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Apesar de não ser motivo de alarme, a presença de animais selvagens, principalmente ofídios, em unidades escolares, prédios públicos, residências e em alguns campus universitários  de Salvador tem mobilizado o Grupamento de Proteção Ambiental (Gepa) da Guarda Municipal, cujos procedimentos tem como objetivo garantir a integridade física da população e a vida do animal. Nesta sexta-feira (18), uma cobra-cipó foi resgatada pelo grupamento, desta vez na Rua Santa Maria Gorete, Vila Laura, após chamado de um morador. Segundo o coordenador do Gepa, Robson Pires, o primeiro passo a ser dado em caso de ocorrência desta natureza é entrar em contato com o grupamento e evitar a captura ou o estresse do animal.

Robson explicou que a tentativa de captura coloca em risco a integridade física tanto do animal como da pessoa que adotar esse procedimento, e é de vital importância uma comunicação com o grupamento, que dispõe de equipes treinadas e qualificadas para lidar com esse tipo de situação, adotando ações que permitem o encaminhamento a órgãos executores de política ambiental ou devolvê-lo ao seu habitat. De acordo com o responsável pelo órgão, a cada ano cresce o número de animais que vivem foram do âmbito doméstico encontrados em Salvador, sendo que 10% deles integram o grupo das cobras.

As jiboias figuram entre as cobras mais encontradas pela população, e as sucuris vêm logo a seguir, mas isto não significa que as pessoas devam entrar em pânico: basta que o fato seja comunicado imediatamente ao Gepa para as devidas providências. Para fazer frente a essas ocorrências, o Gepa recebe treinamentos reciclagens junto a órgãos como o Instituo do Meio Ambiente (IBAMA), Projeto Tamar - responsável pela proteção e preservação de tartarugas -, Instituto de Mamíferos Aquáticos (IMA), Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA) e Núcleo de Ofiologia e Animais Peçonhentos (NOAP), ligado à Universidade Federal da Bahia (UFBa).

Após a captura, essas copas são encaminhadas para o NOAP, onde passam por avaliações médico-veterinárias. Só então, esses animais são considerados aptos ao retorno ao ambiente natural. Segundo a coordenadora do núcleo, Rejane Lira, nenhuma serpente pode ser solta sem antes passar por essa avaliação, pois se estiverem com alguma doença podem disseminá-la para outras cobras saudáveis. “Enquanto estão no serpentário, as cobras são registradas. Além disso, a escama é retirada para armazenamento em nosso banco de tecido. Todos esses dados subsidiam pesquisas sobre as diferentes espécies”, afirma.

Cuidados - O coordenador do Gepa chama a atenção para uma série de procedimentos que deve ser evitada quando alguém encontra animais que vivem fora do ambiente doméstico, e cita como o principal deles a adoção desses animais. Segundo Pires, “adotar um animal selvagem significa colocar em risco não só a vida deste mesmo animal, de toda a família e até mesmo dos vizinhos porque não se sabe se esse animal é sadio, quais são seus hábitos e reações, principalmente no que se refere a agressividade”. Outro cuidado a ser tomado é nunca alimentá-los porque isso representa uma criação de vínculo.

Cerca de 80 cobras já foram capturadas pelo Gepa desde o início do ano até o mês de abril - última atualização feita pelo grupamento. Além das cobras, há gaviões, corujas e sariguês entre os animais comumente capturados pelo grupamento. Eventualmente são encontrados também pinguins, logo encaminhados ao Instituto de Mamíferos Aquáticos para os devidos cuidados. Quem vir um animal silvestre em área urbana deve entrar em contato imediato com a corporação por meio do telefone (71) 3202-5312.

 

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