Cultura

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A partir desta sexta-feira (25), o Centro Histórico de Salvador será palco do Festival de Cultura Popular, evento gratuito que reúne toda a riqueza das manifestações culturais, do artesanato e da comida da capital e do Recôncavo Baiano. Até o domingo (27), o público poderá conferir 22 atrações artísticas de Salvador, Santo Amaro, Acupe, Maragogipe, São Félix, São Bartolomeu, Saubara, São Brás e Maracangalha.

Durante esse período, será realizada uma edição especial da Feira da Sé, reunindo 45 expositores que colocarão à venda um mix de produtos de artesanato das regiões participantes do projeto. Peças da ceramista Dona Cadu, máscaras produzidas em Maragojipinho, imagens sacras em cerâmica, são alguns dos produtos que poderão ser adquiridos pelo público.

A gastronomia também marca presença com a participação dos restaurantes e bares do Centro Histórico, através do Caminho da Comida Afetiva do Recôncavo. Já a programação musical está recheada de nomes como a os grupos Didá, Filhos de Gandhy e Pierrot de Plataforma, além da quadrilha Asa Branca, dos sambas Chula de São Brás, de Maragogó, de Maracangalha e de Dona Nicinha, dentre outras manifestações.

Impacto – O Festival de Cultura Popular reunirá mais de 500 profissionais entre artistas, expositores e técnicos. A realização do evento, além de valorizar o protagonismo das manifestações culturais baianas, também impacta economicamente nos grupos artísticos, expositores da Feira da Sé, estabelecimentos comerciais e comunidade da região.

A iniciativa também contribui para o fortalecimento e manutenção da prática dos agentes culturais e suas expressões, amplia o alcance para outras regiões e promove a integração dos municípios com a capital, oferecendo ao visitante um rico conteúdo cultural.

O Festival de Cultura Popular é uma realização do Instituto ACM – Ação, Cidadania e Memória, com apoio institucional da Prefeitura de Salvador e produção da Canjerê Produções, apoio da Acelen, Rede Bahia, Correio e Ache – Associação dos Empreendedores do Centro Histórico.

Programação

Dia 25 (sexta-feira)
10h - Abertura – Cortejo com a Banda Didá – saindo do Largo do Cruzeiro do São Francisco e percorrendo as ruas do Pelourinho
10h – Abertura – Feira da Sé – Largo do Cruzeiro do São Francisco
11h – Caminho da Comida Afetiva do Recôncavo – roteiro gastronômico dos bares e restaurantes que estarão abertos a partir deste horário
16h – Cortejo com os Filhos de Gandhy – 16h – saindo do Largo do Cruzeiro do São Francisco e recebendo na Igreja do Rosário dos Pretos os membros da Irmandade, as senhoras da Irmandade da Boa Morte e as Baianas de Acarajé. Logo em seguida será realizada a missa solene presidida pelo padre Lázaro Muniz. Após a missa todos seguem em cortejo para o Cruzeiro do São Francisco, entoando o Hino ao Senhor do Bonfim

Dia 26 (sábado)
10h – Cortejo pelas ruas do Pelourinho com o Pierrot de Plataforma, de Salvador
10h – Abertura – Feira da Sé – Largo do Cruzeiro do São Francisco
10h30 – Apresentação de Maculelê e Puxada de Rede de Santo Amaro, no palco do Cruzeiro do São Francisco
11h – Caminho da Comida Afetiva do Recôncavo – roteiro gastronômico dos bares e restaurantes que estarão abertos a partir deste horário
11h30 - Cortejo pelas ruas do Pelourinho com o Lindro Amor, de Santo Amaro
12h – Apresentação do Samba Filhos de Cadú, de São Félix, no palco do Cruzeiro do São Francisco
14h - Roda de capoeira com a Associação de Capoeira Mestre Bimba, no Largo do Cruzeiro do São Francisco
15h - Cortejo pelas ruas do Pelourinho com o Nego Fugido, de Acupe, Santo Amaro.
15h30 – Apresentação do Samba Chula de São Brás, de Santo Amaro, no palco do Cruzeiro do São Francisco
16h30 - Cortejo pelas ruas do Pelourinho com o Caretas do Acupe, Santo Amaro.
17h – Apresentação do Samba de Roda João do Boi, de Santo Amaro, no palco do Cruzeiro do São Francisco
18h – Show de Roberto Mendes, no palco do Cruzeiro do São Francisco

