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No ato de criação do Museu da Cidade, em 5 de julho de 1973, uma sala inteira foi dedicada para ressaltar a importância da religiosidade de matriz africana. Criadas pelo artista plástico Alecy Azevedo, com assessoria da ialorixá Mãe Menininha do Gantois, 16 estátuas em tamanho natural de divindades africanas, esculpidas em papel machê, foram dispostas no local. A ideia foi de Elyette Magalhães, então diretora do museu e conhecida por ser mulher de personalidade forte, ideias e visão além do tempo – como exemplo, usava turbantes em plena década de 1970, como maneira de reforçar a ligação com o candomblé.

Um pouco dessa história pode ser revivida pelo público na exposição “Orixás da Bahia”, que está disponível gratuitamente de quarta a domingo, das 14h às 19h, no Espaço Cultural da Barroquinha, administrado pela Fundação Gregório de Mattos (FGM), no Centro. A curadoria da exposição tem assinatura do artista visual, cenógrafo, aderecista e figurinista Maurício Martins, com consultoria religiosa de membros do Terreiro do Gantois.

O cenário promove um diálogo entre elementos da ancestralidade e da contemporaneidade. Para recuperar as roupas (figurinos) e os adereços que vestem as esculturas de Azevedo, Martins contou com a coordenação da museóloga e gerente de Bibliotecas e Promoção do Livro e Leitura (FGM), Jane Palma, e das costureiras Joselita França, Alzedite Santos, Clara Guedes e Regina Celia Santos.

 

Demais exposições – Bem ao lado do Espaço da Barroquinha, outra exposição gratuita também chama a atenção do público. A vida e obra de Gregório de Mattos e os mais de 30 anos da Fundação que leva o nome do poeta baiano podem ser conferidas na mostra GREGÓRIOS, que acontece de quarta a domingo, das 14h às 19h, no Teatro Gregório de Mattos (TGM).

Ambientada num circuito dinâmico e criativo no interior do TGM, a mostra possui diversas texturas e é composta pela vasta obra creditada a poeta. No local, o público acompanha a atmosfera seiscentista da capital baiana, por via da iluminação, dos sons, de imagens e objetos. GREGÓRIOS foi o último trabalho assinado pelo artista plástico e cenógrafo Joãozito – após o falecimento, o projeto vem sendo tocado pela viúva e artista plástica Lanussi Pasquali.

Já na Casa do Benin, no Pelourinho, a exposição AFÉTO, do fotógrafo paulista Roger Cipó, entra na reta final e pode ser visitada até o próximo dia 3, de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h. Com curadoria de Marco Antonio Teobaldo, as imagens chamam a atenção para as relações de afeto constituídas dentro dos terreiros de candomblé no Rio de Janeiro e em São Paulo.

São raros e delicados registros que revelam a interação dos fiéis entre si, como uma família ao redor das obrigações sagradas, e durante as cerimônias, quando os orixás manifestam seu afeto por meio de suas sacerdotisas e sacerdotes. Adepto da religião de matriz africana, Cipó é alabê – responsável pela orquestra dos atabaques. Além de AFÉTO, o público também pode apreciar a exposição permanente com acervos da coleção de Pierre Verger, com artefatos que o antropólogo e fotógrafo franco-brasileiro trouxe da Costa do Benin, no continente africano.

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