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Segundo dados do Ministério da Saúde divulgados em 2017 pelo Boletim Epidemiológico, estima-se que, anualmente, mais de 800 mil pessoas morram no mundo por suicídio. Como forma de discutir a prevenção do suicídio e as questões que permeiam a temática, profissionais da rede municipal e usuários do serviço participaram nesta quinta-feira (5) do III Simpósio em Saúde Mental, no auditório do Ministério Público da Bahia, no bairro de Nazaré.

O encontro em alusão ao Setembro Amarelo promovido pela Prefeitura, por meio da Coordenadoria das Redes de Atenção à Saúde Psicossocial, vinculada à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), teve como tema principal “O suicídio: Falar sempre é a melhor solução, ouvir é uma arte”.

Na oportunidade, estiveram presentes profissionais como psiquiatra, terapeuta ocupacional e psicólogos, que discutiram temas como o suicídio infanto-juvenil e entre a população LGBTQI+, e o papel do Ministério Público diante das políticas de prevenção na infância e adolescência.

Para o coordenador de Saúde Mental da SMS, Allann Carneiro, o crescimento do número de pessoas tentando suicídio reforça a necessidade de falar e buscar meios para cuidar da saúde mental coletiva.

“A saúde mental é um tema complexo, multifatorial que precisa de uma atenção especial. Diversas questões impulsionam as pessoas ao sofrimento intenso a ponto de pensar na morte. Esse encontro é justamente para debruçarmos sobre o tema e discutir possibilidade de cuidados, provocando e levantando questões de ordem prática que possam promover a prevenção e os cuidados para que com essa situação, possamos evitar que cidadãos morram por conta desse sofrimento”, afirmou

Responsável por ministrar a palestra “Suicídio infanto-juvenil: como prevenir e tratar?”, o psiquiatra Ivan Araújo aproveitou o momento para, junto aos presentes, entender o que tem levado o aumento dos casos e discutir como pode ser melhor realizado o cuidado em rede.

“Suicídio é um tabu. E estamos falando de uma forma de sofrimento muito grave. A identificação precoce, para que não chegue aos casos mais graves, ajuda bastante a mudar esse quadro. Esse momento é de grande importância pois vamos trocar experiências e conhecimentos para discutirmos o que pode ser feito para melhor atender a população”, declarou.

Intervenção - As “possibilidades de intervenção diante do comportamento suicida”, foi abordado pela psicóloga Ariane Vasconcelos, que, dentre diversos itens, tratou de assuntos como a importância do papel da escola e da família, além de como proceder em situações de emergência como a tentativa de suicídio, assim como os primeiros socorros e os encaminhamentos que devem ser feitos.

“O primeiro fator a tratar é a prevenção. É importante orientar as pessoas para que possam lidar da melhor forma com essa situação. Quanto mais falar sobre suicídio deixar de ser um tabu, mais pessoas serão beneficiadas com o acolhimento e com o ouvir sem julgamento. Falar sobre o suicídio previne e ajuda a inibir o ato, pois a pessoa consegue externalizar esse sentimento e, a partir daí, ter uma rede de apoio que o atenda e ajude. Quanto mais cedo a pessoa procurar ajuda, maiores são as chances que esse problema não seja desenvolvido ao fator de risco”, contou.

Dados - Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é um indicador de mortes evitáveis que ocorre durante todo o curso de vida e foi a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos em todo o mundo no ano de 2016.

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