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Olhares curiosos, encantamento e diversas perguntas. As descobertas e sensações foram experimentadas por 30 jovens atendidos pelo Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas) do Garcia, durante a visitação à Casa de Jorge Amado, no Rio Vermelho, nesta terça-feira (23). A atividade cultural é uma das ações que se somam ao trabalho socioeducativo oferecido pela instituição.

Enquanto observava as cartas e os bilhetes escritos por Jorge Amado, expostos em uma das alas da Casa, o jovem J.S., 20 anos, comentou sobre as impressões ao entrar pela primeira vez em um museu. “É um sonho poder conhecer de perto a história de um dos grandes escritores do mundo. Além disso, a energia daqui é muito positiva. Poder estar perto dos objetos que passaram pelas mãos de Jorge, de sua esposa Zélia e de familiares é algo emocionante”, declarou o rapaz, acompanhado pelo Creas há um ano.

Mais adiante, a jovem T.S., 18 anos, ouvia atentamente as explicações de Adriana Adhil, uma das instrutoras da Casa. Antes de entrar em um dos cômodos, que relembra a cozinha da residência onde viveu a família Amado, T.S. fez questão de entender um pouco mais sobre o candomblé e a ligação do escritor Jorge Amado com a religião. “Fico muito feliz quando saio do Creas e participo dessas atividades. Sempre aprendo muito”, frisou a jovem.

De acordo com a coordenadora de Creas/Garcia, Milena Mercês, as atividades de acesso a espaços culturais fazem parte do trabalho socioeducativo desenvolvido pelo centro. “São jovens em situação de vulnerabilidade e que, muitas vezes, nunca tiveram acesso ao lazer e a cultura. É nosso papel criar essas possibilidades e inseri-los em ambientes que agreguem e tragam conhecimento e informações sobre a nossa cidade, as nossas personalidades, a nossa história”, explicou. Atualmente, o Creas/Garcia atende 118 famílias cadastradas e 39 jovens e adolescentes que cumprem medidas socioeducativas.

Atuação – Além da unidade do Garcia, a capital baiana conta com mais seis Creas que funcionam em Boca da Mata, Avenida Bonocô, Cabula, Curuzu, Fazenda Coutos e Itacaranha. As unidades são espaços que funcionam como verdadeiros núcleos estruturantes de um conjunto de ações sociais especializadas voltadas ao atendimento do cidadão ou família em situação de violação de direitos. O público-alvo destes centros são crianças e adolescentes vítimas de exploração sexual, mulheres em situação de violência e adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa, entre outros.

Um dos serviços mais importantes prestados através dos Creas é o combate ao abuso e à exploração sexual e outras formas de violência contra crianças e adolescentes. O atendimento sempre tem como foco a família, não somente o indivíduo. O objetivo do trabalho é fortalecer os vínculos familiares; incluir as famílias na rede de proteção social e serviços públicos; contribuir para romper o ciclo de violência no interior da família; contribuir para a reparação de danos e a incidência de violação de direitos; e prevenir a reincidência de violação de direitos.

Entre as ações desenvolvidas estão o atendimento e acompanhamento, entrevistas, visitas domiciliares e institucionais, encaminhamentos à rede socioassistencial, reuniões e ações comunitárias, palestras voltadas às famílias e à comunidade, oficina de convivência e de trabalho socioeducativo, campanhas socioeducativas e articulação com o Sistema de Garantia de Direitos (SGD), que envolve o Ministério Público, Juizado da Infância e Juventude e Conselhos Tutelares.

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