Cultura

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Sonho de Uma Noite de Verão na Bahia tem direção de João Falcão e integra projeto pioneiro para produção de espetáculos 

Após seis meses de palestras, mesas redondas, ensaios, entre outros preparativos, finalmente chega o momento da estreia de Sonho de Uma Noite de Verão na Bahia, musical produzido no âmbito da Fábrica de Musicais – edital da Fundação Gregório de Mattos (FGM) que contemplou o Coletivo 4. A Prefeitura, ao lado do renomado diretor João Falcão, lança a montagem no Teatro Gregório de Mattos nesta sexta-feira (29), às 19h. Mais um presente para o aniversário de Salvador. 

Para Falcão, diretor de espetáculos premiados como Gonzagão - A Lenda e Gabriela - Um Musical de Jorge Amado, a iniciativa deve ser vista como um exemplo para as prefeituras de todo o Brasil. "Acho muito importante. Se tivesse em outros lugares, seria maravilhoso. Essa é uma experiência rara. Essa montagem atingiu muitas pessoas, criou um movimento de pessoas em torno da gente", afirmou. 

A comédia musical é uma adaptação de William Shakespeare, a partir do livro Sonho de Uma Noite de Verão, de Adriana Falcão. Metade do elenco é composta por membros do Coletivo 4, enquanto o resto dos atores foram convocados, após participarem das oficinas. "Eles (Coletivo 4) são muito dispostos, interessados. São 'bichos do teatro' mesmo, sabe? Isso é muito bom. Nos entendemos muito bem". 

Por sinal, João Falcão teve uma tarefa difícil para escolher quais candidatos integrariam a montagem. Segundo ele, as cerca de 700 pessoas que passaram pelas oficinas são talentosas e interessadas no projeto. "Tem uma pessoa que não era de teatro, mas era de circo. Teve os novatos, mas também os veteranos. Foi essa diversidade que me interessou", comentou. 

Trilha - A trilha sonora da montagem é composta por mais de 20 clássicos da axé music, samba reggae, ijexá, pagode e outros gêneros. No repertório estão presentes canções clássicas na voz de artistas como Caetano Veloso, Carlinhos Brown, Daniela Mercury, Gilberto Gil, Ivete Sangalo, Margareth Menezes e Ricardo Chaves. 

O elenco é acompanhado pelos multi-instrumentistas Carlos Boca, Chocoshow Yuri, Citnes Dias, Felipe Guedes e Nino Bezerra. A direção musical é assinada por Yacoce Simões, arranjador e maestro com 30 anos de experiência. "Temos também algumas músicas que foram ressignificadas, com diferentes e arranjos e tal. Tudo dentro do contexto da cena", explica João Falcão. 

O musical - No enredo, os reis Titânia e Oberon (Ana Mametto/ Rafael Medrado), o debochado duende Puck (Jarbas Oliver) e quatro fadas (Igor Epifânio, Lara Böker, Rafa Souza e Yanna Vaz) partem do Olimpo em direção à Terra, para investigar se gente realmente existe. Eles desembarcam em pleno Carnaval de Salvador. Lá,  conhecem Teseu (Luiz Pepeu), político e empresário do entretenimento, noivo de Hipólita (Marília Castro), uma jovem falida financeiramente. Ali também aparece Hérmia (Viviane Pitaya), cantora de axé, que rejeita as investidas do candidato a deputado Demétrio (Alexandre Moreira), e planeja fugir com Lisandro (Ana Barroso), jovem herdeiro de uma fortuna por quem Helena (Fernanda Beltrão) está enamorada. 

Na tentativa de compreender o comportamento caótico dos mortais, os seres mágicos acabam se contagiando com a folia e dão inicio a uma série de confusões de encontros amorosos e paixões desencontradas. Completam o elenco: Daniel Farias (William Shakespeare), Fernanda Paquelet (Dona Biu) e Genário Neto (Bobina). 

A estreia, no aniversário de Salvador, será aberta apenas para imprensa e convidados. Porém, o musical fica em cartaz numa curta temporada, até 28 de abril, de quinta a domingo, às 19h. Há opções vespertinas, nos dias 30 de março, 6, 13 e 20 de abril, além do dia 28, num domingo, sempre às 16h. 

