Carnaval

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Se a apresentação com o bloco Inter no domingo (3) já foi um sucesso, o retorno da banda Chiclete com Banana ao Circuito Osmar (Centro), nesta terça-feira (5), a bordo de um trio sem cordas, faz uma festa ainda maior com o público pipoca. Com gosto de saudade pelo último dia oficial do Carnaval de Salvador, os foliões relembram sucessos como “100% você”, “Gritos de guerra”, “Diga que valeu” e “Quero Chiclete” na voz de Khill, que desde o ano passado comanda os vocais da banda.

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Pelo quinto ano consecutivo, idosos e pessoas com deficiência curtem o Carnaval de Salvador nos Camarotes Acessíveis montados pela Prefeitura nos circuitos Dodô (Barra/Ondina) e Osmar (Centro). A aposta na acessibilidade tem o propósito de deixar a festa cada vez mais inclusiva ao oferecer espaços de lazer exclusivos dentro dos circuitos. Capitaneada pela Secretaria de Promoção Social, e Combate à Pobreza (Semps), a ação disponibilizou diariamente, de quinta (28) até essa terça-feira (5), último dia oficial de folia, 260 vagas gratuitas.

Ao todo, são três camarotes localizados no Campo Grande, Ondina e Piedade, sendo esse último exclusivo para pessoas com deficiência. Até a segunda-feira (4), a Semps registrou o maior número de participantes dos últimos anos – 456 pessoas. Nos primeiros cinco dias da folia, foram registrados 36 pessoas com deficiência física, 32 com deficiência intelectual e 17 com deficiência visual. Além destes, outros cinco foliões com outros tipos de deficiência curtiram a festa, o que demonstra o sucesso da iniciativa, que atraiu até gente do inteior.

Com capacidade de atender até 100 pessoas, o camarote localizado na Praça da Piedade abre as portas até as 20h de hoje. Segundo Enaura Dória, assistente social da Semps e uma das responsáveis do espaço, o camarote conta com rampas de acesso e sanitários adaptados para dar mais conforto aos foliões. “A comunicação boca-a-boca, além do reforço nas mídias sociais, ampliou o número de foliões esse ano. Mesmo existindo a pré-inscrição, permitimos acesso por demanda espontânea que aparece todos os dias”, relatou. Além da estrutura com acessibilidade, é oferecido aos foliões um kit de lanche composto por água, suco, frutas e sanduíche.

Cheia de animação, a dona de casa Maria Lúcia Souza, 62 anos, com deficiência física, foi curtir seu primeiro dia de Carnaval acompanhada de familiares. Moradora de Periperi, ela conta que o esforço da locomoção em cadeira de rodas é recompensador pela estrutura do camarote. “É muita força de vontade pra ver o Carnaval”, comentou.

Uma das acompanhantes de Maria Lúcia é a filha Milena Ferreira, 34 anos, e a neta Micaela Ferreira, de 6 anos. Milena, que também possui deficiência física, disse que pela primeira vez curte a folia graças ao Camarote Acessível. “Além da dificuldade de locomoção para chegar até o circuito eu tinha medo, pois não havia espaço para os deficientes no Carnaval”, contou, emocionada.

Foliãs do camarote há três anos, Daniela Ferreira, 16 anos, estava fantasiada de índia e acompanhada pela mãe, a dona de casa Elinalva Andrade, 44 anos. Moradoras de Pernambués, elas ficavam na expectativa dos artistas que geralmente param na frente do camarote e fazem um show à parte. Segundo Elinalva, mesmo com microcefalia e deficiência intelectual, a filha “mete dança” com os artistas preferidos, como o cantor Léo Santana. “Usamos ônibus e metrô pra chegar aqui, agora é só alegria”, declarou a dona de casa.

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Mesmo antes do balanço final do Carnaval de Salvador 2019, a ser divulgado amanhã (6), o prefeito ACM Neto já adiantou dois pontos que devem sofrer mudanças na folia em 2020: a mobilidade e o equilíbrio de atrações nos circuitos. A declaração foi dada durante coletiva realizada nesta terça-feira (5), na Sala de Imprensa Oficial Paulo Gaudenzi, no Campo Grande. O vice-prefeito e secretário municipal de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra), Bruno Reis, dentre outros gestores, também esteve presente.

De acordo com o prefeito, mesmo com as mudanças implantadas desde 2013 como as zonas de restrição, o Expresso Carnaval e a linha gratuita Lapa/Calabar, o aumento do número de pessoas e do uso de aplicativos de transporte gerou uma explosão do número de veículos acessando os circuitos oficiais, principalmente o Dodô (Barra/Ondina), com grande congestionamento na Avenida Centenário, principal acesso ao local. “Isso nos fez compreender que muita gente está operando aplicativo, o que gerou um número de veículos nos circuitos muito maior e a cidade não comporta. A gente precisa aliviar essa pressão. Esse é um ponto de preocupação concreto que temos”, salientou.

