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Na próxima quarta-feira (03), às 19h, a Casa do Benin, que reúne um dos maiores acervos de arte e cultura africana do Brasil, será entregue à população totalmente restaurada.

Na próxima quarta-feira (03), às 19h, a Casa do Benin, que reúne um dos maiores acervos de arte e cultura africana do Brasil, será entregue à população totalmente restaurada. As obras, iniciadas em maio pela Fundação Gregório de Mattos, foram intensificadas para que baianos e turistas possam visitar o espaço ao longo de toda alta estação, e saber mais sobre a influência do povo do antigo Daomé, terra dos últimos escravos trazidos para o país, além de conferir o instigante trabalho da arquiteta italiana Lina Bo Bardi, responsável pelo projeto de reforma do casarão do século XIX situado no Largo do Pelourinho.

Totalmente reformado, o local passou por relevantes intervenções e será entregue com uma nova estrutura física, sinalização especifica do acervo e dos ambientes, além de diversas novidades na funcionalidade da casa. A FGM realizou a recuperação do reboco, azulejo e piso, além da reabilitação das estruturas de concreto atingidas por oxidação, tabuado de madeira, alvenaria aparente, grades e balcões, entre outras melhorias.

A revitalização do espaço visa restabelecer a parceria de intercâmbio cultural com a África, através da exposição de obras que dialogam com o passado e enfatizam a ligação da cidade de Salvador com aquele continente. O térreo da Casa do Benin contará com uma exposição permanente com obras catalogadas pelo antropólogo e fotógrafo francês Pierre Verger. Os outros dois andares do prédio serão dedicados a exposições itinerantes.

Reabertura - Para a inauguração, o prefeito de Salvador, ACM Neto, juntamente com o secretário de Desenvolvimento, Turismo e Cultura, Guilherme Bellintani, e o presidente da Fundação Gregório de Mattos, Fernando Guerreiro, farão as honras da casa, apresentando a nova estrutura e explicando como será utilizado o espaço de agora em diante. O grupo Coletivo de Tambores fará uma apresentação na área externa da Casa do Benin, recepcionando os convidados, e em seguida, o grupo Aspiral do Reggae mostra sua arte no pátio interno. Quem também se apresenta na área interna da casa é Dão Anderson, encerrando a programação de reinauguração.

Mútua influência - Especialista em estudos africanos, a professora Iray Galrão, que presta consultoria ao espaço, destaca a importância da recuperação do espaço. “Todas as instituições que remetem à África são muito importantes, mas, na minha opinião, a Casa do Benin é ainda mais. De lá, quando ainda era o reino no Daomé vieram os últimos escravos africanos para o Brasil. Com a abolição, muitos deles voltaram para casa levando a influência da cultura e costumes que tinham experimentado no Brasil”, explicou.

Segundo ela, o resultado dessa influência pode ser visto até hoje no estilo das construções erguidas no Benin pelos que voltaram, conhecidos como agudás. “Eles também fazem Lavagem do Bonfim, Bumba Meu Boi e Carnaval. Nós, por outro lado, herdamos muitas coisas deles”, comenta a especialista.

A Casa do Benin, que foi inaugurada em 1988, é resultado de um intercâmbio cultural entre a Bahia e o país africano Benin, que passou a se chamar assim quando o antigo reino do Daomé se tornou República. O espaço fica na Rua Padre Agostinho Gomes, 17 – Pelourinho. Um dos destaques do projeto é a escadaria concedida por Lina Bo Bardi, que atrai estudantes de arquitetura de todo o país.

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