Os ingressos custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada), mediante apresentação de documento oficial com foto. As compras podem ser feitas no www. sympla. com. br/ sonhonabahia, ou na bilheteria do teatro, que funciona nos dias de espetáculo duas horas antes da apresentação. Telefone: (71) 3202-7888.

 

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O Festival da Cidade apresenta o grande espetáculo Compadre de Ogum, uma adaptação da obra Os Pastores da Noite, de Jorge Amado. A peça será encenada desta quarta até domingo (31), sempre às 20h, na Igreja de Santana, no Rio Vermelho. Os ingressos serão trocados por dois quilos de alimentos não perecíveis para doação. As trocas serão realizadas no local, nos dias da peça, a partir das 17h, e estarão sujeitas à lotação do espaço. Só será permitida a troca de dois ingressos por pessoa. 

O espetáculo nasceu em 2014, durante a segunda edição do Festival da Cidade. Já foi indicado a seis prêmios Brasken e é vencedor na categoria Melhor Direção. Dirigido por Edvard Passos, a trama narra a história do biscateiro Massu das Sete Portas, um homem negro que, com a ajuda de amigos, organiza o batizado de seu filho “galego". Os conflitos se acentuam quando ele decide que Ogum, o Orixá, será o padrinho do filho, a ser batizado dentro da Igreja Católica.  

“Essa peça guarda um desejo muito grande de falar do amor que sentimos por Salvador. Ela destaca o valor da amizade verdadeira, fala muito da gente, dos heróis do povo, de como a gente constrói a cidade a partir da ajuda, do mutirão. É um pouco do que Makota Valdina dizia: ‘eu sou do tempo em que vizinho era parente’. Quem for à peça vai ter um encontro consigo mesmo. Vai se olhar no espelho, claro que um espelho pelo viés de Jorge Amado”, disse Passos.  

Para o diretor, será um momento especial, pois o espetáculo vai retornar ao lugar de onde tudo partiu, dentro da Igreja de Santana. O elenco é composto por 15 atores, entre eles: Leandro Villa, interpretando Massu; Danilo Cairo (Pé de Vento); Hemós Heber (sacristão Inocêncio e Isídro do Batualê); Heraldo de Deus (Cabo Martim) e Ana Tereza Mendes (Benedita).  

Exposição – No Espaço Cultural da Barroquinha, a mostra Orixás da Bahia está disponível gratuitamente, de hoje a domingo, das 14h às 19h, dentro do Festival da Cidade. Situado na Rua do Couro, o espaço é administrado pela Fundação Gregório de Mattos (FGM). A exposição foi criada em 1973 por D. Elyette Magalhães, com 18 estátuas em tamanho natural de divindades africanas, esculpidas em papel machê pelo artista plástico Alecy Azevedo (in memorian).   

As obras estão expostas na galeria Juarez Paraíso, e tem curadoria assinada pelo artista visual, cenógrafo, aderecista e figurinista Maurício Martins. A consultoria religiosa foi feita por membros do Terreiro do Gantois, cuja yalorixá, Mãe Menininha, foi responsável por vestir os 16 orixás na década de 1980.

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O Festival da Cidade apresenta o grande espetáculo Compadre de Ogum, uma adaptação da obra Os Pastores da Noite, de Jorge Amado. A peça será encenada desta quarta até domingo (31), sempre às 20h, na Igreja de Santana, no Rio Vermelho. Os ingressos serão trocados por dois quilos de alimentos não perecíveis para doação. As trocas serão realizadas no local, nos dias da peça, a partir das 17h, e estarão sujeitas à lotação do espaço. Só será permitida a troca de dois ingressos por pessoa.

O espetáculo nasceu em 2014, durante a segunda edição do Festival da Cidade. Já foi indicado a seis prêmios Brasken e é vencedor na categoria Melhor Direção. Dirigido por Edvard Passos, a trama narra a história do biscateiro Massu das Sete Portas, um homem negro que, com a ajuda de amigos, organiza o batizado de seu filho “galego". Os conflitos se acentuam quando ele decide que Ogum, o Orixá, será o padrinho do filho, a ser batizado dentro da Igreja Católica.

