuindo livros, mas, sim, levando conhecimento, dando acesso às pessoas a terem conhecimento e isso é muito importante. É uma ação que leva acessibilidade à cultura a todos de uma maneira democrática, já que todo mundo pode vir até o Campo Grande e escolher o gênero literário que mais lhe agrada”, falou a gerente de Bibliotecas da Fundação Gregório de Mattos (FGM), Jane Palma.

Os 15 estandes espalhados pelo Campo Grande foram divididos por área de conhecimento: Literatura Infantil, Literatura Juvenil, Literatura Nacional e Internacional, Literatura das Ciências Jurídicas, das Ciências Exatas, das Ciências Humanas, das Ciências Médicas, dentre outros. Em todos eles era notória a presença de pessoas de todas as idades. Uma mistura de gerações, alguns curiosos, outros com olhares bem interessados.

Curiosidade – Até quem não tem muita intimidade com a leitura resolveu participar, como é o caso da estudante Tailane Gabriele Pinto Silva, de 16 anos. “Eu não sou muito de ler livros, mas, eu gosto de animes, aí a minha amiga veio comigo. Eu gostei porque é bom que incentiva as pessoas a ler. Ajuda, né?!”, disse Tailane, que levou para casa uma história em quadrinhos do personagem Naruto, do ilustrador japonês Masashi Kishimoto.

O engenheiro mecânico aposentado Paulo Carvalho Mendes, 63 anos, era uma animação só. “Eu trabalho com cultura e livros usados desde o ano de 1977. É a primeira vez que participo da Parada e estou adorando. Eu peguei alguns livros básicos sobre cinema e o Mundo Transparente, de Morris West, que é uma obra importantíssima”, contou entusiasmado.

A pequena Yasmin Gomes Câmara, de 9 anos, já entende a importância desse hábito tão importante. Aluna da Escola Municipal Hildete Lomanto, ela foi acompanhada de colegas e da diretora da unidade de ensino. “Eu tô achando muito bom porque eu gosto muito de ler. Falo com a professora sempre que ler é muito bom para aprender”, falou, garantindo um exemplar na mão.

Parceiros – As doações foram realizadas pela sociedade civil, universidades, bibliotecas e a Sociedade Unificada de Professores (SUP) que, além de contribuir com os livros, disponibilizaram voluntários para que a feira acontecesse. Cerca de 310 voluntários participaram e ajudaram na distribuição e realização das oficinas.

Participam também da Parada do Livro as secretarias municipais da Educação (Smed), da Cultura (Secult) e da Reparação (Semur), a Fundação Gregório de Mattos (FGM), Sociedade Unificadora dos Professores (SUP), União Baiana dos Escritores (Ubesc), universidades, associações, editoras e demais instituições públicas e civis afeitas à propagação do acesso ao livro e ao incentivo da leitura.

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Desde a terça-feira (22) até 1º de novembro, cerca de 18 mil alunos da rede municipal de rducação farão as provas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Com foco em Língua Portuguesa e em Matemática, a avalição é direcionada aos alunos do 5º e do 9º anos do Ensino Fundamental e tem objetivo de determinar a qualidade do ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro. Os resultados das provas compõem o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – Ideb 2019.

Salvador tem conquistado avanços constantes no Ideb dos últimos anos, figurando como a capital que mais avança em educação. Entre 2013 e 2017, o município registrou crescimento superior a 30% no índice, tanto nos anos iniciais quanto nos finais. “Esses avanços indicam o aperfeiçoamento da qualidade do ensino na Rede Municipal. São reflexos das políticas adotadas pela Prefeitura e que têm revolucionado a educação em Salvador: aumento de investimentos, melhorias físicas das escolas, construção de material pedagógico próprio, entre tantas conquistas. E é essa educação pública de excelência que continuaremos perseguindo em nossa cidade”, diz o secretário municipal da Educação (Smed), Bruno Barral.

Para preparar e incentivar a participação dos alunos na prova, que não é obrigatória, a Smed inovou em 2019 com a aquisição de material pedagógico específico e a realização da Gincana na Rede, em modalidade virtual, comandada pela youtuber Carol Alves. Além disso, nas escolas municipais foram realizadas diversas atividades pedagógicas, através dos professores, gestores e gerentes regionais de educação, como palestras, aulões e simulados, entre outros.

Avaliação – Realizado desde 1990, o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) é uma avaliação diagnóstica, em larga escala, desenvolvida pelo Ministério da Educação (MEC), através do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). As provas estão sendo aplicadas em todas as escolas brasileiras que ofertam o Ensino Fundamental.

