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A imponência dos trios elétricos e camarotes do Carnaval de Salvador exige disciplina dos organizadores em vários aspectos. Um deles é o cumprimento do Decreto de Festas Populares 20505/98, que estabelece limites para a sonorização. Em três dias de festa, a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) realizou 149 intervenções de combate à poluição sonora, mas nenhuma autuação foi registrada.

A Semop realiza as atividades de medição, acompanhamento dos trios, monitoramento de camarotes, palcos e estruturas instaladas em bairros onde acontece a folia, através de equipes que circulam pelos locais da festa. “Até esse momento, foram realizadas duas notificações em estabelecimentos comerciais sem licenciamento para utilização de equipamentos de som”, disse Márcia Cardim, coordenadora de Fiscalização Sonora.

Para os trios, o limite é 110 decibéis e na área interna dos camarotes e palcos, a tolerância é até 100 decibéis. “A população está muito mais consciente de seus direitos e deveres quanto à poluição sonora. Não mais encontramos trios elétricos com sonorização acima do permitido com impedimento de entrar nos circuitos. Os responsáveis estão atentos, até em função das campanhas que fazemos ao longo do ano, orientando e fiscalizando casas de show, conversando com comerciantes durante a montagem das estruturas no pré-Carnaval, exigindo que as regras sejam cumpridas”, afirmou Márcia.

“Nesse Carnaval, notamos a poluição produzida por alguns vendedores ambulantes que, para atrair a clientela, investem em decibéis além do permitido, provocando reações dos foliões, mas quando recebemos denúncias e conversamos com eles para reduzir o volume, não encontramos resistência, logo se adaptam às regras. Caso contrário, as atividades são desativadas e os equipamentos poderão ser apreendidos”, acrescentou Márcia.

Dentro do permitido - Durante a passagem do trio sem cordas de Pablo Vittar pelo Circuito Osmar (Campo Grande), na tarde deste domingo, a potência sonora chamou a atenção dos foliões, passando pela vistoria de técnicos da Semop que estavam na pista. Entretanto, o equipamento registrou 103 decibéis, volume dentro do permitido.

A costureira aposentada Risalva Lima, que gosta de acompanhar os figurinos e performances dos artistas, elogiou o som e ficou ainda mais tranquila quando soube que, apesar do tamanho do trio, a saúde auditiva de quem estava no camarote ou na pipoca não corre riscos. “Já ouvi dizer que, além de surdez temporária, a gente pode sentir taquicardia e mal estar com o som alto. Mas por aqui está tudo beleza. Esse trabalho de acompanhamento é fundamental. Dá vontade de ficar e dançar ainda mais”, brincou.

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