Educação

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A Prefeitura de Salvador lançou nesta segunda-feira (20) o projeto Salvador LAB, que tem o intuito de estimular a cultura empreendedora na cidade, criando conexões entre o estudante universitário e o mercado investidor. A iniciativa incentivará a formação de empreendedores a partir de mentorias, oficinas, workshops e editais que serão realizados através de parcerias com universidades e instituições de ensino superior. Os detalhes foram divulgados pelo prefeito Bruno Reis e pela titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda (Semdec), Mila Paes, durante evento na Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia (Ufba), no Vale do Canela.

O Salvador LAB está dividido em três pilares. O primeiro deles é o TCC Empreendedor, que consiste na seleção e inscrição de Trabalhos de Conclusão de Curso, com caráter inovador e empreendedor, transformando estes em projetos concretos de negócios ou startups. Qualquer universitário acima de 18 anos pode participar. A inscrição acontece até o dia 10 de abril, no site salvadorlab.salvador.ba.gov.br.

Os demais pilares são: Inovação Aberta, que terá editais específicos para resolução de problemas, cases ou desafios, que podem ser disponibilizados por empresas ou pelo próprio município de Salvador; e o Educação Empreendedora, destinado à elaboração de agenda de atividades nas universidades, tanto presencialmente quanto em ambiente virtual, por meio da realização de palestras, seminários, hackathons, workshops para capacitação e desenvolvimento do potencial empreendedor na cidade.

Bruno Reis explicou que a capital baiana tem no setor de turismo e serviços o carro-chefe para geração de emprego e renda. No entanto, é necessário ampliar a cadeia produtiva incentivando novos nichos para que a cidade dê um salto econômico e diminua desigualdades sociais históricas.

“Entendemos que é fundamental desenvolvermos novos vetores para que Salvador tenha crescimento econômico. Isso envolve estímulo à economia criativa, à tecnologia, inovação e ao empreendedorismo. O Salvador LAB vai estabelecer premiações através de editais para transformar os Trabalhos de Conclusão de Curso dos alunos em projetos efetivos, tornando-os realidades. Há muitas boas ideias e trabalhos que, ao serem realizados, ficam na prateleira por falta de incentivo. Nós, como poder público, em conjunto com a sociedade civil, empresas e universidades, iremos estimular todo esse ecossistema empreendedor”, afirmou o chefe do Executivo municipal.

Parceria – O Salvador LAB tem como parceiros a Uniruy, Unifacs, Ufba, Instituto Federal da Bahia (Ifba) e Faculdade Cayru. Os projetos dos estudantes inscritos serão submetidos a uma banca avaliadora, e os que forem selecionados passarão por aceleração em incubadoras de negócios como a Cubos, Senai-Cimatec e Lighthouse.

Para a secretária da Semdec, Mila Paes, o Salvador LAB proporcionará a criação de empresas no ambiente acadêmico através de parcerias enriquecedoras que vão contribuir para a dinâmica da economia da capital baiana. “É o nascedouro de um novo olhar da Prefeitura para o fortalecimento do empreendedorismo na cidade. A proposta é de aproximação com o setor acadêmico, universitários e organizações públicas e privadas permitindo conectar o que há de melhor entre cada um, e despertando no acadêmico, desde o início do curso, o desejo e as perspectivas de empreendedorismo”, disse a gestora.

Ideias em prática – Professores de instituições de ensino superior também ficaram entusiasmados com o lançamento da nova iniciativa municipal. Coordenador do curso de biotecnologia da Ufba, Astério Pessoa Neto, conta que sempre foi um desafio aproximar academia e mercado de trabalho.

“Não é só pelo empreendedorismo, mas pelas soluções interessantes propostas para Salvador. O trabalho é intenso no sentido de estimular os estudantes a participarem, desenvolvendo suas ideias e TCCs mais empreendedores e menos academicistas. O objetivo é fazer com que os estudantes tenham uma perspectiva de vida que não seja apenas àquela de ser só empregado”, afirmou.

O professor e coordenador do curso de Administração da Ufba, João Tude, lembra que, muitas vezes, o aluno entra no curso de graduação motivado por uma grande ideia que poderia ser aproveitada, mas que acaba caindo no esquecimento por falta de apoio.

“A intenção é unir a Prefeitura, as universidades e as empresas privadas, na elaboração de uma série de treinamentos e propostas que valorizem os projetos de TCC dos alunos e as ideias inovadoras, conectando-as ao mercado de trabalho. Ao mesmo tempo, será dado suporte a essas grandes ideias, selecionando as melhores, validando-as e buscando parcerias para que elas aconteçam de fato, trazendo benefícios para a sociedade, para a universidade e para a população em geral”, enfatizou.