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Salvador será mais um território em que a parceria entre a Fundação Dorina Nowill e a Lego Fundation, ligada ao fabricante mundial de brinquedos, proporcionará uma alternativa inovadora para o ensino de crianças com deficiência visual. Viabilizada na capital baiana por meio da Secretaria Municipal de Educação (Smed), o projeto Lego Braille Bricks, que consiste na implementação de uma tecnologia com blocos montáveis táteis para alfabetização em Braille, contará ainda com a parceria do Instituto de Cegos da Bahia (ICB). Um evento para apresentar a modalidade e capacitar cerca de 60 educadores foi realizado nesta terça-feira (22) pela Prefeitura, no auditório da Organização do Auxílio Fraterno (OAF), na Liberdade. A programação se repete amanhã (23), no mesmo local.

A presidente do comitê que coordena a implantação do Lego Braille Bricks no Brasil, Nair Fleury, contou que a iniciativa tem como base a inclusão das crianças em um contexto que as acolha, respeitando as suas diversidades. "A gente só cresce com o outro, então o convívio é benéfico. É também uma oportunidade para que as professoras aprendam com a inserção de crianças com deficiência visual na escola, pois é dever, enquanto professor, ter o entendimento de que o modo de trabalhar deve ser modificado para que as crianças tenham o mesmo aprendizado de formas diferentes", ressaltou.

O braille é um dos pilares no letramento de crianças com deficiência visual ou baixa visão. No método criado pela parceria Dorina-Lego, além destas crianças, as outras, que não possuam deficiência, também poderão aprender o sistema. "É uma peça em que há uma letra do sistema braile de um lado e do outro uma letra do sistema visual correspondente. Ela pode ser utilizada para brincar e ir sendo utilizada no aprendizado, fazendo com que haja uma alfabetização em braile também com as crianças que não possuem deficiência visual", explicou.

Presente em outros sete locais pelo mundo, o projeto deve ser o terceiro a ser implantado no Brasil. Sendo ele, fundamentado em princípios elencados por três pensadores do campo da educação: Jean Piaget, Lev Vygotsky e Paulo Freire, com a sua "Pedagogia do Oprimido".

Uma das professoras da rede municipal de ensino que estiveram no evento durante a manhã desta terça-feira (22) foi Lêda Lisboa, da Escola Municipal Professor Afonso Temporal, em Valéria. Ela, que já executa atividades com alguns outros recursos no ambiente de trabalho, disse perceber que a emancipação dos pequeninos com deficiência é vista na sala de aula durante o processo de educação e tem impactos positivos, inclusive, na autoestima deles. "Atualmente, na escola, temos uma criança cega e uma criança com baixa visão. Estar na escola é um ganho muito grande, pois muita gente pensa que estar o aluno com deficiência na unidade é apenas para interagir com os outros, mas não, é para aprender mesmo".

O Instituto de Cegos da Bahia (ICB), que já é um parceiro da Smed na capacitação continuada de professores, também participará da implementação do Lego Braille Bricks em Salvador. A assessora de marketing e captação de recursos do ICB, Consuelo Alban, destacou que há uma "maciça participação dos professores da rede municipal de ensino dentro do instituto". Segundo ela, "são eles que vão replicar esse aprendizado nas escolas da rede".

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"Como você faz suas artes?", "Como escolhe as cores?", "Como faz o grafite?" Essas foram algumas das perguntas feitas por alunos da Creche e Pré-Escola Primeiro Passo de Cajazeiras VIII, que, na manhã desta quinta-feira (17), participaram de uma roda de conversa com o artista plástico Bel Borba e o grafiteiro Vinícius Vidal. Na ocasião cerca de 100 estudantes do Grupo 5 participaram do bate-papo.

Atentos e muito empolgados com a presença dos artistas, os menores, que pesquisaram e estudaram um pouco sobre a vida dos convidados na sala de aula, não deixavam passar uma oportunidade e perguntavam a todo o tempo. Eram muitas curiosidades.

A pequena Beatriz Almeida, de 5 anos, apesar da pouca idade, mostrou ser bem apaixonada pela arte. "Eu gosto muito de pintar, de desenhar e de dançar. Qualquer lugar que puder eu desenho alguma coisa. É muito legal porque eu posso fazer do jeito que eu quero e me divirto bastante", pontuou.

A diretora da instituição, Mércia Machado explicou que a atividade faz parte do projeto didático do ano letivo que traz como tema, "Salvador, cores, sabores e culturas na identidade infantil". "Sempre trabalhamos com as artes plásticas e visuais em conjunto com o projeto pedagógico. Como o tema deste ano é sobre nossa história, nada mais justo que trazer artistas locais. É um momento de eles conhecerem de perto os artistas e terem consciência da necessidade do gosto do lúdico, que já é algo trabalhado em sala. O mundo da criança é um colorido e a arte vem desabrochar esse encanto. Toda criança nasce com o dom da arte e nos exploramos muito esse campo de experiências", pontuou.

