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Quase despercebido no meio da Baixa dos Sapateiros, devido ao estado avançado de degradação, o Mercado Municipal de São Miguel já foi um dos principais centros de comércio popular de Salvador, responsável também por uma tradição: a do oferecimento, pelos comerciantes, do caruru de Santa Bárbara, no louvor que acontece sempre no dia 4 de dezembro e que faz parte do calendário de festas populares da cidade. E o resgate desse passado histórico e cultural é o que norteia o projeto de reconstrução do equipamento, desenvolvido pela Prefeitura por meio da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF).

Aliado ao resgate das tradições, a proposta traz uma arquitetura contemporânea do mercado, com o intuito de causar impacto a uma região que tem sofrido problemas com a economia, a degradação e o despovoamento. Todo o equipamento será praticamente implantado no andar térreo, com infraestrutura que engloba cerca de 50 boxes e demais itens, como sanitários, acessibilidade e estacionamento. Além disso, inclui um mezanino que servirá para realização de exposições artísticas e pequenas apresentações musicais. O valor final da obra será divulgada em novembro após detalhamento final do projeto.  

A ser construída em estrutura metálica, a fachada apresenta ainda a implantação de uma área verde urbana – tendência adotada nas principais cidades do mundo, dentro da ideia de ampliação do corredor de acesso ao mercado. A estimativa é de que todos os projetos complementares, a exemplo dos sistemas elétrico e hidrossanitário, estejam concluídos até novembro deste ano. O investimento será definido após a conclusão do projeto, em novembro. 

 “O valor do mercado é o próprio valor simbólico e histórico das pessoas que frequentavam o local para consumir comidas tradicionais, produtos regionais e festividades como a de Santa Bárbara. O projeto foi totalmente modificado, no sentido de que desse um impacto de contraste interessante de uma região como a do Centro Histórico. É preciso atrair as pessoas para o mercado, que é um elemento importante dentro de uma série de outros projetos que a Prefeitura vai desenvolver na região”, complementa a presidente da FMLF, Tânia Scofield.

História – Quase fechado, o Mercado de São Miguel possuía mais de 100 boxes instalados em uma área de, aproximadamente, 1,6 mil m². Dentre os produtos mais comuns vendidos no local estavam ervas e artigos ligados à cultura de matriz africana. No entanto, como todo o comércio popular, também poderiam ser encontrados bares e restaurantes.

Construído em 1965 o ápice do mercado foi registrado entre os anos de 1970 e 1990. No entanto, foi sofrendo degradação junto com a Baixa dos Sapateiros, devido á baixa frequência de consumidores. A estrutura faz parte de uma área tombada, juntamente com o Pelourinho, como Patrimônio da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).

 

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