“Essa peça guarda um desejo muito grande de falar do amor que sentimos por Salvador. Ela destaca o valor da amizade verdadeira, fala muito da gente, dos heróis do povo, de como a gente constrói a cidade a partir da ajuda, do mutirão. É um pouco do que Makota Valdina dizia: ‘eu sou do tempo em que vizinho era parente’. Quem for à peça vai ter um encontro consigo mesmo. Vai se olhar no espelho, claro que um espelho pelo viés de Jorge Amado”, disse Passos.

Para o diretor, será um momento especial, pois o espetáculo vai retornar ao lugar de onde tudo partiu, dentro da Igreja de Santana. O elenco é composto por 15 atores, entre eles: Leandro Villa, interpretando Massu; Danilo Cairo (Pé de Vento); Hemós Heber (sacristão Inocêncio e Isídro do Batualê); Heraldo de Deus (Cabo Martim) e Ana Tereza Mendes (Benedita).

Exposição – No Espaço Cultural da Barroquinha, a mostra Orixás da Bahia está disponível gratuitamente, de quarta a domingo, das 14h às 19h, dentro do Festival da Cidade. Situado na Rua do Couro, o espaço é administrado pela Fundação Gregório de Mattos (FGM). A exposição foi criada em 1973 por D. Elyette Magalhães, com 18 estátuas em tamanho natural de divindades africanas, esculpidas em papel machê pelo artista plástico Alecy Azevedo (in memorian).

As obras estão expostas na galeria Juarez Paraíso, e tem curadoria assinada pelo artista visual, cenógrafo, aderecista e figurinista Maurício Martins. A consultoria religiosa foi feita por membros do Terreiro do Gantois, cuja yalorixá, Mãe Menininha, foi responsável por vestir os 16 orixás na década de 1980.

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Estão abertas as inscrições para as oficinas de Cinema e TV, Música e Artes Cênicas nos Espaços Culturais Boca de Brasa localizados no Subúrbio 360 e Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU) de Valéria. Os interessados devem comparecer ao local ou entrar em contato através do número de celular/WhatsApp (71) 99989-7444 até o próximo dia 5, de segunda a sexta, das 9h às 20h, e aos sábados, das 9h às 13h, para fazer a inscrição.

Na área de Cinema e TV, a oficina Usina de Imagens será ministrada por Dayane Sena e acontecerá às segundas e quartas-feiras, das 14h às 17h, no CEU Valéria, e das 18h às 21h, no Subúrbio 360. As turmas de, no máximo, 25 alunos e carga horária de 120 horas em cada unidade, são voltadas para pessoas a partir de 16 anos. O conteúdo prevê base teórica focada na área de Cinema e TV, necessária para o entendimento do processo de desenvolvimento audiovisual nas diversas etapas, desde a idealização até o produto final que consiste na produção audiovisual específica.

Os interessados em Música podem participar da oficina Do Tambor ao Computador, ministrada por Nairo Lima e voltado para pessoas interessadas em música ou em atuar na área, mesmo sem experiência, além de agentes culturais, músicos, DJs, locutores, técnicos de som, radialistas, professores de música e produtores musicais. O curso tem carga horária de 120 horas e englobará duas turmas de 20 alunos em cada espaço. As aulas acontecem às terças e quintas-feiras, das 14h às 17h (CEU Valéria) e das 18h às 21h (Subúrbio 360), e abordarão os temas “Iniciação Musical: Leitura Rítmica” e “Iniciação à Percussão: Ritmos Brasileiros”.

As Artes Cênicas serão abordadas na oficina O Corpo da Cena, ministrada por Zeca de Abreu no CEU Valéria às terças e quintas-feiras, das 9h às 12h, e no Subúrbio 360, às sextas e sábados, das 9h às 12h. O público-alvo é formado por jovens e adultos, distribuídos em turmas de 20 alunos – uma em cada unidade. Com carga horária de 120h, as aulas compreendem um módulo introdutório para percepção do perfil e desejos dos alunos e outro módulo com conteúdos de Teatro e Dança.