Quanto ao equilíbrio de grandes atrações nos dois principais circuitos, ACM Neto afirmou que o diálogo com artistas, empresários, entidades e com o Conselho Municipal do Carnaval (Comcar) começa já a partir desta Quarta-feira de Cinzas. “Tem coisas que o poder público não tem capacidade de controlar ou conduzir. Aí vai muito da vontade do artista, da decisão do empresário e da vontade do folião. Não posso obrigar as pessoas para vir para cá (Circuito Osmar)", frisou o prefeito.

"Eu tenho que dar o exemplo estando aqui com a equipe, como estou todos dias, e garantindo que haja uma quantidade importante de atrações se apresentando e puxando trio sem cordas, como tivemos domingo, segunda e nestas terça. Foi o maior esforço que a Prefeitura fez para acontecer isso e talvez, se não fosse esse esforço, não tivesse Carnaval aqui. Agora isso faz parte também dessas conversas que eu pretendo ter a partir da Quarta-feira de Cinzas para já pensar o Carnaval de 2020, que vai ser o último da nossa gestão”", acrescentou.

Crescimento – Mesmo antes do fim da festa, o prefeito disse que o sentimento é de dever cumprido, devido aos resultados consolidados até o momento e que revelam que Salvador teve o maior Carnaval de todos os tempos em participação popular, movimentação econômica e projeção e promoção da cidade. “Na verdade é o grande ganho que Salvador tem. É impressionante como as pessoas estão reconhecidamente satisfeitas com a cidade. Se perguntarem para mim qual é a grande marca do Carnaval 2019, digo que é o reconhecimento das pessoas ao momento que Salvador vive. Isso será levado aos 365 dias do ano, e não apenas nesses dias de pré-Carnaval e Carnaval”, avaliou ACM Neto.

“O balanço é extremamente positivo e, o mais importante de tudo, é que consolida esse momento de ascensão da cidade, que está em uma curva crescente que vai continuar, porque nós temos muita coisa para acontecer esse ano de 2019. Tem o Centro de Convenções vindo aí; o aeroporto, quando a obra estiver concluída; as obras de orla que continuamos fazendo; os investimentos no Centro Histórico da cidade; o trabalho de promoção de Salvador como destino. A capital baiana tem tudo para realmente se consolidar em uma curva de crescimento sobretudo na economia do turismo, que é fundamental, e o Carnaval, de certa forma, é o grande momento que confirma esse importante processo de recuperação da imagem de Salvador”, finalizou.

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A banda Lincoln & Duas Medidas encerra participação no Carnaval de Salvador este ano em grande estilo com apresentação em um trio sem cordas, no Circuito Osmar (Centro), nesta terça-feira (5). Com mais de 7 milhões de visualizações no YouTube, “La Raba” é o mais recente sucesso e uma das canções que fazem parte do repertório, que traz também a recém-lançada “Amiga das Tretas”, “Encostar”, “Que Meu Ex” e “Paredão das Antigas”.

A banda este ano comemora uma verdadeira maratona carnavalesca, com 14 apresentações entre Salvador, Porto Seguro e Barreiras. Dentre os eventos estão o pré-Carnaval Furdunço, no Circuito Orlando Tapajós (Ondina/Barra), no último dia 24; o Carnaval dos Bairros ontem (4), em Periperi; e cinco apresentações em trio sem cordas nos circuitos Osmar e Dodô (Barra/Ondina).

 

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O Elevador Lacerda está operando gratuitamente neste Carnaval. O histórico equipamento, que faz a ligação entre as cidades Baixa e Alta, já transportou mais de 180 mil pessoas desde quinta, quando começaram os festejos carnavalescos oficialmente. A dispensa do valor da passagem vai até às 5h desta Quarta-feira de Cinzas.

O ascensor é uma boa opção para quem deseja chegar à folia de forma rápida e sem grandes preocupações, já que é um meio acessível e que poupa uma cansativa jornada do Mercado Modelo até o Centro Histórico.

Outra opção são os planos inclinados. Estes equipamentos já transportaram cerca de 40 mil pessoas desde o início do Carnaval. O Plano Inclinado Liberdade-Calçada segue com isenção da tarifa. Já os Gonçalves e Pilar pararam de operar no sábado (02) e só retornam nesta quarta-feira.

