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Está ficando no passado o tempo em que soteropolitanos e turistas se deparavam com um Centro Antigo da cidade decadente e desvalorizado. A Prefeitura está promovendo uma verdadeira transformação nessa região, com inúmeras obras e projetos já em andamento e a serem iniciados. Entre as ações projetadas está a recuperação dos arcos da Ladeira da Montanha, da muralha do frontispício e do Elevador do Taboão. 

Os projetos foram elaborados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e doados para o Executivo municipal que, com recursos próprios, viabilizará as intervenções, a cargo da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra). A expectativa é que, dentro de três a quatro meses, as intervenções se iniciem, após processo licitatório. 

"Todos os 17 arcos da Montanha são acessados pela Ladeira da Conceição da Praia. As estruturas, que possuem relevância histórica e atualmente abrigam serralherias, marmorarias e artífices, estão completamente degradadas. Com isso, vamos estimular ainda mais o turismo no Centro Antigo, além de valorizar o nosso patrimônio histórico. Isso sem prejudicar as pessoas que já atuam na localidade", afirmou o vice-prefeito e titular da Seinfra, Bruno Reis.  

Valores artísticos - Construídas no século XIX, as edificações apresentam deficiências tanto na parte estrutural quanto nas instalações elétrica e hidrossanitária, resultando em ambientes insalubres aos ocupantes. A ideia é criar melhores condições de habitabilidade e salubridade nos espaços internos e consolidar as atividades comerciais tradicionais da área como referência para o restante da cidade. 

Além disso, o projeto busca destacar valores artísticos e suprimir elementos e volumes que atualmente descaracterizam o conjunto. “Há vários arcos ali que não têm nem sanitário. Vamos melhorar por completo as condições estruturais e alguns ganharão mezanino”, ressaltou Bruno Reis. 

As intervenções visam proporcionar melhor atendimento à comunidade, sem deixar de respeitar as características originais da área, e vão englobar tanto o interior quanto o exterior dos arcos. As obras serão divididas em duas etapas a fim de não prejudicar o dia a dia dos trabalhadores do local. Eles exercerão ofício em um novo anexo, que será construído no pé da Ladeira da Conceição, à medida que os imóveis estiverem em obras. 

“O processo de recuperação dos Arcos da Montanha foi dialogado com os trabalhadores locais, que só têm a ganhar com essa intervenção, e vai garantir maior conforto e segurança na função deles”, destacou o superintende do Iphan na Bahia, Bruno Tavares.  

Elevador - Na esteira dessas obras voltadas para áreas degradadas do Centro Antigo, o Elevador do Taboão, construído em 1896, vai ser completamente requalificado e reativado. Com isso, o ascensor se juntará a outras opções de transporte disponíveis a moradores e turistas que se deslocam entre as cidades Baixa e Alta, como Elevador Lacerda e planos inclinados Liberdade/Calçada, Gonçalves e Pilar. 

“A estrutura do elevador (do Taboão) foi analisada e, mesmo com o passar do tempo, ela está em bom estado de conservação. O equipamento vai voltar a funcionar, beneficiando toda a população do Pelourinho, Baixa dos Sapateiros e Comércio. O Taboão tem uma dinâmica muito boa por causa do comércio local”, pontuou Tânia Scofield, presidente da Fundação Mário Leal Ferreira, que recebeu os projetos do Iphan. 

O projeto contempla a restauração integral do elevador e das duas estações de acesso nos níveis inferior e superior, além de intervenções de modernização das instalações, buscando adequar a edificação às normas técnicas vigentes, inclusive de acessibilidade universal. Haverá áreas com mesas, sanitários e café. Já as cabines terão um aspecto completamente moderno com materiais e coloração que não desvirtuará a estética da estrutura original, se integrando perfeitamente ao resgate do uso original do monumento. 

“O Elevador do Taboão está fechado há 60 anos. E ainda há um fluxo grande de pessoas naquela região. Para além do uso corrente do equipamento, que será possível com as obras, há a peculiaridade de que ali será ponto turístico. Ao contrário do Elevador Lacerda, que foi modificado em relação ao projeto inicial, o do Taboão ainda é o mesmo elevador desde quando foi inaugurado. É um dos primeiros da América do Sul e tem o diferencial de ser panorâmico, proporcionando uma vista incrível da Baía de Todos-os-Santos”, observou Bruno Tavares. 

Muralha – Já as ações de recuperação e requalificação das muralhas da encosta do Centro Histórico de Salvador consistirão em intervenções estruturais, cênicas e paisagísticas num trecho que se estende da Praça Castro Alves à Ladeira da Misericórdia. O projeto contempla a consolidação e estabilização estrutural das muralhas existentes; a recuperação urbana das ladeiras com intervenções de iluminação, reduzindo a insegurança da área; a restauração paisagística do frontispício voltada para a valorização dos monumentos do entorno; e a inserção de sistema de iluminação cênica voltado para a valorização de toda a estrutura. 

Centro revive – Nos últimos anos, o Centro Antigo da cidade tem sido alvo de um conjunto de iniciativas da Prefeitura. Medidas que vieram para proporcionar a dinamização e reocupação dos espaços públicos, como as requalificações do Terreiro de Jesus, Avenida Sete de Setembro e das praças Castro Alves e Cairu, bem como a revitalização da Rua Miguel Calmon, no Comércio.  

No Comércio, inclusive, já foram entregues a Praça da Inglaterra e o Hub Salvador, equipamento que veio com propósito de estimular a ocupação e a geração de empregos. Também estão programadas obras na Praça Marechal Deodoro (ou Praça das Mãozinhas). 

Além de intervenções urbanísticas, a gestão municipal investiu em equipamentos e atrações culturais para fomentar o movimento de pessoas no Centro Antigo o ano inteiro, a exemplo da Casa do Carnaval e do projeto Pelourinho Dia e Noite. Na mesma região, no início da gestão, foram entregues o Espaço Cultural da Barroquinha e o Teatro Gregório de Mattos. Estão previstas, em breve, as implantações do Arquivo Público Municipal e do Museu da Música Brasileira, ambos no Comércio.

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