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O Concerto Internacional Salvador 470 Anos contará com a apresentação de nove artistas que irão se revezar num palco, montado no Farol da Barra, a partir das 19h, nesta sexta (29), data em que a capital baiana completa aniversário. A apresentação gratuita acontecerá em parceria com o Festival da Língua Portuguesa (Fespo) e terá a presença dos portugueses António Zambujo e Ana Moura, do angolano Paulo Flores e dos baianos Saulo, Daniela Mercury, Márcia Short, Carla Cristina, Márcia Freire e Magary Lord. Inédito, o espetáculo, que integra o Festival da Cidade, foi produzido especialmente para a data. 

Dentre os músicos da Bahia que darão o tom da terra ao concerto, com músicas e apresentações em homenagem a Salvador, está o cantor, compositor e percussionista Magary Lord, que preparou uma apresentação especial para parabenizar a capital baiana. Ele fez questão de preservar a surpresa com relação à escolha do repertório, mas assegurou que a canção “Circulou”, sucesso que ganhou como música do Carnaval 2012 na voz do cantor Saulo Fernandes, fará parte da apresentação dirigida pelo produtor musical Jonga Cunha. 

“Tive a honra de ser convidado para participar desse festival. Estou muito feliz em poder cantar para Salvador no dia em que minha cidade faz aniversário. Além disso, meu estilo 'Black Semba' tudo tem a ver com Paulo Flores, que vai trazer um pouco da música de Angola para cá”, disse. A possibilidade de nove artistas se revezarem no palco também está sendo vista por Magary com bastante entusiasmo. “Um encontro entre os cantores daqui e os artistas de fora, esse intercâmbio musical, será incrível. Salvador e o nosso povo merecem essa homenagem”, destacou o artista. 

Clássicos - A cantora Márcia Freire também promete levar toda a energia para o palco da Barra. Junto com as artistas Márcia Short e Carla Cristina, ela cantará quatro músicas que revelam um pouco da história de Salvador. Os clássicos da Axé Music "We are Carnaval", "Baianidade Nagô" e "É d'Oxum" serão interpretados pelo trio de cantoras. 

“Me sinto honrada. Salvador é minha cidade, onde começou toda a minha arte. Nasci nos trios elétricos, no Carnaval de Salvador. Me sinto feliz de participar desse evento, inserida nesse contexto, com grandes artistas, como Daniela, Magary e tanta gente de fora. Todos nós, juntos, falando da minha terra, no aniversário da minha cidade, cantando para nosso povo”, comentou a cantora.   

A parceria com Festival da Língua Portuguesa e, consequentemente, a participação de artistas estrangeiros no Concerto Internacional Salvador 470, deixou a cantora Carla Cristina bastante contente. “Vamos receber nossos irmãos portugueses e cantar com eles o melhor da Bahia, o nosso Axé, que faz muito sucesso em Portugal”, frisou. Com relação à participação no Festival da Cidade 2019, ela revelou se sentir orgulhosa com o convite. “É uma alegria representar minha terra, através da nossa música. Feliz demais, lisonjeada em ter sido escolhida no meio de tantos talentos musicais que temos na nossa Bahia”. 

Festa em todo canto - No dia em que Salvador aniversaria, diversos pontos da cidade também estarão em festa. A programação começa logo no início da manhã, às 9h, com Festival Grafite Bahia de Todas as Cores (BTC) 2019, que vai até as 18h, no bairro de Plataforma. Já na Casa do Benim, de 10h às 17h, acontece a Exposição "Coroa de Ouro - Torços e Turbantes". 

No Espaço Cultural Barroquinha, também no Centro, será realizada a Exposição Orixás da Bahia, das 14h às 19h. Tem mais programação cultural com a estreia do musical “Sonho de Uma Noite de Verão”, resultado do edital Fábrica de Musicais da Prefeitura, no Teatro Gregório de Matos, às 19h. 