Dia 27 (domingo)
10h – Cortejo pelas ruas do Pelourinho com Mascarados de Maragogipe
10h30 – Apresentação do Samba de Maragogó, no palco do Cruzeiro do São Francisco
11h – Caminho da Comida Afetiva do Recôncavo – roteiro gastronômico dos bares e restaurantes que estarão abertos a partir deste horário
11h30 – Cortejo pelas ruas do Pelourinho com o Bumba Meu Boi e a Burrinha de São Bartolomeu
12h – Apresentação do Samba de Maracangalha, no palco do Cruzeiro do São Francisco
14h - Roda de capoeira com a Associação de Capoeira Mestre Bimba – Largo do Cruzeiro do São Francisco
15h – Cortejo pelas ruas do Pelourinho com a Charanga de São Félix
15h30 – Apresentação da quadrilha Forró Asa Branca, no palco do Cruzeiro do São Francisco
16h30 – Cortejo pelas ruas do Pelourinho com a Chegança de Saubara.
17h – Apresentação do Samba de Dona Nicinha, no palco do Cruzeiro do São Francisco
Encerramento do Festival de Cultura Popular.

 

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A Casa do Benin, no Pelourinho, recebe, até o dia 10 de dezembro, o projeto de ocupação Fantasmagorias Dahomeanas, que reúne oficinas de dança, cineclube, exposição artística contemporânea e roda de conversa. Às 15h da próxima sexta-feira (25), haverá a contação de história feita pela Egbomi Cici de Oxalá, apresentando a simbologia dos Panneaux (tapeçarias ideográficas) dos reis do Benin. As tapeçarias fazem parte do acervo cultural e artístico da Casa do Benin. 

Já no sábado (26), haverá a exibição de dois filmes no Cineclube da Cobra: Memórias e Ressonâncias, com a presença do bailarino e coreógrafo Clyde Morgan e curadoria de Shai Andrade e Paola Barreto. No dia 3 de dezembro, também um sábado, haverá novamente projeção de filmes, às 10h, com a presença do realizador Lucas Canavarro. 

Durante esta semana, já foi realizada a oficina de dança Ararás de Cuba, realizada pela artista e pesquisadora das danças de orixás de Cuba, Brasil e Benin, Beatriz Gonzales. Também foram exibidos quatro curtas-metragens do Cine Clube da Cobra: No Fluxo das Águas, com curadoria de Shai Andrade e Paola Barreto. A projeção foi seguida por um debate conduzido pelo professor Marcelo Ribeiro. 

Projeto – O título do projeto faz uma alusão aos fantasmas por ser algo que está escondido, oculto ou adormecido, mas que precisa vir à tona. “É uma espécie de recalque de algo que precisa ser trabalhado”, explica Paola Barreto, coordenadora geral de ocupação da Casa do Benin e professora do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências (IHAC) da Ufba. 

Segundo ela, o projeto procura dar visibilidade aos diversos aspectos das heranças que o Brasil herda do antigo reino do Daomé, que hoje recebe o nome de República do Benin, além de motivar uma reflexão sobre como esses ecos se reverberam no presente. Com a exposição, há também uma preocupação com o incentivo a artistas emergentes locais e do recôncavo. 

“Eu acho que essa partilha de conhecimento que estamos buscando proporcionar aqui é importante, porque está associando saberes e práticas que a gente produz dentro do espaço da universidade, mas também com mestres do saber, artistas, curadores e outros produtores de conhecimento, que não necessariamente estão vinculados à universidade. Ganha a sociedade e a universidade com esse tipo prática”, afirma Paola Barreto.