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Mesmo no Carnaval há quem não abra mão das sandálias de salto alto para curtir a folia. O problema é que esse acessório pode ocasionar traumas ortopédicos, a exemplo de problemas nos pés, joelhos até a coluna. Desde o início do Carnaval, foram realizados nos módulos de saúde da Prefeitura instalados nos circuitos da folia 268 atendimentos ortopédicos, grande parte deles sofridos por mulheres.

“Esses calçados são inadequados porque o salto não dá a estabilidade que as mulheres precisam para andar no meio da multidão, por exemplo. É importante prezar também pelos cuidados com a saúde e não só com a beleza, para que sejam evitadas torções e até mesmo fraturas”, alerta o médico Ivan Paiva, gerente executivo de atenção às urgências da Secretaria Municipal da Saúde (SMS).

Embriaguez - As mulheres também são maioria quando o assunto é atendimento com quadro de embriaguez. Dos 437 foliões assistidos nos módulos instalados nos circuitos por uso excessivo do álcool, 58% dos pacientes foram do sexo feminino. “Quando você junta o álcool e o salto alto no Carnaval o resultado não pode ser muito diferente. Torções, fraturas e dores na coluna são prejuízos físicos que podem durar até depois da folia”, finaliza Paiva.

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A banda La Fúria passa nesta terça-feira (5), no Circuito Osmar (Centro), resumindo a vontade dos foliões pipoca no último dia oficial de folia em Salvador: “Hoje não quero voltar pra minha casa, não”. Esse é um dos versos do hit “Fábio Assunção” que, ao lado de “Teile e Zaga” e “Manoel”, dentre outras canções na voz de Bruno Magnata, anima o público na Passarela Nelson Maleiro (Campo Grande).

 

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Um ônibus perdido no meio da multidão? A ilusão é provocada pelo cantor Gerônimo, que trouxe o “Buzanfan” – ônibus transformado em trio – ao Circuito Osmar (Centro), na tarde desta terça-feira (5). A novidade, que estreou no pré-Carnaval Furdunço, no último dia 24, no Circuito Orlando Tapajós (Ondina/Barra), veio com tudo na Passarela Nelson Maleiro (Campo Grande).

O “ônibus da alegria”, como define o próprio artista, veio trazendo uma apresentação repleta de ritmos latinos com roupagem baiana e clássicos como “Lambada da Delícia (“Já é Carnaval, cidade”), “É D’Oxum” e “Eu sou negão”. “Vamos todos! Não existe veículo mais democrático que o ônibus!”, afirmou.

 

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Quem vê assim de longe, lá do alto, pensa que é fácil. Mas a rotina de um puxador de bloco envolve muito trabalho, sacrifício e hábitos que variam de artista para artista. A cantora Ravena, por exemplo, que faz dupla com o irmão Juan na folia de Salvador, começou a maratona de preparação para cantar hoje (05) à noite na Barra desde cedo. Juan e Ravena se apresentam por volta das 21h45 no Circuito Dodô, em apresentação que deve durar de quatro a seis horas.

Essa preparação começou com corrida na praia e exercícios físicos. A alimentação regrada é feita com acompanhamento nutricional. Ravena diz que chega a perder dois quilos por show. Por isso, no cardápio muito carboidrato, proteína e frutas. Mas, de vez em quando, ela foge da dieta. “Este ano já comi sarapatel três vezes”, confessa.

O aquecimento vocal é feito duas horas antes da apresentação, junto com um fonoaudiólogo. Com 1,68 de altura e pesando 55 kg, Ravena é adepta da moda Boho, ou Hippie Chic. “Sou fã desse estilo desde sempre. Gosto de saiões, batas, vestidos longos. Hoje vou colocar umas penas na cabeça”, anunciou.

Gerônimo - A preocupação com o visual não se restringe às cantoras. Eles também são vaidosos. Gerônimo, que desfila nesta terça-feira (05) no Circuito Campo Grande, no trio independente da Prefeitura, usa um modelo colorido, inspirado no fuxico, produzido pela mãe, dona Nenea, de 86 anos. Na cabeça, a marca do artista, a pena, hoje na cor azul. ”Uma homenagem ao orixá Ogum, para abrir os caminhos”.

O autor de canções como “Eu sou negão” e “Jubiabá”, conta que acordou cedo, fez exercícios de relaxamento e toma um café reforçado. “Almoçar só mais tarde, comer demais dá moleza”. A voz ele aquece utilizando instrumentos de sopro e revela um truque. “Tomo uma dose de Whisky. Como não estou dirigindo o Buzanfan (nome do trio), posso beber”.

Mesmo sem seguir uma dieta alimentar, Gerônimo chega a perder de três a quatro quilos no percurso, que pode durar de seis a oito horas. Diz que tudo vale a pena e promete cantar para os orixás, para Deus e para os foliões.

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