Quando o assunto é música, além do Concerto Internacional Salvador 470 anos, no Farol da Barra, a programação do Festival da Cidade contempla ainda, nesta sexta (29), o show de Hiago Danadinho, Léo Santana e Deny Dennan, às 19h, no Campo da Pronaica, em Cajazeiras, a apresentação do espetáculo “Compadre de Ogum”, às 20h, na Igreja Primeira de Santana (Rio Vermelho), e o musical “Simplesmente Elas”, no Teatro Café Rubi, às 20h30. Toda a programação está disponível em www. festivaldacidade. salvador. ba. gov. br.

 

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Quando o primeiro governador-geral do Brasil, Tomé de Sousa, chega no Porto da Barra, em 29 de março de 1549, ele tem que encarar uma vila destruída por conflito entre portugueses e indígenas. Quando a trançadeira Cláudia dos Santos, de 36 anos, chega por lá, é só água fresca, cerveja e marquinha do sol no corpo bronzeado.

Ela pode não ter muita ideia do que ocorria por aqui antes de Tomé de Souza, mas sabe que Salvador completa 470 anos neste mês. Aliás, a data é comemorada no mesmo dia da chegada da autoridade lusitana: 29 de março. O ano era 1549. "Temos que comemorar porque é uma cidade linda, acolhedora. Todo mundo que chega quer ficar aqui", afirma Cláudia

Pioneira - Em decorrência de ter sido a primeira capital do Brasil, Salvador tem a marca do pioneirismo em muitos segmentos. A primeira missão jesuíta no continente americano, por exemplo, aconteceu por aqui. Fundada em 1540 na Itália, ela chega em 1549 com o padre Manoel da Nóbrega em terras soteropolitanas.

Salvador também foi sede do primeiro bispado do Brasil, em 1551. "Primeiro e único por 125 anos, quando é elevado, em 1676, à dignidade de arcebispado, primeiro no país também. Sede de todas as igrejas do Brasil e colônias portuguesas na África", explica o arquiteto e historiador Francisco Senna.

A cidade de 470 anos se orgulha ainda de ter a primeira Faculdade de Medicina do Brasil (no Terreiro de Jesus); o primeiro forte circular (São Marcelo) e o primeiro equipamento do tipo no país (o da Barra); o primeiro elevador urbano (o Lacerda); e a primeira Câmara Municipal em solo brasileiro.

Superlativa - Quer mais? A primeira Academia de Letras do Brasil, a Academia dos Esquecidos, também é soteropolitana. Isso sem falar, é claro, dos aspectos mais subjetivos e superlativos, como o melhor e maior Carnaval do mundo, a terra da alegria, da música e da diversidade cultural. A capital da baianidade.

"Essa baianidade é a resistência desse povo. A resistência que sempre existiu, para diferentes colonizadores", afirma a escritora e pensadora baiana Aninha Franco, responsável por sucessos teatrais como "Os Cafajestes" e "Esse Glauber". Para ela, figuras como as baianas de acarajé são símbolos da luta pela preservação da cultura da Bahia e de Salvador em novos tempos.

Criatividade - Presidente da Fundação Gregório de Mattos (FGM), Fernando Guerreiro enxerga a criatividade como uma das principais características do soteropolitano nesses 470 anos. E essa capacidade de "inventar coisas", como ele mesmo define, está espalhada pelas quase 3 milhões de pessoas que vivem por aqui.

"O soteropolitano é extremamente criativo. O humor é também uma marca muito forte da nossa cultura, a capacidade de reinventar. As coisas estão sempre se renovando, como o Carnaval, a música. Claro que tem o poder público, mas as coisas se reinventam naturalmente. O calor humano também é muito interessante", diz Guerreiro.

O carioca Cristiano César dos Santos, 41, sentiu esse "calor humano" que Guerreiro descreveu logo quando chegou a Salvador com a esposa e filha. "É minha primeira vez aqui. Estou gostando, o povo é bem receptivo. As praias são lindas também", resume.

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Acontece nesta quinta-feira (21) a abertura do Festival Transatlântico de Fotografia. A mostra vai reunir, até domingo (24), na Casa de Castro Alves (Rua do Passo, 52), uma exposição com fotografias dos artistas Claudia Andujar, Mario Cravo Neto e Miguel Rio Branco, além de imagens do século XIX produzidas pelos fotógrafos Marc Ferrez e Alberto Henschel, que integram o acervo do Instituto Moreira Salles.