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Na semana em que é celebrado o Dia da Consciência Negra (20 de novembro), cerca de 1,1 mil estudantes de 22 escolas municipais de Salvador assistiram, na tarde da quinta-feira (17), no Teatro Castro Alves (TCA), a estreia mundial do espetáculo de dança do Balé Folclórico da Bahia (BFB), intitulado “O Balé que Você não Vê”. Além disso, os alunos também conferiram a exposição “O Olhar do Tempo”, que revisita a história de 34 anos do BFB através de vídeos, fotografias, adereços e dos figurinos utilizados pelo grupo baiano em suas apresentações.

A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Secretaria Municipal da Educação (Smed) e o BFB, iniciada no primeiro semestre deste ano. De acordo com a professora de música e técnica da Gerência de Currículos da Diretoria Pedagógica da Smed, Márcia Siqueira, este é um momento muito importante na vida desses estudantes, que têm a oportunidade de ver o lançamento global de um espetáculo do BFB numa sessão exclusiva para eles em pleno Novembro Negro.

“É uma imersão cultural no universo da dança, da música, do teatro, um verdadeiro deleite artístico, marcado pela africanidade, que é fundamental para a afirmação da identidade dos meninos e meninas”, disse.

Para Vavá Botelho, fundador e diretor do BFB, possibilitar o contato com o trabalho do grupo artístico que ele dirige, e que é um dos principais representantes da cultura da Bahia no mundo, pode se revelar uma experiência formadora inesquecível para o começo da vida das crianças e adolescentes.

“O BFB tem 34 anos de um trabalho feito com muita pesquisa e excelência para a manutenção e promoção da cultura afro-baiana no mundo todo. Nos apresentamos em mais de 30 países. Formamos mais de 800 artistas, entre bailarinos, musicistas, cenógrafos, figurinistas, sendo que 80% deles atuam profissionalmente. Então, quando a gente traz esse repertório para a educação dos estudantes, nós incentivamos que eles possam, inclusive, entender o significado da consciência negra melhor e lutar contra o racismo e pela igualdade racial com ainda mais eficácia que as gerações anteriores”, destacou.

Vavá explicou que o espetáculo “O Balé que Você não Vê” é composto por três coreografias inéditas, que adicionam elementos de balé clássico, dança moderna e contemporânea, hip hop e funk ao estilo do BFB, tradicionalmente conhecido por expressões da cultura popular, como a puxada de rede, o maculelê, o samba de roda e a capoeira.

Representações – A primeira apresentação, criada pela coreógrafa e bailarina Nildinha Fonseca, é intitulada “Okan”, que significa “coração” em iorubá, e representa o papel da mulher negra para a condição humana. “Bolero”, de Carlos Santos, mostra ao público a visão do grupo sobre a obra de Maurice Ravel. Por fim, o “2.3.8.”, de Slim Mello, recria as lembranças do coreógrafo no trajeto entre Plataforma, o bairro onde residia, e o Pelourinho, a bordo do ônibus da linha 238.

Aluna do 9º ano da Escola Municipal Adroaldo Ribeiro Costa, situada no Resgate, Bruna Marques, de 15 anos, conta que é a primeira vez que ela frequenta o teatro com a escola. “Já tinha ouvido falar do BFB, mas não conhecia direito e nem tinha pesquisado. A experiência é muito incrível. São roupas e movimentos de dança que a gente não vê muito no dia a dia da sociedade, mas que realmente existem e que surgem de maneira mais ou menos espontânea no espetáculo. Muito bom de verdade”, exclamou a estudante.  

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A capital baiana vai sediar, nesta sexta-feira (18) e sábado (19), o maior festival de tecnologia, inovação e criatividade negra da América Latina - o Festival Afrofuturismo. Com o tema ‘Por uma abolição econômica’, o evento promovido pela Vale do Dendê e Sebrae, com apoio da Prefeitura de Salvador, através da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), vai transformar o Centro Histórico em um ambiente acessível e inovador. 

