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Um verdadeiro baile a fantasia. Assim foi o Furdunço, o movimento que invadiu o Circuito Dodô (Barra-Ondina) na abertura oficial do Carnaval de Salvador. A diversidade de foliões vestidos e travestidos de personagens de contos de fadas, de figuras folclóricas, anjos, salva-vidas, índios e piratas só serviu para mostrar como a folia soteropolitana está cada vez mais criativa e democrática. Tudo em clima de tranquilidade e irreverência. Teve até máscara de Ivete Sangalo.

Moradora da Pituba, a empresária Samira Tanuri, 50 anos, costumava brincar a folia em espaços reservados. Mas este ano, por acaso, decidiu pular no meio do povão. “Nunca vim aqui na Barra. Estou me sentido turista aqui em Salvador porque sempre fui para camarote. Estou me sentindo super protegida aqui e apaixonada pelo Carnaval sem cordas, solta. Antes tinha medo e ficava preocupada”, confessou. Samira dançou muito quando as primeiras atrações do Furdunço arrastavam foliões no início da noite.

O marido dela, o advogado Rui Pessoa, 55, também gostou do que viu: “Está extremamente organizado. É um Carnaval que está crescendo. Não vi nada de violência. Estou me divertindo bastante e vamos até a hora que der pra curtir essa brincadeira do Furdunço. Estarei aqui todos os dias”, prometeu.

O trio de suíços Thomas Steiner, 45, Raul Borrallo, 46 e Dino Ferrari, 50, mal entendia o significado dos versos e letras das músicas tocadas pelos pranchões e minitrios que circulavam na festa do Momo. Fantasiados de romanos, eles chamaram atenção de muita gente no circuito. Carnaval tem essa característica: mais vale entrar no clima das ruas do que entender todos os seus significados.

“É a primeira vez nossa no Carnaval de Salvador. Viemos de romanos porque foi a primeira roupa que encontramos na Suiça Estamos aqui para ver Cláudia Leitte e Daniela Mercury. Pena que Ivete não estará presente”, lamentou Thomas, que parece se identificar mesmo é com o axé das divas. Os “césares” se comprometeram a frequentar todos os dias de festa até domingo.

Os adornos e enfeites usados por algumas pessoas chegaram a ultrapassar o limite da zoeira e da irreverência. Foi o caso do garçom Amarildo Aguiar, 27, que decidiu passar uma mensagem ao público através da fantasia de Nega Maluca. Parecia até celebridade, sendo chamado de uma lado a outro pelos foliões passantes que queriam tirar selfies com ele.

“Já é o segundo ano que venho assim e o que me motiva é que a Nega Maluca representa não só os negros como as mulheres trabalhadoras, fortes. É essa mensagem que eu quero mostrar”, disse Amarildo. Para ele, o Carnaval soteropolitano tem melhorado a cada edição: “Este ano está melhor do que o ano passado, porque tem mais trios, fora que a segurança está ótima”, afirmou.

O Furdunço contou com mais de 20 atrações após saída do trio da cantora Cláudia Leitte, nesta quinta de Carnaval. Foi ela quem deu o ponta-pé da abertura do Carnaval ao embalar o público com hits da carreira como Taquitá, Baldin de Gelo, Matimba, e vários outros sucessos. Dan Valente, Juan e Ravena, banda Alaiye, Peu Baiano, Armadinho, Alavontê e outros minitrios prosseguiram com os desfiles da noite.

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