Com o patrocínio da Prefeitura, através da Empresa Salvador Turismo (Saltur), e da Caixa Econômica Federal, o festival é a primeira atividade do Instituto Mario Cravo Neto (IMCN) voltada para o público, desde a fundação da instituição, em 2017. Todas as atividades são gratuitas e abertas ao público. O acesso às palestras está limitado à capacidade das igrejas que sediarão os encontros.

“O festival nasce com o objetivo de fortalecer nossa plataforma de eventos, diversificando as atividades voltadas para a economia criativa da cidade. Acreditamos na fotografia como plataforma de transformação e uma área especial de arte. O incentivo é essencial para o desenvolvimento dessa plataforma, assim como para inspirar os novos talentos”, diz o presidente da Saltur, Isaac Edington.

Atividades – Na abertura, que acontece às 19h de hoje (21), também será lançado o I Prêmio Mario Cravo Neto de Fotografia. A ação vai dar incentivo a um fotógrafo brasileiro ou naturalizado para realizar um projeto que será apresentado ao IMCN. “O Festival Transatlântico e o Prêmio Mario Cravo Neto de Fotografia são os primeiros passos para recolocar Salvador na cena nacional como o centro das artes visuais”, afirma o gestor do IMCN, Christian Cravo.

Além da exposição, que poderá ser visitada diariamente das 10h às 19h, haverá um ciclo de palestras com a participação de nomes da cena contemporânea da fotografia, propondo um diálogo sobre o homem transatlântico. Ainda como parte do evento, na escadaria da Igreja do Passo, também no Pelourinho, será montada uma exposição de retratos colorizados do Nordeste, que integram o acervo do colecionador Titus Riedl. As imagens expostas serão ampliadas no formato 2m x 3m.

As palestras terão como foco temas que vão da fotografia do cinema à etnografia. Dentre os convidados estão os cineastas Sergio Machado e Marco Del Fiol; a curadora geral do Festival de Arte Contemporânea Sesc-Videobrasil, Solange Farkas; Raquel Rezende, do Instituto Moreira Salles; Silvio Frota, diretor do Museu da Fotografia de Fortaleza; Titus Riedl, dono da maior coleção do Brasil de retratos pintados do Nordeste; Lázaro Roberto, do Zumvi – arquivo fotográfico que reúne a memória do povo negro da Bahia; Walmyra Albuquerque, professora do Departamento de História da UFBA; João Machado, fotógrafo que registra as tradições do sertão baiano e Rodrigo Rossoni, professor da Facom/Ufba e criador do projeto LAB/Foto.

Programação:

21/3 (quinta-feira)

19h – Abertura do festival com coquetel e lançamento do I Prêmio Mario Cravo Neto de Fotografia

22/3 (sexta-feira)

10h30 – Palestra com Christian Cravo e Solange Farkas – “O acervo do Instituto Mario Cravo Neto”

15h – Palestra com o cineasta Sérgio Machado – “A identidade visual dos filmes de Sergio Machado calcados na cultura baiana”

17h – Mesa redonda com Raquel Rezende (IMS), Lázaro Roberto (Zumvi) e Walmyra Albuquerque (Ufba) – “O acervo do Instituto Moreira Salles e a parceria com o IMCN”

23/3 (sábado)

10h30 – Palestra com o fotógrafo João Machado – “Registro fotográfico das tradições do sertão”

15h – Palestra com Silvio Frota – “O trabalho do Museu da Fotografia de Fortaleza”

17h – Palestra com Marco Del Fiol, diretor do documentário “Cravos”

24/3 (domingo)

10h30 – Palestra com Rodrigo Rossoni – Apresentação do projeto LABFOTO da Faculdade de Comunicação da Ufba

15h – Palestra com Titus Riedl – “Tradição dos retratos pintados do Nordeste”

17h – Palestra com o fotógrafo Pedro Vasquez – “A obra de Miguel Rio Branco”

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O Festival de Língua Portuguesa (Felpo) desembarca em Salvador em uma parceria entre a Prefeitura e o Global Media Group, um dos maiores grupos de comunicação lusitana, através da Rádio TSF, para comemorar o aniversário de Salvador. O evento, que integra o Festival da Cidade, tem como objetivo celebrar a língua mesclando a cultura e reunindo artistas de três países: Angola, Brasil e Portugal.

