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Avançar na alfabetização de crianças ainda no primeiro ano do Ensino Fundamental, corrigir índices de distorção idade-série e otimizar a aplicação de recursos no desenvolvimento da rede municipal de Educação. Estas são as três principais frentes que balizarão a Prefeitura no desenvolvimento do ano letivo que se inicia em Salvador, cujas aulas virtuais serão iniciadas na próxima segunda-feira (22), em meio à pandemia da Covid-19. 

O tema foi abordado nesta quinta-feira (18), durante seminário da Jornada Pedagógica 2021, promovida pela Secretaria Municipal da Educação (Smed). O evento ocorreu de forma virtual e contou com as presenças do prefeito Bruno Reis; da vice-prefeita e secretária de Governo (Segov), Ana Paula Matos; e do titular da Smed, Marcelo Oliveira; além de professores, coordenadores e representantes da educação do município. 

O prefeito falou sobre as expectativas para o ano letivo que se inicia em meio a uma crise sanitária que segue afetando todo o segmento escolar do país. “A pandemia trouxe diversos efeitos colaterais, dentre os quais se refletem na educação, com a falta de aulas presenciais. Só com muito trabalho, empenho e decisão firme de investimentos e recursos poderemos reparar o tempo perdido e crescer na qualidade do ensino”, destacou. 

Conforme o chefe do Executivo municipal, o principal desafio será universalizar o acesso das crianças de dois e três anos à creche. Para isso, a ideia é seguir ampliando na construção de Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), além de manter parcerias com creches e escolas comunitárias e avançar o programa Pé na Escola. 

O prefeito reforçou que, além de prejuízos sem precedentes, a pandemia possibilitou à rede municipal se reinventar com auxílio da tecnologia. Neste cenário, toda a estrutura que está sendo empregada para a realização das atividades remotas, por exemplo, servirão para ampliar o reforço e ensino integral aos alunos da rede pública. “Quando for possível o retorno das aulas presenciais, pretendemos aproveitar essa tecnologia para, num turno ter aula presencial e, no contraturno, ter aula virtual”, afirmou. 

Avanços – Bruno Reis também traçou um comparativo da situação que a capital baiana estava no início de 2013, reforçando os avanços que a cidade alcançou. “A realidade de Salvador era de escolas deterioradas. Não havia plano de cargo e salário para valorizar os servidores da educação, a merenda escolar não era de qualidade, o material pedagógico distribuído para as crianças, assim como fardamento, não ocorria com regularidade”, enumerou. 

Salvador, acrescentou, ocupava a última posição no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Graças aos esforços dos profissionais que atuam na rede, a cidade foi que a mais avançou no índice. Além disso, a Educação Infantil, que contava com apenas 17 mil vagas, hoje chega a ofertar quase 50 mil, praticamente universalizando o acesso das crianças no segmento. 

O prefeito também assegurou que a educação da cidade será prioridade e que o governo municipal seguirá investindo mais de 25% da receita no setor. “Os recursos, mesmo com pandemia e dificuldade de arrecadação, estão assegurados”. 

Eixos – O secretário Marcelo Oliveira falou dos desafios de se conduzir o ensino da cidade em tempos de pandemia. Ele elencou três vertentes que a administração municipal terá que empregar pela frente. 

“Primeiro: vamos dar ênfase absoluta na alfabetização. Temos crianças do terceiro, quarto até quinto ano que não sabem ler ou escrever corretamente. Esse problema acontece em várias redes de ensino no Brasil inteiro. Vamos desenvolver um programa, chamado de Aprender para Valer, que vamos buscar a alfabetização dessas crianças no primeiro ano. No segundo ano, faremos apenas uma eventual correção dos que não lograram a fluência na leitura e na escrita”, explicou. 

Outro assunto que será pauta permanente é corrigir a distorção idade-série. “Caso contrário, corremos risco de aumentar a evasão escolar. Temos no Ensino Fundamental II cerca de 8 mil alunos com dois ou mais anos de defasagem. Isso é um desastre porque as crianças se desestimulam. Se elas não passam de ano, vão ficando mais velhas e entram na adolescência nas séries iniciais”, complementou o secretário. 

“O terceiro e não menos importante projeto é trabalhar, todos nós, 100% dos nossos profissionais, incluindo professores, diretores e gerentes, no controle rigoroso de custos. Precisamos ter indicadores de desempenho em termos de eficiência de aplicação de recursos públicos que não poderão ser desperdiçados, nem sofrer o mínimo desvio de finalidade”, afirmou o gestor. 

Fortalecimento – A vice-prefeita Ana Paula Matos, por sua vez, agradeceu ao apoio de todos os colaboradores que atuam para o funcionamento da educação na rede municipal. Ela chamou atenção para as dificuldades que a pandemia de Covid-19 impôs na cidade, provocando mudanças e reavaliação da estratégia educacional e pedagógica. “Toda a questão de ensino-aprendizagem passou a estar em xeque, mas a única certeza que temos é que sairemos desse processo como seres humanos e profissionais melhores”, disse.  

Ela também defendeu a necessidade de se intensificar os esforços para fortalecer o vínculo entre a escola e as famílias.  “Estou com a missão de coordenar as ações sociais na cidade, entre elas o programa Vida Nova. A iniciativa contará com um comitê local que reunirá a gerência do posto de saúde, a diretoria da escola, a coordenadoria do Cras, a gerência de educação, entre outros atores, para pensar em ações que precisam ser fortalecidas dentro da casa dos alunos. Isso vai permitir melhor formação pedagógica e fortalecerá vínculos familiares”, completou.

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