Diferentes pontos turísticos da cidade, a exemplo do Teatro Gregório de Mattos, Palacete do Tira Chapéu, Largo Tereza Batista, além da casa Vale do Dendê, considerada o novo hub de inovação do Centro Histórico, serão transformados em instalações 'afrofuturistas'.

A titular da Secult, Andrea Mendonça, reforçou a importância de eventos dessa grandiosidade, "que chegam para fortalecer ainda mais o afroempreendedorismo na capital. São eventos deste tipo que enaltecem o povo afrodescendente, valorizando nossa cultura e aquecendo a economia da cidade,” lembrou. 

A programação do evento, disponível no site  https://afrofuturismo.com.br , contará com conversas, debates e palestras de convidados nacionais e internacionais, nas áreas de tecnologia, criação de conteúdo, jovens inovadores e empreendedores, discutindo assuntos relacionados ao protagonismo afrodescendente e sua contribuição para a economia criativa, plataformas digitais, universo das criptomoedas, entre outros temas. O tema deste ano tem como objetivo fomentar a discussão sobre a reparação econômica dos descendentes de africanos escravizados no Brasil. 

Reparação econômica – Para Paulo Rogério Nunes, cofundador da Vale do Dendê e idealizador do Festival, o momento é propício para colocar em pauta o que ele considera uma das mais significativas ferramentas de reparação histórica no Brasil. “Agora é o único momento da história que a gente tem a possibilidade de buscar essa reparação, através das novas tecnologias, da arte digital, das conexões globais. Finalmente temos a chance de fazer uma reparação histórica no Brasil”, pontua. 

Os participantes terão acesso a atrações culturais e musicais, palestras e atividades interativas, seguindo trilhas subdivididas em temas como inovação e tecnologia, criatividade e negócios, literatura e ficção científica, cinema e games, música e podcast, sustentabilidade e ESG. O passaporte para os dois dias de imersão tecnológica afrocentrada já está à venda no Sympla, com ingressos a R$100 (inteira) e R$50 (meia). 

Vivências – A Ocupação Afrofuturista, primeira edição do evento realizado em 2017, movimentou a Estação da Lapa (maior terminal de transporte urbano da capital), com apresentação de temas como cultura maker, empreendedorismo e economia criativa. De lá para cá, o evento ganhou novos formatos e a terceira edição, em 2021, realizada 100 por cento on-line, reuniu profissionais de diversas áreas e convidados africanos, que compartilharam vivências e a experiência de seus países no desenvolvimento, apoio e fortalecimento dos ecossistemas de inovação e criatividade. Com alcance expressivo, os dois dias de evento digital registraram mais de três mil visualizações (YouTube, LinkedIn e Facebook) e alcançaram 20 mil pessoas nas redes sociais da Vale do Dendê.

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A criançada também tem um espaço especial na Bienal do Livro Bahia, montado pela Fundação Gregório de Mattos (FGM) e que acontece até esta terça-feira (15), no Centro de Convenções Salvador, na Boca do Rio. Às 15h, acontece o projeto Mentes Criativas, desenvolvido pelo bibliotecário José Antônio Nascimento, que capacita crianças e adolescentes a criarem sua própria história e uma capa para ilustrá-la.

A abertura da programação, na última quinta-feira (10), contou com o espetáculo teatral Menino Marrom, que apresentou na abertura do evento uma comédia musical sobre diversidade baseada no livro homônimo. Também passaram pelo espaço a montagem Histórias Cantadas, a oficina O Amigo Bola, a oficina de bonecas Abayomi, o Sarau Calu Brincante e o Palhaço das Letras, que trabalha de forma lúdica a aprendizagem do ABC e das primeiras palavras.

Criador da performance de palhaçaria, João Lima, que representa o Palhaço Tiziu há 23 anos, ressaltou que a iniciativa foi criada como uma forma engraçada de ressaltar a importância da leitura, contando como nasceu o circo e como se faz um livro a partir desta história, ilustrando com truques de mágica. “A Bienal é muito bacana porque não só traz os expositores de livros, como também os meninos das escolas municipais para este universo. É um ambiente bonito, colorido, que permite que a criança internalize a leitura de modo especial, pois temos aqui uma feira de livros em forma de festa e parque de diversões”, avaliou.

