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Com o objetivo de reduzir os índices de denúncias de poluição sonora causadas por cultos religiosos, a Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom) iniciou, desde o dia 29 abril, um ciclo de palestras com foco no setor, que somente entre janeiro e maio deste ano gerou 870 reclamações.

 

A ação já atingiu 84 igrejas nos bairros de Praia Grande, Castelo Branco, Luis Anselmo, Brotas, Boca do Rio, Itapuã, Canabrava e Cosme de Farias. A meta da Sucom é abarcar os 12 bairros mais barulhentos de Salvador até o final do ano.

Em 2010, cultos religiosos figuravam em 3º lugar no ranking de denúncias registradas na Sucom. Com o trabalho de conscientização promovido pelo órgão, em 2012 caíram para a 6º posição. No entanto, nos primeiros meses desse ano, o setor passou a ocupar o 5º lugar. “Novas igrejas surgiram e, consequentemente, o volume de queixas referentes a cultos voltou a crescer. Estamos intensificando o ciclo de palestras, que já se mostrou um equipamento eficiente para a solução do problema em anos anteriores”, ressalta o gerente de Fiscalização e Prevenção à Poluição Sonora (Gefip), Judielson Castro.

Em termos gerais, templos religiosos representam 3% das denúncias de poluição sonora recebidas pela autarquia. Desse total, cerca de 90% estão relacionadas às igrejas evangélicas. “Geralmente, os cultos nesses locais têm bandas de música, caixas de som e microfones em ambientes sem tratamento acústico, o que gera grande incômodo na vizinhança”, explica Edson Silva, especialista da Gefip.

Para sediar o evento, é escolhida a igreja mais central da região e em seguida todos os cultos religiosos localizados no entorno são convidados a participar. Além de tratarem da legislação do tema, as palestras abordam os problemas de saúde e incômodo ambiental. “Escolher um imóvel adequado e fazer um tratamento acústico é muito importante. Mas é preciso ressaltar que som alto durante o culto também é prejudicial para os próprios frequentadores. Estar exposto a altos níveis de decibéis (db) pode gerar perda auditiva, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS)”, afirma Judielson.

Após participar de uma palestra ministrada pela Sucom, Edgar Menezes, pastor da Igreja Internacional da Graça de Deus, localizada em Itapuã, decidiu implementar um isolamento acústico em todo o interior do local, o que beneficiou tanto a vizinhança que sofria com o barulho nos dias de culto, como os fieis. “Aprendemos que um ambiente tranquilo, com som equalizado, faz bem para a saúde auditiva de todos. Acredito que todas as igrejas deveriam fazer esse trabalho, pois isso facilita o convívio com os vizinhos e com os próprios membros da igreja”, comenta.

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