Mais um ônibus é testado em Salvador para possível operação no sistema BRT. O veículo já começa a circular na linha 1420 Boca da Mata-Pituba, com tarifa normal, a partir desta terça-feira (04). A avaliação do veículo deve ser concluída no prazo de 30 dias. Além dessa linha, o ônibus irá circular também na 1230 Sussuarana x Barra R1, 1142 Cabula x Ribeira R2 e 1388 Estação Pirajá x Barra.
O ônibus é da marca Volvo, equipado com ar-condicionado, portas em ambos os lados e tem 15 metros de comprimento. A lotação é para 41 passageiros sentados e 58 em pé. Possui ainda cinco portas, sendo três no lado direito para o uso urbano normal e duas do lado esquerdo para utilização nas estações do BRT.
De acordo com a Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob), o objetivo é checar a adequação do veículo às condições do dia a dia do transporte coletivo, a exemplo de carregamento e comportamento durante a operação. Além disso, o teste permite ainda que a Semob faça a comparação com outros ônibus já testados.
Novo modal - O BRT vai beneficiar 31 mil pessoas por hora, em horários de pico. Os veículos irão operar a uma velocidade comercial de 25 a 40 km/h. Os tempos de percurso serão significativamente reduzidos se comparados aos atuais níveis de operação. O primeiro trecho do novo modal, entre o Parque da Cidade e a região do Shopping da Bahia, ficará pronto ainda este ano.
Transalvador volta a fiscalizar hoje legislação sobre circulação de veículos pesados
Caminhões de grande porte (6,5 metros de comprimento e 2,2 de altura) voltam a ter restrições de circulação em horários de pico em vias da capital baiana a partir de hoje (04). Após quase quatro meses de flexibilização por parte da Transalvador em função do fluxo viário reduzido em tempo de pandemia do novo coronavírus, a passagem dos veículos volta a ser fiscalizada pelo órgão. De janeiro a março deste ano, 801 condutores foram multados por desrespeitar a legislação.
Em todo ano passado, 3.640 motoristas foram flagrados infringindo a norma. Os três pontos que tiveram mais registros foram a Avenida Mário Leal Ferreira (Posto Mataripe, no sentido BR-324), com 773 motoristas autuados, seguido do trecho da concessionária Revisa, na mesma via, com 630 infrações, e da Avenida Luís Eduardo Magalhães, no retorno antes do túnel e em direção ao Retiro, onde 427 caminhoneiros cometeram a irregularidade.
O condutor que desrespeitar a legislação comete infração média e é punido com multa de R$130,16 e a subtração de quatro pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O trânsito desses caminhões e tratores nas Áreas de Restrição de Circulação (ARC) é proibido nos períodos entre 6h e 10h, de segunda a sábado; entre 17h e 20h, de segunda a sexta-feira; e entre 9h e 20h na orla de Salvador, aos sábados, domingos e feriados.
Proibição - Na lista de locais proibidos está todo o contorno da orla marítima, desde o Largo da Calçada até o Jardim dos Namorados, as avenidas Jequitaia, Marechal Castelo Branco, Vasco da Gama, Juracy Magalhães Júnior, Antônio Carlos Magalhães (desde a Juracy Magalhães Jr. Até a Tancredo Neves), Tancredo Neves (desde a Antônio Carlos Magalhães até a Prof. Magalhães Neto), toda extensão da Professor Magalhães Neto e Túnel Américo Simas.
Também estão vetadas as avenidas Barros Reis, Fernandes da Cunha, General Graça Lessa (Ogunjá), General San Martin, Av. Heitor Dias, Luis Eduardo Magalhães, Luis Viana (Paralela), Mario Leal Ferreira (Bonocô) e a BR-324 (a partir do acesso à Avenida Luis Eduardo Magalhães, sentido Bonocô).
A proibição se entende ainda às ruas Barão de Cotegipe, Fernandes Vieira, Luis Maria, Nilo Peçanha, do Imperador, Padre Antônio de Sá, Régis Pacheco e Arthur Catrambi. A lista das vias pode ser acessada no site da Transalvador. Na aba “Cidadão”, clique em “Áreas de Restrição”.
As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Salvador apresentam uma média de permanência de pacientes infectados ou suspeitos por Covid-19 de 1,2 dia. O curto tempo de espera para transferência aos leitos de referência tem garantido acesso mais rápido ao tratamento adequado para os portadores do novo coronavírus e minimiza os riscos de transmissão da doença nas unidades de emergência da capital.