Aluno do 4º ano da Escola Municipal Helena Magalhães, situada na Boa Vista de São Caetano, Miguel Barreto, 10 anos, participou pela primeira vez da Bienal do Livro, junto com outros 60 estudantes da mesma unidade de ensino, e aprovou a experiência.
“Foi muito bom, o espetáculo, as mágicas, as histórias. Jaime, que é meu melhor amigo na escola, também se divertiu muito. Agora, eu mesmo vou comprar o meu livro e vou escolher uma história de curiosidades sobre o mundo”, disse.

Literatura inclusiva – Também na Bienal, a FGM também lançou o projeto Literatura Inclusiva, que entregou kits de leitura e jogos para os gestores das bibliotecas municipais e comunitárias no estande do órgão, chamado Bibliotecas Baianas, no qual editoras soteropolitanas contam com um espaço para expor seu catálogo e um pequeno auditório.

A iniciativa, realizada em parceria com a Casa Civil da Prefeitura, publicou os livros “Boca de Cena”, “O Livro das Histórias que se Misturam” e “Aventuras e Travessuras no 2 de Julho” em braille, bem como promove jogos em Libras, com o intuito de facilitar a inclusão de leitores surdos, cegos, com baixa visão e com síndrome de down.

Jane Palma, gerente de bibliotecas da FGM, realçou que o Literatura Inclusiva, que entregou kits de leitura para os gestores das bibliotecas mencionadas, tem como foco os moradores das comunidades da periferia de Salvador, especialmente o público infantojuvenil.

“Esse é um projeto de inclusão social e cultural porque dá condições para este público se sentar e ler com autonomia. Inicialmente, temos livros que contam a história de Salvador, do poeta Gregório de Mattos e do 2 de julho. Além disso, no dia 30 deste mês faremos uma oficina com os 14 gestores de bibliotecas vinculadas à Prefeitura para capacitá-los a utilizar esses livros e jogos nos espaços de leitura que administram”, explicou.

Os ingressos para a Bienal do Livro Bahia 2022 custam R$20 (inteira) e R$10 (meia entrada), podendo ser adquiridos tanto na bilheteria do evento quanto no respectivo site (https://bienaldolivrobahia.com.br/).

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O Espaço Pierre Verger da Fotografia Baiana, na Barra, foi palco do bate-papo Memória e Tradição, que trouxe como tema “Mãe Senhora e a Importância da Luta do Povo de Santo”. A atividade foi realizada na quarta-feira (9) e ministrada por André Luís Bispo, babalorixá do Ilê Ooni Ogunjá Axé Omi, terreiro de candomblé também conhecido como Colina de Oxóssi. 

Bispo discorreu sobre a dinâmica histórica do processo de resistência e luta do povo de axé, destacando a atuação de Mãe Senhora, como ficou conhecida Maria Bibiana do Espírito Santo, sacerdotisa suprema do Ilê Axé Opô Afonjá entre os anos de 1942 e 1967.  

“Ela foi uma figura imensa, em um tempo em que a opressão era muito maior. É fundamental conhecer melhor a história de Mãe Senhora, inclusive para encorajar os jovens a assumir sua identidade religiosa e a aprender sobre as estratégias de sobrevivência cultural através do terreiro. Ela consolidou o grupo de obás, a comunicação do terreiro com parte da elite baiana, com a mídia, o campo literário, nos ajudando a quebrar paradigmas e a difundir o candomblé”, disse o babalorixá. 

Supervisora do Espaço Pierre Verger, que é administrado pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), Simone Lopes ressaltou o fato de o evento ocorrer no Novembro Negro, data em que as pessoas, espaços e instituições se movimentam para reforçar a luta contra o racismo, que é diária, mas que ganha mais intensidade neste período. 

