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A poluição do ar é um problema grave no mundo inteiro. Ela é responsável por 4,5 milhões de mortes por ano, e boa parte dessas mortes está associada às doenças respiratórias. A afirmação foi dada pelo pneumologista Álvaro Cruz, durante o workshop Soprar Salvador 2018, na manhã desta sexta-feira (28), no auditório do Wish Hotel da Bahia, no Campo Grande. O evento reuniu pesquisadores, empresários e gestores municipais para debater os impactos da poluição do ar na saúde e as políticas públicas voltadas para o tema.

Cruz explicou sobre como a emissão de poluentes tem impacto no dia a dia da população, através do acometimento ou agravamento de enfermidades que afetam o sistema respiratório, tais como crises de asma, doença pulmonar obstrutiva crônica, enfisema, infecções respiratórias agudas, resfriados e outras complicações. “Níveis intermediários de poluição do ar não muito distantes dos limites considerados aceitáveis podem gerar uma agressão ao aparelho respiratório, algo muito parecido com a que ocorre com o cigarro”, disse o especialista.

As principais emissões da capital baiana estão associadas à queima de diesel de veículos, situação comum que atingem as grandes cidades do país. “Salvador não é uma cidade industrial. Temos sorte de estar numa península. Isso nos protege bastante porque há muita brisa do mar. Não é uma cidade muito poluída, de forma geral. Mas em alguns pontos, por causa do trânsito mais pesado, pelo bloqueio da circulação do ar por conta de edificações, pode acabar ocasionando problemas”, explicou.

Qualidade – A farmacêutica Nelzair Vianna, que atua como fiscal de Controle Sanitário da Vigilância Sanitária de Salvador (Visa), falou da experiência com estudos sobre contaminação atmosférica em 2005 e 2006 no município. À época, não havia na capital nenhum tipo de monitoramento voltada para mensurar a qualidade do ar. Ela usou bromélias, plantas usadas como biomonitores, para obter indicadores de poluição em diversos pontos da cidade.

“As bromélias absorvem a poeira na superfície. A partir disso, leva o vegetal para o laboratório para fazer estudo do nível de metais presente na partícula”, explicou Nelzair. O bairro do Comércio foi o local que mais obteve concentração de poluentes no ar.

Foram apresentados resultados de outra pesquisa que identificou alto de poluição emitido pelos trios elétricos durante o Carnaval. “Nos últimos anos houve um avanço na politica pública com publicação de decreto municipal regulando festas populares e trazendo a questão da necessidade de monitorar esses eventos”, contou a farmacêutica, acrescentando que, em 2009, parte dos veículos da folia passaram a usar biodiesel. “Agora temos politica também para promover Carnaval sustentável, com vistorias e vigilância", pontuou.

Soprar – Durante a programação do workshop, o público tomou conhecimento do Sistema Operacional de Previsão da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Salvador (Soprar), projeto articulado pela Secis em parceria com o Instituto Gonçalo Moniz da Fundação Oswaldo Cruz (IGM-Fiocruz), Secretaria Municipal de Saúde (SMS), empresa ARIA, Cetrel e Inema.

A proposta é introduzir sistemas inovadores de modelagem, bem como indicadores da qualidade do ar, ferramenta que será útil para o planejamento de ações de vigilância em saúde, além de viabilizar o mapeamento de áreas de risco para a população. Com esses dados, será possível criar estratégias para a redução dos impactos negativos provocados pela poluição atmosférica e para a diminuição dos poluentes.

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