Uma das ações que contribuem para essa média é a instalação de 439 leitos nos hospitais da cidade, feita pela Prefeitura, para tratamento dos casos de pacientes com coronavírus. Ao todo, são 228 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 211 leitos de enfermaria, alguns deles criados ou adaptados exclusivamente para o período de pandemia, como nos hospitais de campanha do Wet’n Wild e do Itaigara.
“Essa operacionalização ágil de transferência dos pacientes Covid-19 é um dos mecanismos que nós adotamos para salvar o máximo de vidas. Também é o reflexo da boa interação entre a Prefeitura e o governo do Estado, através das respectivas secretarias da área, sempre em prol da valorização da vida humana”, afirma Leo Prates, titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
A diretora de Regulação, Controle e Avaliação do Município, Daniela Alcântara, lembra que a lei preconiza justamente regular o paciente em um prazo máximo de 24 horas. “Essa média de 1,2 dia ocorre porque, às vezes, algum paciente passa mais tempo por falta de informação ou por estar classificado em outra doença. Tivemos um caso mesmo de um paciente que ficou quatro dias aguardando porque ele não estava como pedido de regulação por Covid-19, mas por doença vascular. Em geral, os pacientes classificados com Covid estão sendo transferidos em até 24 horas”, complementa a gestora.
Ampliação – As UPAs também passam por uma ampliação dos leitos para melhor atender aos pacientes. Ao todo, 89 leitos devem ser instalados no período de pandemia, aumentando em mais de 30% a capacidade de atendimento nas unidades de urgência e emergência. Quatro UPAs já receberam gripários, estruturas anexas às unidades e voltadas especificamente para pacientes com sintomas da gripe e do coronavírus. As unidades com gripário são a do Vale dos Barris, Paripe, Pirajá/Santo Inácio e Valéria.
Além disso, a Prefeitura inaugurou, no final de junho, a UPA Santo Antônio, na Cidade Baixa. A estrutura é a maior do Norte/Nordeste do país e conta com 26 leitos, sendo quatro com estrutura de UTI e equipados com respiradores.
Diagnósticos - De março a 30 de julho deste ano, 4.579 pessoas já foram diagnosticadas com Covid-19 nas UPAs e Pronto-Atendimentos (PAs) de Salvador. As UPAs são a porta de entrada para o tratamento de diversas doenças. Disponível durante 24 horas por dia e nos sete dias da semana, essas unidades resolvem grande parte das urgências e emergências, como pressão alta, febre, fraturas, infarto, acidente vascular cerebral, entre outras.
Trata-se de estruturas inovadoras, que oferecem aos diversos distritos da cidade uma estrutura simplificada com raio-x, eletrocardiograma, odontologia, laboratório de exames, além de leitos de observação e de UTI para acolhimento e estabilização de pacientes com quadro clínico mais grave.
Salvador registrou, entre março e junho, os maiores índices pluviométricos dos últimos 36 anos.
A Defesa Civil de Salvador (Codesal) espera uma precipitação média de 133,5 milímetros para a capital baiana durante esse mês de agosto. O órgão chegou a essa conclusão após reunião com pesquisadores do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, órgão vinculado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
A expectativa é que essa chuva, que vai diminuir bastante em relação a julho (nesse mês foram registrados 254,4 milímetros), aconteça nos primeiros dez dias do mês e tenha uma redução gradativa a partir da segunda quinzena, visto que setembro costuma ser mais seco.
A temperatura mínima esperada para agosto é de 19º e a máxima é de 31º. Esse mês também é conhecido pela incidência de ventos mais fortes, com até 40km/h. O fenômeno ocorre por conta da Alta Subtropical do Atlântico Sul, que intensifica os ventos e o transporte de umidade para o continente.
Locais mais chuvosos - No mês de julho, a média de chuva acumulada no período de 1º a 31, foi de 254,4 milímetros, um pouco acima da média esperada, que era de 208,6 milímetros. Os locais mais chuvosos foram Palestina (com 339 mm de chuva), Nova Brasília (com 337,2 mm), Pirajá (324,5 mm), Jardim Cajazeiras (313 mm) e Cajazeira VII (308,8 mm).
O dia 9 de julho, uma quinta-feira, foi o mais chuvoso, com uma média de 65,7 milímetros. Nesse dia, a chuva provocou dois deslizamentos de terra, um deles na Avenida Mário Sérgio Pontes de Paiva, no bairro Canabrava, interditando o trânsito local, e o outro em Jardim Cajazeira, no Alto da Cebola. O tráfego só foi liberado em Canabrava após a remoção do barro e galhos de árvore da pista.
