Cerca de 150 pulseiras de identificação já foram distribuídas para crianças de 0 a 7 anos que estão em companhia dos pais no Réveillon de Salvador. A informação é da Coordenadoria de Proteção Especial da Secretaria Municipal de Promoção Social Esporte e Combate à Pobreza (Semps), que todo ano atua na festa. Nas pulseiras são colocados o nome da criança, do responsável e um telefone de contato.

A coordenadora de Proteção Especial da Semps, Dinsjani Pereira, recomenda aos pais e responsáveis que evitem trazer criança para a festa. “Em determinado horário, a capacidade de circulação é muito reduzida, por isso a criança pode se perder, além de estar exposta a vários riscos, como o de agressão física”, diz.

Equipes também fiscalizam os vendedores ambulantes para combater o trabalho infantil. Até o momento, 12 famílias que trabalhavam com crianças e adolescentes já foram abordadas. Quatro estavam efetivamente trabalhando no momento da abordagem. Os profissionais da Semps tentam convencer os pais e responsáveis dessas crianças a levá-las para casa, além de cadastrar essas famílias e encaminhá-las ao Cras e Creas.

Todos aqueles com até 17 anos que estão trabalhando como vendedores ou acompanhando ambulantes são abordados. Os casos também são comunicados ao Conselho Tutelar. “Pedimos a esses trabalhadores que deixem essas crianças com algum familiar ou vizinho de confiança porque aqui elas estão vulneráveis. As famílias justificam que os menores estão apenas acompanhando, mas nunca é só isso. Elas passam troco e vendem também”, afirma Dinsjani.

No ano passado, 450 famílias foram abordadas e 78 crianças e adolescentes estavam trabalhando no Réveillon. Elas foram cadastradas pela Semps e mais de 50% tiveram acompanhamento posterior do Cras e do Creas. A expectativa da Semps é que o número seja ainda maior esse ano devido ao aumento do desemprego no país, mas tende a diminuir nos últimos dias da festa graças à ação do órgão