“Devemos sublinhar ainda a relação de Pierre Verger com o culto afro, ele que foi um mensageiro entre a Bahia e África, o sagrado e o profano, e que deixou registros de vital importância para reconhecermos a interinfluências destes territórios em nossa formação. Aqui, recebemos estudantes, pesquisadores, turistas, que saem encantados com a entrega de Verger à cultura afro-brasileira”, concluiu. 

Próximas atividades – No sábado (12), às 14h, o fotógrafo e professor da Escola Baiana de Fotografia, Roberto Faria, promove uma oficina sobre técnica fotográfica no smartphone, formas de composição e enquadramento fotográfico, seguido de saída fotográfica do entorno do Forte de Santa Maria, até o espaço Carybé de Artes, no Forte São Diogo.

No domingo (13), às 15h, acontecerá a atividade de arte educação, com leitura do livro “Mulheres Abayomis”, da autoria de Adilson Passos. Logo em seguida, será realizado um quiz de perguntas sobre o continente africano e produção de bonecas de tecido. A oficina será realizada pela mestra em Educação e Arte-Educadora, Carolina Lima. 

Já próxima quarta-feira (16), às 16h, um bate-papo com a fotógrafa Amanda Oliveira vai abordar histórias e costumes da cidade de Salvador, além da relação com as obras de Verger. No dia 19, também às 16h, serão exibidos os documentários Gato Capoeira, dirigido por Mário Cravo Neto, e Vadiação, dirigido por Alexandre Robatto Filho. Os filmes abordam as vivências nas ruas de Salvador, com capoeiristas, canções e berimbaus. 

Já no dia 23, às 16h, será realizada uma roda de conversa com profissionais das artes, cultura e educação, que abordarão sobre os próprios processos criativos. Devido ao Novembro Negro, o convite de participação da atividade foi feito ao Acervo da Laje, que desenvolve trabalhos de fortalecimento da memória artística e cultural, no Subúrbio Ferroviário. 

No dia 30, às 16h, o bate-papo sobre memória e tradição marca a programação. Durante a atividade, imagens de Acervos serão comentadas pelo antropólogo Alexandre San Góes. 

Acesso – O Espaço Pierre Verger de Fotografia Baiana é aberto à visitação das quartas às segundas-feiras, das 10h às 18h. O ingresso custa R$20 por pessoa, com meia entrada facultada a residentes de Salvador, estudantes e idosos.  

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Após nove anos, finalmente a capital baiana volta a reencontrar um dos maiores eventos literários do país: a Bienal do Livro Bahia. A abertura do evento, ocorrido na manhã desta quinta-feira (10), no Centro de Convenções Salvador, na Boca do Rio, contou com as presenças do prefeito Bruno Reis e da diretora da GL Events, responsável pela Bienal, Tatiana Zaccaro, dentre outras autoridades, convidados e público. 

Para o prefeito, a Bienal do Livro faz referência a um resgate da história da literatura na Bahia, que reúne nomes como Gregório de Mattos, Castro Alves, Ruy Barbosa, Jorge Amado e João Ubaldo Ribeiro, dentre outros. “Isso é um estímulo para os jovens, os adolescentes e as crianças entrem em contato com o mundo da leitura. Sem sombra de dúvidas, esse é um dos principais eventos literários e culturais do país e, depois de nove anos, estamos trazendo novamente a Bienal do Livro neste novo Centro de Convenções, com os dois pavilhões lotados e a expectativa é de que mais de 80 mil pessoas estejam aqui”, declarou Bruno Reis. 

O chefe do Executivo municipal lembrou ainda que os estudantes e professores de escolas da rede de ensino da capital baiana estão ganhando um voucher para a aquisição de livros no evento. “A intenção é estimular a leitura e, com certeza, contribuir para melhorar ainda mais a qualidade da educação de Salvador”, completou. 