Durante todo o mês de julho, a Codesal realizou 1.472 vistorias. Houve 368 ameaças de desabamento, 155 deslizamentos de terra, 267 orientações técnicas, 233 ameaças de deslizamentos, 102 infiltrações, 109 alagamentos de imóveis, 78 árvores ameaçando cair e 24 desabamentos parciais. Uma morte foi registrada devido ao desabamento de uma marquise no bairro de Periperi. A estrutura, construída de maneira irregular, desabou, deixando um morto e três feridos.
Marco – Salvador registrou, entre março e junho, período tradicionalmente mais chuvoso, os maiores índices pluviométricos dos últimos 36 anos. Foram 1.540,8 mm, quando a média histórica é de 977,9 mm. Mesmo com esse volume de chuvas e com o desafio diante da pandemia da Covid-19, o diretor-geral da Codesal, Sosthenes Macêdo, destaca que as ocorrências se mantêm em número reduzido.
“Atravessamos a Operação Chuva sem registrar graves incidentes. Atribuímos a redução de ocorrências graves aos investimentos feitos na atual gestão em projetos preventivos, tecnológicos e às frequentes atividades educativas realizadas nas comunidades e escolas”, afirma.
Cerca de 800 mulheres vítimas de violência doméstica e domiciliar em Salvador vão receber, a partir desta terça-feira (4), cestas básicas e kits de higiene como apoio neste período de enfrentamento à pandemia de Covid-19. A iniciativa é realizada em parceria entre a Prefeitura, por meio da Secretaria de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ), e o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).
O material, intitulado de Kit Dignidade, contém frascos de álcool em gel, absorventes, shampoo, escova e pasta de dente, dentre outros itens. As beneficiárias também recebem máscaras de tecido, confeccionadas por artesãs do coletivo de costureiras Rede de Economia do Sagrado Solidária.
“Sem dúvidas, essa parceria vem para somar com todas políticas públicas que já estão sendo desenvolvidas pela Prefeitura para as mulheres vítimas de violência. O objetivo é trazer esperança e uma nova perspectiva de futuro para elas”, destaca a secretária da SPMJ, Rogéria Santos.
Tanto os kits quanto os alimentos serão entregues acompanhados de folhetos informativos, elaborados com apoio de especialistas do Fundo de População da ONU e da administração municipal. A publicação ensina como se prevenir da doença causada pelo novo coronavírus, assim como reconhecer a violência de gênero e denunciar, uma vez que o número de casos pode aumentar durante a pandemia.
“Temos investido na entrega de Kits Dignidade em vários estados do país, sempre com foco em mulheres e pessoas que já estavam em situação de vulnerabilidade antes na pandemia e que podem ter sua situação agravada. É uma forma de oferecer acesso a produtos de prevenção que nem sempre estão disponíveis. Nesse contexto, é fundamental também o apoio da Prefeitura para reconhecer e proteger mulheres vítimas de violência de gênero”, afirma Astrid Bant, representante do Fundo de População da ONU no Brasil.
Estratégia - A entrega dos kits faz parte de uma parceria maior, firmada pelo Fundo e pelo Município, que envolve o Gabinete do Prefeito, a Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ) e a Secretaria Municipal de Promoção Social (Sempre).
Oficializada com a assinatura de um memorando de entendimento, a parceria prevê, inicialmente, o desenvolvimento de projetos que visem a prevenção à violência de gênero e o fortalecimento da rede de proteção às mulheres. A medida também pode envolver ações com foco no desenvolvimento sustentável e equitativo da população soteropolitana, contemplando o reconhecimento, proteção, promoção e efetivação dos direitos humanos, incluindo ações relacionadas aos direitos e necessidades de adolescentes, jovens e mulheres e considerando os recortes de raça e gênero.
Mais do que um auxílio, o Salvador por Todos é atualmente um suporte fundamental na vida de trabalhadores informais da capital baiana que sofrem as consequências da pandemia do novo coronavírus. Por conta disso, o benefício de R$270 foi estendido pela segunda vez e a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (Sempre), começa a pagar nesta terça-feira (04) a quinta parcela do programa.
Em junho, após três parcelas pagas, o prefeito sancionou a legislação municipal que prorrogou o Salvador por Todos pelo mês de julho e autorizou a possibilidade de ampliação do auxílio para agosto e setembro. A concessão do benefício nos dois últimos meses depende da avaliação dos reflexos do coronavírus na capital baiana. No caso de agosto, essa concessão foi confirmada na semana passada pelo prefeito ACM Neto.