Para o grande público, duas ações movimentam a cidade nos dias 29 e 30 de março. Em 29, data do aniversário da cidade, o Farol da Barra será palco do Concerto Internacional Salvador 470 anos. Um espetáculo inédito e produzido especialmente para a data, gratuitamente. Ao todo, nove cantores se revezam no palco a partir das 19h.

Um dos maiores nomes da música portuguesa, e com grande reconhecimento no Brasil desde seus primeiros shows em 2009, Antônio Zambujo é um dos artistas mais esperados da noite. O músico já cantou ao lado de ídolos brasileiros, a exemplo de Roberta Sá, Chico Buarque, Ney Matogrosso e Ivan Lins. Vale destacar que Zambujo gravou um disco completo com obras de Chico Buarque, e já esteve na lista do Grammy para o prêmio de melhor artista latino.

Outro destaque é o cantor angolano Paulo Flores. O compositor e intérprete é uma das principais referências na música de Angola, um músico de reconhecimento mundial e um defensor incansável do Semba. Segundo o próprio artista, sua música é para ouvir e para dançar:

Ainda sobre os convidados internacionais, destaque para a também portuguesa Ana Moura. A fadista, uma das mais famosas na atualidade, já vendeu mais de um milhão de discos no mundo todo e se destaca pelos diversos prêmios que acumula na carreira. Moura é aclamada pelo seu excelente timbre de voz, beleza e simpatia junto ao público.

Além dos artistas internacionais, músicos genuinamente baianos completam o concerto com músicas e apresentações em homenagem a Salvador e sua história. Daniella Mercury, Saulo, Carla Cristina, Márcia Freire, Magary Lord e Márcia Short vão levar todo a energia para o palco da Barra.

Troca de livros – A literatura também marca a Fespo. Isso porque um grande escambo de livros será realizado no Largo da Mariquita, no Rio Vermelho, no dia 30, a partir das 19h. A ideia da ação é espalhar a língua, fazê-la passar de mão em mão, ou seja, "traga um livro, deixe-o, e leve um novo para casa".

Na ocasião, será possível bater um papo com escritores, como é caso do ganhador do Prêmio Leya 2018, Itamar Vieira Júnior, além de Paloma Amado e Ricardo Viel, que fizeram a pesquisa para o livro “Com o mar por meio” - uma troca de correspondência entre Jorge Amado e José Saramago. Outro autor que participa da ação é Sérgio Rodrigues, escritor, jornalista e crítico literário brasileiro, vencedor do Prêmio Portugal Telecom de Literatura em 2014,

Vale ressaltar que o Feslpo acontece pela primeira vez, em Salvador, e vai ainda esse ano ser realizado em Lisboa.

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O Festival da Cidade, evento que vai comemorar o aniversário de 470 anos de Salvador com uma série de 60 atividades culturais em 20 pontos da capital, começa nesta quinta-feira (21) e prossegue até 31 de março. Tudo começa às 10h, na Praça Dois de Julho, no Campo Grande, com a VIII Semana do Artesão, iniciativa que, além de expor a arte de artistas locais, reúne música, artesanato, flores, gastronomia e brincadeiras.

O primeiro dia de festival conta ainda com oficinas voltadas para o empreendedorismo feminino, com o projeto Mulheres do Paraguaçu, que acontece até este sábado (23), no Espaço Cultural Alagados, no bairro do Uruguai, às 14h. Tem ainda a oficina Casulo de Artes Inclusivas, no Espaço Xisto Bahia, às 14h, evento voltado para gestores e agentes culturais e que estimula a vivência das dimensões da acessibilidade, possibilitando, na prática, a experimentação de barreiras encontradas por pessoas com deficiência.