De acordo com Tatiana Zaccaro, a edição 2022 da Bienal tem uma programação intensa, com recorde de participação de autores: são mais de 100 escritores. “Quando pensamos que a Bienal seria retomada após a construção do Centro de Convenções, veio a pandemia, que adiou por mais dois anos esse evento. O lado bom foi que isso motivou toda a equipe e o grupo de curadores para que a gente tivesse hoje a maior, mais inclusiva e mais democrática Bienal do Livro da Bahia. Vamos ressaltar aqui a importância das histórias, da literatura e das narrativas”, salientou. 

Rede municipal – Já na abertura, dezenas de estudantes da rede municipal de ensino aproveitavam cada momento da presença na Bienal, num misto de encantamento e empolgação. “Leio desde os meus três anos de idade, gosto mais de ler sagas de livros e em todos os lugares estou com um livro na mão. Esta é a primeira vez que participo de um evento como esse e estou realizando um sonho. Já visitei alguns estandes e vi vários títulos que quero comprar”, relatou Pedro Gabriel Cunha, de 16 anos, aluno do 9º ano da Escola Municipal Pirajá da Silva, em Pirajá. 

Professor de História e Geografia na Escola Municipal Arx Tourinho, Maurício Carvalho, 45 anos, declarou que a Bienal traz mais conhecimento e cultura à população. “Para os alunos, este momento abre várias portas do conhecimento na literatura, arte e cultura. É importante a Prefeitura proporcionar ao alunado esse passeio pedagógico, esse contato com os livros, para terem uma outra visão de mundo”. 

Para o titular da Smed, Marcelo Oliveira, a literatura é uma importante ferramenta para a recuperação da educação municipal, após dois anos de atividades presenciais suspensas devido à pandemia de Covid-19. “Precisamos recuperar a perda do aprendizado. E para que os alunos possam aprender a ler, que é o papel óbvio da alfabetização, precisam ter acesso a livros. Esse é o nosso grande desafio: fazer com os alunos tenham o prazer da leitura. Nesta Bienal, estamos trazendo cinco mil crianças e outras 13 mil virão acompanhadas de seus pais, de forma gratuita. Além disso, estamos concedendo vouchers aos estudantes e professores para compra de livros”, destacou. 

Renovação do público – Dentro da Bienal, a Fundação Gregório de Mattos (FGM) traz uma programação especial com espetáculos, oficinas, contação de histórias, lançamento de livros e rodas de conversa, dentre outras atividades. A intenção, de acordo com o presidente da instituição, Fernando Guerreiro, é contribuir para o fortalecimento da cultura do livro e da leitura. 

“Cheguei cedo, me deparei com um monte de estudante chegando e isso me emocionou muito. Esse é o objetivo da bienal: estimular a leitura. Depois de nove anos, o evento volta com outro formato, e a FGM está trazendo os autores baianos. Temos todos que participar dessa iniciativa, trazer nossos filhos, netos e sobrinhos pra circular nesse ambiente riquíssimo, no sentido de divulgar a leitura e fazer crescer cada vez mais esse movimento”, avaliou Guerreiro. 

Programação – A Bienal do Livro Bahia traz ainda 200 expositores e grandes nomes como Lázaro Ramos, Gilberto Gil, Ivete Sangalo, Karina Buhr, Itamar Vieira Jr., Djamila Ribeiro, Rodrigo França, Silvio Almeida, Tainá Muller e Thalita Rebouças. Os ingressos são vendidos a R$20 (inteira) e R$10 (meia) para estudantes, pessoas com deficiência, idosos a partir de 60 anos e funcionários da Prefeitura de Salvador com apresentação do crachá ou contracheque e documento com foto. A programação completa pode ser conferida no site www.bienaldolivrobahia.com.br .

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A Bienal do Livro Bahia, que será realizada a partir desta quinta-feira (10) até 15 de novembro, terá meia entrada para funcionários da Prefeitura de Salvador. O evento acontecerá no Centro de Convenções Salvador, na Boca do Rio. 