Transformação – Um dos convidados, Bel Borba classificou o momento como uma bênção na sua vida e garante que a arte na educação traz muitos resultados. "A arte contribui para que as crianças possam pensar fora da caixa. Ensina a tirar coisas de dentro e externar os sentimentos. É um exercício de criação, autodescoberta e disciplina. Espero que a minha presença passe para eles um estímulo para que nunca deixem de usar a arte como forma de expressão. Estou muito grato por esse momento", afirmou.

Já Vinícius Vidal, que coincidentemente conheceu o grafite na escola em que estudava, contou que a arte abriu para ele várias portas e se vê na responsabilidade de multiplicar a mensagem e o poder dessa transformação. "A arte é um grande instrumento de ação social. É uma ferramenta de construção, que liberta, nos aproxima dos nossos sonhos e transforma. Em conjunto com a educação, consegue encontrar caminhos e alternativas para coisas positivas. Através da arte do grafite foram abertas várias possibilidades para mim. Eu conheci vários países. Espero que essa transformação que aconteceu comigo possa incentivar esses alunos e os faça acreditar que é possível alcançar seus sonhos", declarou.

Além de contar um pouco da própria trajetória, o grafiteiro proporcionou um momento de bastante diversão e interação entre os estudantes. O artista apresentou os Stickers – adesivos que têm se tornado febre no Brasil. Com o artista, as crianças puderam criar figurinhas e trocar com os colegas para guardarem de recordação ou colarem nos cadernos.

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Professora na rede municipal, Cláudia Mattos, de 39 anos, teve que driblar o racismo e o preconceito para se tornar educadora e vencer na profissão, servindo de incentivo para quem sofre ou já passou pela mesma situação. Docente da Escola Municipal Consul Schindler, no bairro de São Caetano, e prestes a completar duas décadas de carreira – todas elas na rede municipal, ela celebra com reflexão e alegria o dia dedicado aos professores, celebrado nesta terça-feira (15). 

“Nunca quis ser professora, mas minha mãe sempre me dizia que a profissão de professor era a mais nobre e verdadeira. Hoje agradeço de todo meu coração a ela, por me aconselhar e poder chegar até onde cheguei”, lembra. Hoje na posição de educadora, ela conta que se sente mais forte para fortalecer os alunos na luta diária contra todos os tipos de discriminação. “Faço da minha sala de aula a extensão do meu lar e tenho orgulho em dizer que sou professora”, pontua.   

Para romper as barreiras do preconceito sofridos na infância, ela criou o projeto “Rei e Rainha Azeviche” que pretende conscientizar e valorizar a cultura afro-brasileira. O objetivo é enfrentar e minimizar o preconceito racial entre as crianças, fazendo com que elas se reconheçam como descendentes de povos que foram escravizados e esquecidos historicamente. “Eu sentia que precisava mudar isso e impedir que os meus alunos não passassem pelas mesmas angústias que passei”, conta. 

O projeto é realizado há oito anos e destinado a crianças de 5 a 14 anos. Além de trabalhar e mostrar a história do povo negro entre os meses de fevereiro a novembro, datas importantes que não constam nos livros didáticos também são comemoradas. Estética afro com desfiles de turbantes, dança afro e concurso de rei e rainha são algumas das atividades desenvolvidas pela iniciativa. 

A professora afirma ainda que, ações educativas como essas, ajudam na transformação e na construção do conhecimento. "O que eu quero mesmo é que minha turminha entenda que eles podem ser o que quiserem. Que são lindos com o cabelo crespo e com a pele negra que têm", conta emocionada. 

Destaque – A ideia chamou a atenção de vários artistas como a cantora Daniela Mercury, que convidou as crianças do projeto para participar da gravação do clipe “Pantera Negra Deusa”, lançado em 2018. Também entraram na lista de admiradoras personalidades como a atriz Edvana Carvalho; a designer de moda afro e empresária Madalena Negrif; e a escritora brasiliense Gisele Gama, que veio até Salvador para conhecer as crianças e, em breve, lançará um livro chamado “A Rainha Azeviche”, inspirado no projeto. 

Sobre a relação com os alunos, ela lembra que o professor é mais que um educador: é um amigo que os estudantes podem contar a qualquer hora. “Nós professores temos o papel de potencializar o aprendizado dos alunos, trocar conhecimentos e ajudar nas descobertas, como mediador”, finaliza Cláudia.