A secretária da Sempre, Juliana Portela, explicou que reuniões diárias são realizadas por toda a equipe da Prefeitura a fim de avaliar tecnicamente os dados e o impacto da crise sanitária dos pontos de vista econômico e social em Salvador.
“Estudamos todos os números e entendemos que esse benefício ainda é muito importante para os trabalhadores informais e suas famílias. O prefeito ACM Neto tem sido muito sensível na compreensão de que as ações sociais nesse período tão difícil são fundamentais e vitais para a população de Salvador”, declarou Juliana Portela.
Pioneirismo - A capital baiana foi pioneira na implantação de um benefício social pago em dinheiro e com recursos próprios durante a pandemia. O Salvador por Todos começou a ser pago em março, antes todas as cidades brasileiras e do próprio auxílio emergencial do governo federal. Até agora, o município já investiu mais de R$24,5 milhões no suporte dado aos trabalhadores informais da cidade.
O benefício é pago a baianas de acarajé, ambulantes, feirantes, camelôs, barraqueiros, baleiros, guardadores de carro, recicladores, taxistas, motoristas de aplicativos e mototaxistas – no caso dos três últimos, com idade superior a 60 anos, de acordo com as listas de cadastrados encaminhadas pelas secretarias responsáveis por autorizar cada atividade.
Os saques podem ser realizados nas agências da Caixa, atendendo a um calendário cuidadosamente elaborado para evitar a ocorrências de filas e aglomerações. Os pagamentos começam nesta terça (04), contemplando os profissionais com nomes iniciados com a letra "A", e segue até o dia 17.
A consulta sobre a liberação de pagamento da parcela pode ser realizada no site www. salvadorportodos. salvador. ba. gov. br, através da verificação do CPF ou Número de Identificação Social (NIS).
Confira o cronograma de pagamento:
* Trabalhadores com nomes iniciados com a letra A: pagamento a partir de terça-feira (4/8);
* Trabalhadores com iniciais B, C ou D: saque a partir de quarta-feira (5/8):
* Trabalhadores com iniciais E: retirada na quinta-feira (6/8);
* Trabalhadores com iniciais F, G, H ou I: saque a partir de sexta-feira (7/8);
* Trabalhadores com iniciais J: pagamento a partir de segunda-feira (10/8);
* Trabalhadores com iniciais K e L: retirada a partir de terça (11/8);
* Trabalhadores com iniciais M: saque na quarta-feira (12/8);
* Trabalhadores com iniciais N, O, P e Q: pagamento a partir de quinta-feira (13/8);
* Trabalhadores com iniciais R: pagamento a partir de sexta-feira (14/8);
* Trabalhadores com iniciais S, T e U, V, Y, X, Z, K, W: pagamento a partir de segunda-feira (17/8).
A Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) registrou, no último fim de semana, a maior taxa de circulação de veículos em um domingo, desde o início da pandemia do novo coronavírus. Ontem (02), segundo a autarquia municipal, o fluxo de automóveis na capital foi de 84% - ou seja, diferença de apenas 16% se comparado ao mesmo dia da semana antes da crise sanitária, que começou em março. O índice é calculado através de uma comparação com a média de fluxo de trânsito normal na cidade, quando não há interferência de festas, feriados ou datas comemorativas.
A aferição é feita por 183 equipamentos eletrônicos – radares e fotossensores - distribuídos em diversas vias da cidade. “Nas últimas semanas, temos percebido fluxo maior de pessoas nas ruas. Acredito que, depois de mais de quatro meses de restrições, as pessoas acabam tendo a ideia de que podem flexibilizar. Contudo, é preciso que todos tenham consciência e saiam de casa apenas quando necessário, mantendo-se longe de aglomeração”, pontua o superintendente da Transalvador, Fabrizzio Muller.
Desde o início do isolamento social no município, a menor taxa de circulação de veículos ocorreu em 21 de abril (feriado de Tiradentes), ocasião em que apenas 44% dos carros circularam nas ruas.
Ônibus - De acordo com a Secretaria de Mobilidade (Semob), Salvador atualmente está com 57% de passageiros a menos sendo transportados nos ônibus na cidade. Há pouco mais de 1,5 mil veículos em operação, o que corresponde a 70% da frota, para atender cerca de 500 mil pessoas. O registro é feito pelo órgão através da bilhetagem eletrônica.
