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Atuando no controle de doenças que podem ser transmitidas de animais para seres humanos e vice-versa, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Salvador, órgão vinculado à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), realiza diversas ações preventivas no combate a endemias, entre elas: raiva, leptospirose, chagas, esquistossomose, leishmaniose e arboviroses (dengue, zika e chikungunya). Aproximadamente três mil agentes executam de forma rotineira os trabalhos de campo, visitando imóveis, tratando depósitos onde podem ser encontrados os vetores das doenças e orientando a população.

No caso do combate à leptospirose, os profissionais de saúde atuam somente áreas consideradas de risco, como explica a bióloga e subgerente de ações básicas do CCZ, Eliaci Costa. “Os agentes fazem a desratização, que é a colocação de raticida em locais adequados em tocas e bueiros. O raticida utilizado é um anticoagulante que pode ser na forma de pó de contato, iscas peletizadas ou blocos parafinados. Mas antes de tudo há toda uma avaliação ambiental”, ressalta.

Três tipos de ratos são comumente encontrados nas ruas e que podem servir de vetor da leptospirose: rato de telhado, camundongo e ratazana - este último é considerado o principal transmissor no meio urbano. A recomendação é que se evite o contato direto da pele com água de chuva, córregos, rios e terrenos encharcados.

Leishmaniose - Ao picar o cão ou o homem, o inseto flebótomo pode transmitir o protozoário chamado Leishmania chagasi, responsável, no Brasil, pela leishmaniose visceral. Uma vez contaminado, o cão torna-se reservatório da doença e pode ser fonte de infecção para outros animais, ou mesmo para seres humanos que vivem ao seu redor. O enfrentamento preventivo do CCZ à leishmaniose ocorre em áreas consideradas vulneráveis. 

“Não temos registros atuais de transmissão da doença aqui em Salvador, mas fazemos a vigilância em áreas de fronteiras com o município, em locais onde existem ocorrências, como Simões Filho e Lauro de Freitas”, conta Eliaci. Para o procedimento, é feito teste rápido para leishmaniose visceral em cães domiciliados. Na ocasião é colhido apenas uma amostra de sangue retirada da orelha do animal. Dando positivo, o cão passa por uma coleta de sangue para análise no Laboratório Central de Saúde Pública Professor Gonçalo Muniz (Lacen).

Chagas - A doença de chagas é transmitida pelas fezes do barbeiro contaminado pelo protozoário Trypanossoma cruzi. Áreas domiciliares próximas a ambientes com vegetação ou que foram desmatadas geralmente são as mais suscetíveis para encontrar o vetor. Exemplos de bairros daqui de Salvador onde esses insetos são encontrados são Patamares, Alphaville, Trobogy, Canabrava, Boca da Mata. 

A vigilância é feita através dos Postos de Informação de Triatomíneos (PIT), encontrados em todos os distritos sanitários da capital. Os moradores podem levar para essas unidades os insetos que suspeitam ser barbeiros. A depender do resultado da ocorrência, uma equipe de endemia faz uma vistoria na residência do solicitante.

Esquistossomose – Os agentes da equipe de Malacolgia do CCZ fazem a coleta de caramujos em coleções hídricas (geralmente canais, córregos e esgotos) da cidade.  A depender da espécie, o molusco pode se tornar hospedeiro intermediário do verme Schistosoma. Cabe ao CCZ realizar avaliação ambiental para identificação da espécie, coletá-los para confirmação e exame de positividade em laboratório, além de orientar a população quanto as medidas profiláticas de higiene e saneamento.

Raiva - Cães e gatos domésticos podem receber imunização antirrábica gratuita em 92 postos físicos da rede municipal de saúde. As vacinas ocorrem de segunda a sexta-feira nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidade de Saúde da Família (USF). Os postos podem ser encontrados no Mapa da Saúde.

Arboviroses - Para combater os focos do Aedes aegypti, os agentes de endemias realizam diversas ações de rotina por toda a Salvador, promovendo visitas domiciliares e em pontos estratégicos – locais considerados criadouros potenciais, como cemitério, bueiros, oficina, borracharia, mercados e galpões que guardam materiais recicláveis.

Para o trabalho, são utilizados inseticidas, larvicidas e aplicação de inseticida a Ultra Baixo Volume (UBV) com carro fumacê. Diversas comunidades carentes também são alvos de mutirões de limpeza que reúnem, além dos profissionais do CCZ, agentes da Limpurb. Estes fazem roçagem em canteiros próximo a canais, além de remoção de entulho e de materiais descartados em via pública para eliminar possíveis criatórios de larvas do Aedes.

 

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