Para ter direito ao benefício é necessário que o colaborador municipal apresente contracheque ou crachá funcional acompanhado de documento oficial com foto na hora da aquisição do ingresso, caso seja feito de maneira presencial. Se a compra do ingresso for feita pelo site, basta selecionar a opção de meia entrada. Na entrada também será necessário apresentar a documentação.  

A Bienal na capital baiana ocorre após um hiato de nove anos. O evento terá 150 marcas expositoras, investimento de pouco mais de R$5 milhões e expectativa de ver 80 mil pessoas circulando pelos três espaços de convivência disponibilizados pelo evento: Café Literário, a Arena Jovem e o Espaço Infantil. 

Ao todo serão mais de 70 horas de conteúdo produzido por mais de 100 autores e personalidades convidados. O evento conta com o apoio municipal por meio das secretarias de Cultura e Turismo (Secult) e da Educação (Smed), além da Fundação Gregório de Mattos (FGM).

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Está em curso o workshop sobre Adaptação Literária para a Teledramaturgia - Produção de roteiro com Jorge Amado. A atividade, gratuita, está sendo promovida na Casa do Rio Vermelho – Jorge Amado e Zélia Gattai, na Rua Alagoinhas, 33, Rio Vermelho, e conta com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult). 

O evento permite que roteiristas, alunos e profissionais de produção audiovisual tenham conhecimentos de elementos para adaptação literária. Para isso, possui carga horária de 8h, com momentos teóricos e práticos. No primeiro dia, na segunda-feira (7), os participantes tomaram conhecimento sobre literatura na teledramaturgia e realidade social brasileira; Jorge Amado e as telenovelas brasileiras; características e especificidades da teledramaturgia; e adaptações para o audiovisual e teledramaturgia. 

Leitura coletiva – Já no segundo momento, programado para a próxima segunda (14), os participantes, de forma coletiva, farão a leitura da obra “Cacau” (Segundo romance de Jorge Amado, de 1933). Ao final das atividades, os alunos realizarão a produção de roteiro de uma cena, após o desenvolvimento de sinopse, argumento e escaleta. 

O workshop está sendo ministrado por Thaiane Machado, mestre em comunicação e cultura contemporânea, pesquisadora e integrante do grupo de pesquisa A-Tevê: Análise de Telefifcção,; e por Mauro Alencar, que é mestre, doutor em teledramaturgia brasileira e latino-americana e autor do livro “A Hollywood Brasileira” e adaptações de obras, como, “Selva de Pedra”, “O Bem-Amado” e “Vale Tudo”. 

Mercado de trabalho – “Esse é um workshop muito importante, pois estamos falando de um dos produtos culturais mais importantes do país, a qual é a telenovela - consumida por maior parte das pessoas no mundo -, trazendo aquelas produzidas com aspecto da Bahia, poesias e produções realizadas por Jorge Amado. Então, falar de habitação literária para novela, é falar de como a Bahia, por Jorge Amado, passa a despejar dendê por todo o Brasil”, destacou Thaiane. 

Já Alencar reforça que o workshop tende a impulsionar novos profissionais e novas ideias para o mercado de trabalho. “Hoje, com o dinamismo da produção da comunicação, da feitura de novelas, séries e minisséries, de maneira mais forte e atuante, em particular, com a chegada do streaming, é fundamental a realização deste workshop, tendo em vista a riqueza da nossa literatura, em particular a obra de Jorge Amado”. 

Expectativas – O artista visual Gil Soares, de 40 anos, esteve presente no primeiro dia de workshop. Ele, que atua como artista desde os 16 anos, reforça as expectativas de atuação na área da teledramaturgia. “A partir dessas atividades, os tutores farão uma sensibilização em nós, participantes, para podermos trabalhar diante das pautas emergenciais que têm sido abordadas”. 

Graduanda em Letras, a estudante Amanda Santana, de 20 anos, não escondeu sua paixão pela dramaturgia, durante interação com os tutores. “Desde criança sempre tive interesse por cinema, novelas e obras literárias. Através deste workshop, irei potencializar o meu saber e aprender mais com as vivências dos tutores e outros colegas participantes”, disse.

 

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