Segundo o titular da Semob, Fábio Mota, o fluxo é considerado alto. “Se observarmos que estamos com bares, restaurante e escolas fechados, não é um número satisfatório. O que mais nos espanta nesse momento é que nesse período de pandemia temos mais idosos fazendo viagem do que antes. Faço apelo para que a população só saia de casa se for necessário, afinal, estamos mantendo a frota para que não haja descontinuidade dos serviços essenciais”.
Antes da pandemia, o Sistema de Transporte Coletivo por Ônibus operava com 100% da frota (2.212 veículos) e atendia 1,3 milhão de pessoas diariamente. Desde que a primeira fase de retomada das atividades foi iniciada, no último dia 24 de julho - envolveu a reabertura e atendimento presencial de shopping centers e grandes lojas em horário reduzido ao período normal -, o quantitativo de ônibus municipal foi ampliado de maneira gradativa até chegar aos atuais 70%. A ação foi uma das estratégias da Semob para prevenção da circulação do coronavírus na cidade, evitando eventuais lotações dos carros.
Quando tiver início a fase dois de retomada - que contempla reabertura de academias de ginástica, barbearias, salões de beleza, centros culturais, museus e galerias de arte, lanchonetes, bares e restaurantes -, a frota de ônibus vai aumentar para 80%, isto é, 1.770 coletivos rodando no município.
Medidas de desburocratização adotadas pela Prefeitura alteraram significativamente o funcionamento de diversos serviços solicitados diariamente à Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur). São modificações em vários aspectos, a exemplo da adoção de novos prazos, da maneira como devem ser solicitados e acompanhados.
Essas modificações visam proporcionar mais agilidade e facilitar a vida do cidadão e do empreendedor, além de reduzir os custos desnecessários do município com energia elétrica, papel e tinta e de diminunir a poluição do meio ambiente. “A Sedur hoje está se modernizando no sentido de facilitar a vida do cidadão. Facilitar com tecnologia, com segurança e com agilidade. Desde que começamos essa gestão, mantivemos o foco no desenvolvimento de soluções digitais e na redução dos processos em papel, tentando fazer o máximo digital possível”, conta Jealva Fonseca, diretora de Desenvolvimento e Urbanismo da secretaria.
A melhoria do ambiente de negócios é um dos pilares do plano de aquecimento da economia em Salvador, apresentado no último dia 27 pela Prefeitura para minimizar os impactos da pandemia, com ações de implementação imediata ou em curto prazo. Esse pilar conta com 46 ações, algumas delas já em funcionamento. A apresentação total do plano, que prevê a geração de 50 mil empregos e investimentos públicos e privados, deve ser concluída nos próximos dias.
Conheça as principais ações e confira o que já mudou e o que deve mudar no atendimento e serviços disponibilizados atualmente pela Sedur:
Abertura de Empresa
Como era: no início de 2017, o tempo médio para abertura de empresa era de até 81 dias.
Como é hoje: atualmente, o tempo médio para abertura de empresa é de 31 dias e a meta é reduzir ainda mais esse prazo para dez dias.
Licença para empreendimentos
Como era: o tempo médio de análise para conceder licença para a construção de um empreendimento de grande porte era de 11 meses. Para os empreendimentos de médio e pequeno porte, era de 120 dias (4 meses).
Como é hoje: através do Portal Simplifica, o licenciamento de obras de pequeno e médio porte pode ser feito em 48 horas. A meta para os licenciamentos de empreendimentos de grande porte é de três meses.
Licenças ambientais
Como é hoje: O licenciamento ambiental é composto por vários tipos de licença. Algumas delas são a licença para "Poda de Árvores", para "Estação Rádio Base" (torre de telefonia) e "Manifestação Prévia". Essas três licenças representam 60% de todas as relacionadas ao meio ambiente. Atualmente, elas ficam prontas em um prazo de 30 dias ou mais. Essas licenças são produzidas em papel.
Como vai ficar: a Sedur está informatizando o processo de produção dessas licenças, que, em geral são de atividades de baixo risco ambiental. Com isso, elas deverão ser emitidas em um prazo de até 48 horas, mantendo os mesmos critérios de preservação ambiental. A informatização está em fase de testes, e a previsão é que o sistema esteja disponível em setembro. A medida depende de aprovação da Câmara de Vereadores.
Atendimento
Como era: o atendimento era presencial e não havia agendamento com hora marcada. O solicitante tinha que ir até a secretaria, pegar uma senha e aguardar ser chamado.