 

 

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Considerando o importante papel da escola na formação dos hábitos alimentares dos alunos, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal da Educação (Smed), busca incentivar os estudantes através de aulas de culinária, palestras e atividades de conscientização. A ideia é ajudar a despertar o interesse dos educandos e de toda a família para a importância de uma alimentação saudável.

Aluna do 4° ano da Escola Municipal Professor João Fernandes da Cunha, no Parque São Cristóvão, Victoria Ferreira Alves, de 10 anos, contou como a unidade de ensino influenciou a reeducação alimentar. "Temos muitas aulas sobre saúde. E lá, nos ensinam que não devemos comer muito doce, fazendo uso, de preferência, só depois da refeição da tarde. Não pode comer muito açúcar, aquele suco de pó, nem guaraná por causa do açúcar, senão teremos diabetes. Antes eu comia muito salgadinho e doce e bebia muito guaraná, agora, começo a comer mais frutas e legumes, que são comidas saudáveis e boas para a saúde”, disse.

Em casa também houve mudanças na alimentação, que ganhou novas cores e sabores. “Agora como alimentos mais saudáveis, como carnes sem muita gordura, nem muito sal, e o refrigerante só quando tem algum aniversário. Todos os dias eu comia doce, agora só como à tarde e à noite. Estou mais saudável, comendo feijão - antes não gostava de feijão, arroz e bebendo mais água. No almoço, às vezes como frango, bife ou peixe. E aqui na escola sempre tem frutas”, contou Victoria.

Silvia Ferreira Santos, 32, mãe de Victória, falou que a iniciativa foi adotada e bem recebida em casa. “Foi uma coisa da escola mesmo, do cardápio elaborado por eles. A Victória chegou em casa cheia de novidades. ‘Minha mãe, não posso tomar refrigerante. Esse suco de refresco em pó também não pode. A carne tem que estar bem cozida'. Às vezes eu faço alguma coisa lá e ela diz ‘Minha mãe, isso não pode! Tira o sono’. A parte mais difícil para ela foi o refrigerante, mas agora a gente compra a polpa e ela até prefere.”

Silvia relatou que se surpreendeu com a filha que, tão nova, teve essa iniciativa. “Eu fiquei surpresa por ela tomar essa atitude, por ser uma criança. Hoje ela está mais ativa, menos nervosa. Antes, a gente comia muita merenda. Não sei se tem a ver, mas ela está mais tranquila e cheia de energia. Passou a comer feijão, arroz, tudo direitinho, odiava fígado e agora ela come. Até disse que não é tão ruim assim (risos). Como trabalho o dia todo, quem traz as novidades é ela”, concluiu.

Hora das refeições - No momento das refeições, a escola adotou o modelo self-service, onde os próprios alunos podem escolher o quanto vão comer, com exceção da proteína, que é dada pelos profissionais da cozinha. Os funcionários prestam auxílio nesse momento, acompanhando a composição do prato até o final das refeições.

Vice-diretora há três anos, Sandra Santos Conceição, 49 anos, reconheceu que, no início, houve resistência das crianças. Mas a adaptação valeu a pena, visto que foi positiva para alunos, família e gestores. “No início não foi muito fácil, como Victória falou, criança é muito voltada a comer ‘besteira’, e vem muito da questão da família educar e incentivar. Foi um desafio grande para gente conscientizar. Contamos com a ajuda de cada professor para trabalhar com relação a isso, cada um com sua didática”, comentou.

A vice-diretora diz ainda que foram realizadas atividades e exposições mostrando a pirâmide alimentar nas salas de aula, além de abordar assuntos como os riscos da gordura para a saúde, entre outras atividades. Nesse contexto, ela afirma que enquanto o nível de aceitação aumenta, as sobras, após os momentos das refeições, diminuíram.

Restrições - A escola também preza pela individualidade de cada estudante. Nutricionista da Gerência Regional de Itapuã, Camila Lima Passos esclareceu que todas as crianças que têm restrição alimentar, comprovada por laudo médico, recebem um cardápio específico. Além disso, os pais e responsáveis têm acesso à lista de alimentos que serão usados nas refeições semanais e recebem orientações quanto ao que fazer para melhorar a alimentação em casa.

“A gente sempre está disponível. Atuamos de acordo com o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Damos orientações e ajudamos os alunos, fazendo atividades em conjunto com as famílias, tentando sempre orientá-los. Em algumas escolas, conseguimos fazer o encaminhamento do aluno para receber atendimento nutricional em um posto de saúde”, informou.

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