Ainda na abertura do Festival da Cidade, das 14h às 19h, o Espaço Cultural da Barroquinha, espaço gerido pela Fundação Gregório de Mattos, segue com a exposição Orixás da Bahia, uma mostra composta por 16 estátuas confeccionadas em papel machê e em tamanho natural de divindades africanas, esculpidas pelo já falecido artista plástico Alecy Azevedo. As obras integram o acervo do Museu da Cidade e ficarão expostas na Galeria Juarez Paraíso.

Transatlântico - Na Rua do Passo, na Casa de Castro Alves, começa nesta quinta (21) o Festival Transatlântico de Fotografia, que reúne os trabalhos da suíça radicada brasileira Claudia Andujar e sua atuação histórica junto aos índios ianomâmis. O trabalho multicultural de Mario Cravo Neto e Miguel Rio Branco, além das fotografias da Salvador do século XIX, por Marc Ferrez e Alberto Henschel, também podem ser conferidos no evento..

Também na Rua do Passo, só que nas escadarias da Igreja do Santíssimo Sacramento, acontece a exposição de retratos colorizados do Nordeste, continuidade do Festival Transatlântico, voltada para a arte popular do interior nordestino de meados do século XX. As exposições podem ser vistas até domingo (24), das 10h às 19h, gratuitamente.

"O termo 'transatlântico' diz muito do que é a fotografia de Mário Cravo Neto, grande homenageado desta mostra. Seu trabalho reunia o melhor da cultura e da religiosidade soteropolitana. Também refletia o melhor do brasileiro em sua formação, com a influência do europeu e do africano, que, junto do habitante natural da terra, o índio, formaram esse ser também transatlântico, que é o povo brasileiro", afirma Christian Cravo, fotógrafo e curador do festival de fotografia.

Ciclo de palestras - O Festival Transatlântico de Fotografia acontece até este domingo (24). Além das exposições, haverá um ciclo de palestras com a participação de nomes da cena contemporânea da fotografia, propondo um diálogo sobre o homem transatlântico. As palestras terão como foco temas que vão da fotografia do cinema à etnografia.

Dentre os convidados estão os cineastas Sergio Machado e Marco Del Fiol; a curadora-geral do Festival de Arte Contemporânea Sesc-Videobrasil, Solange Farkas; Raquel Rezende, do Instituto Moreira Salles; Silvio Frota, diretor do Museu da Fotografia de Fortaleza; Titus Riedl, dono da maior coleção do Brasil de retratos pintados do Nordeste; Lázaro Roberto, do Zumvi – arquivo fotográfico que reúne a memória do povo negro da Bahia; Walmyra Albuquerque, professora do Departamento de História da UFBA; João Machado, fotógrafo que registra as tradições do sertão baiano; e Rodrigo Rossoni, professor da Faculdade de Comunicação da Ufba e criador do projeto LAB/Foto.

Programação do Festival Transatlântico de Fotografia:

21/3 (quinta-feira)

19h – Abertura do festival com coquetel e lançamento do I Prêmio Mario Cravo Neto de Fotografia

22/3 (sexta-feira)

10h30 – Palestra com Christian Cravo e Solange Farkas – “O acervo do Instituto Mario Cravo Neto”

15h – Palestra com o cineasta Sérgio Machado – “A identidade visual dos filmes de Sergio Machado calcados na cultura baiana”

17h – Mesa redonda com Raquel Rezende (IMS), Lázaro Roberto (Zumvi) e Walmyra Albuquerque (Ufba) – “O acervo do Instituto Moreira Salles e a parceria com o IMCN”

23/3 (sábado)

10h30 – Palestra com o fotógrafo João Machado – “Registro fotográfico das tradições do sertão”

15h – Palestra com Silvio Frota – “O trabalho do Museu da Fotografia de Fortaleza”

17h – Palestra com Marco Del Fiol, diretor do documentário “Cravos”

24/3 (domingo)

10h30 – Palestra com Rodrigo Rossoni – Apresentação do projeto LABFOTO da Faculdade de Comunicação da Ufba

15h – Palestra com Titus Riedl – “Tradição dos retratos pintados do Nordeste”

17h – Palestra com o fotógrafo Pedro Vasquez – “A obra de Miguel Rio Branco”

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