Como é hoje: por conta da pandemia, tudo está sendo feito por meio digital. O atendimento presencial é feito apenas quando é indispensável e, nesse caso, o cidadão deve agendar um horário. Quase todos os documentos também estão sendo entregues por meio digital. Apenas alguns específicos, como Plantas Arquitetônicas impressas em formato grande, precisam ser entregues presencialmente. A média hoje é de 120 atendimentos on-line e de 25 presenciais por dia. A intenção é que esses atendimentos on-line e os agendamentos se mantenham após a pandemia.
Consulta ao PDDU e Louos
Como é hoje: quem busca informações urbanísticas da cidade, antes de construir um empreendimento, precisa ler por completo a lei que dispõe sobre o PDDU e a Lei de Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo (Louos). Outra opção é solicitar uma Análise de Orientação Prévia (AOP), um serviço pago oferecido pela Sedur.
Como vai ficar: já está em desenvolvimento um sistema de acesso gratuito com o mapa e zoneamento da cidade. Ao clicar na região de interesse, o cidadão terá acesso ao zoneamento, índices urbanísticos e coeficiente de aproveitamento, entre outros. A expectativa é que o sistema esteja pronto em 60 dias.
Cópia do Habite-se
Como era: documento bastante solicitado à Sedur, a cópia do Habite-se era disponibilizada apenas em papel.
Como é hoje: o documento pode ser solicitado no site do órgão, informando o endereço e número de referência.
TVL
Como era: o Termo de Viabilidade de Localização (TVL) era solicitado pelo site da Sedur e transformado em processo físico para análise dos técnicos. O pagamento era feito em dois momentos: na abertura do pedido e na finalização da análise.
Como é hoje: o TVL é 100% online, desde o pedido, a análise e a entrega do documento. Cerca de 80% das emissões são feitas de forma expressa (sem a intervenção humana), à exceção daquelas que ocorrem quando há alguma restrição urbanística.
Como vai ficar: Em breve, o pagamento do TVL será feito em parcela única, após finalização da análise feita pela Sedur.
Classificação de Risco de Atividade
Como é hoje: para abrir uma empresa, o empresário escolhe o CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas e sua classificação de risco) e ao longo processo de formalização fica sabendo quais licenças são necessárias.
Como vai ficar: Dentro de alguns dias, o empresário poderá acessar uma lista com a relação dos CNAES e saber, de início, se a atividade que pretende desenvolver é de baixo, médio ou alto risco. A classificação permite que as empresas com CNAE de Baixo Risco A possam iniciar a operação ao mesmo tempo em que regulariza suas licenças.
A partir desta terça-feira (04), a restrição à circulação de caminhões de grande porte em horários de pico será retomada nas vias da capital baiana. A Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) havia flexibilizado o tráfego destes veículos na cidade em março, com o início das ações de isolamento social em decorrência da pandemia da Covid-19.
Com a retomada gradual das atividades econômicas, caminhões acima de 6,5 metros de comprimento e 2,2 de altura não poderão circular pelas principais vias de Salvador nos horários de grande movimento de veículos, conforme a legislação vigente.
O trânsito desses caminhões e tratores nas Áreas de Restrição de Circulação é proibido nos períodos entre 6h e 10h, de segunda a sábado; entre 17h e 20h, de segunda a sexta-feira; e entre 9h e 20h na orla de Salvador, aos sábados, domingos e feriados.
Entre as áreas de restrição estão avenidas como a ACM, Barros Reis, Fernandes da Cunha, General Graça Lessa (Ogunjá), General San Martin, Heitor Dias, Luis Eduardo Magalhães, Luís Viana Filho (Paralela), Mario Leal Ferreira (Boncô), Avenida Octávio Mangabeira (entre a Av. Amaralina e o Jardim dos Namorados), BR-324 (a partir do acesso à Av. Luis Eduardo Magalhães, no sentido Bonocô), além de ruas como a Nilo Peçanha e a Luis Maria, entre outras.
“A flexibilização tinha o objetivo favorecer o abastecimento de estabelecimentos da capital baiana durante o período de isolamento. Com a abertura gradual do comércio, temos percebido um aumento no fluxo de veículos da cidade, e, portanto, é necessária a volta desta fiscalização para que não haja prejuízos à mobilidade e fluidez do tráfego, principalmente nos horários de pico”, explica o superintende da Transalvador, Fabrizzio Müller.
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