Já o coordenador dos cursos de Engenharia e Tecnologia do Centro Universitário Ruy Barbosa, Vitor Andrade, sinaliza pela necessidade de pesquisas mais empreendedoras e práticas nas universidades.

“Queremos mudar esse cenário do academicismo muito teórico para uma coisa mais prática para os nossos alunos. O projeto da Prefeitura veio como uma luva, abrindo o horizonte para os alunos, que ficaram empolgados. Alguns que já estavam elaborando trabalhos de conclusão com viés empreendedor, na área de tecnologia, não sabiam como caminhar depois dali. O projeto abriu a possibilidade de expandir suas ideias para além da academia”, salientou.

 

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Crianças da Escola Municipal Vivaldo da Costa Lima, no bairro do Santo Antônio, participaram, nesta quarta-feira (15), de uma palestra sobre como reduzir o impacto das mudanças climáticas no mundo. A atividade foi promovida em parceria com a Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb) e reuniu 15 alunos de 9 a 13 anos.

A palestra foi ministrada pela engenheira ambiental e coordenadora de Ações Comunitárias da Limpurb, Rosemary Mascarenhas. As crianças puderam aprender sobre gases tóxicos, descarte correto dos resíduos sólidos, impacto da revolução industrial na sociedade, entre outros assuntos.

O aluno Moisés Ferreira, 13 anos, afirmou que acha necessário cuidar do meio ambiente para ajudar a manter o planeta bom para todos. “Eu percebo as chuvas cada vez mais fortes. Normalmente, vejo lixo boiando e as ruas alagadas. A gente precisa ter mais cuidado com a Terra”, contou.

Rosemary Mascarenhas contou que a Limpurb já vem realizando um trabalho educativo nas escolas, voltado à preservação ambiental, abordando temas como o descarte correto dos resíduos, para que o público possa transmitir esse conteúdo às suas comunidades.  

Preservação – Rosemary também explicou que a proposta do encontro foi marcar o Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas, celebrado nesta quinta-feira (16). “O nosso foco foi trazer o que são as mudanças climáticas, que é um fenômeno natural, que já ocorre e que nós, como seres humanos, podemos intensificar através das nossas ações”, alertou.

A vice-diretora da unidade, Scheila Antunes Azevedo, explicou que a palestra agregou ao trabalho que a escola já vem desenvolvendo, com foco na preservação do planeta. “Temos trabalhado alguns projetos voltados para higiene, saúde e a questão do cuidado e da consciência com o meio ambiente. A parceria com a Limpurb surge para aprofundar o conhecimento dos alunos e educar a comunidade do entorno, para que nosso ambiente seja mais saudável para todos”, detalhou.

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Representantes da Secretaria Municipal da Educação (Smed) e do Conselho Britânico (British Council) se reuniram, nesta segunda-feira (13), para definir as próximas ações da parceria, que visa o aprimoramento do ensino da Língua Inglesa e de Ciências na rede municipal de Salvador. Direcionado a professores, o projeto Teaching for Success terá novas formações voltadas à proficiência e à metodologia de ensino. 

Outro foco para 2023 é a implantação dos Clubes de Ciências (Stem Clubs) nas unidades que ofertam o Ensino Fundamental Anos Finais. A iniciativa se dará por adesão de cada escola. "O foco dessa parceria com o Conselho Britânico é que o ensino de ciências e da língua inglesa ganhe impulso em Salvador", afirma o secretário da Smed, Thiago Dantas. 

Um dos pontos destacados pelo gestor é a importância desses conhecimentos para o progresso profissional e pessoal na atualidade. "O inglês, por exemplo, pode abrir portas em uma cidade como Salvador, que tem no turismo internacional uma das suas principais atividades econômicas", diz. 

Durante a reunião, ficou decidido ainda que será realizada uma missão de intercâmbio para o Reino Unido. O objetivo é que professores da Rede Municipal conheçam a experiência britânica com os Stem Clubs para uma melhor formação dos professores – conhecimento que será replicado e utilizado na implantação dos Clubes de Ciências nas escolas de Salvador.

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As alunas da Escola Municipal Álvaro da Franca Rocha, no bairro da Engomadeira, receberam, na quarta-feira (8), um kit menstrual contendo absorvente, calendário para marcação do ciclo menstrual e espelho. A ação faz parte do projeto “Ciclo de Cuidados”, do programa Dignidade Menstrual da Mulher, criado pela Prefeitura de Salvador.

O intuito da iniciativa é de combater a pobreza menstrual de milhares mulheres, cuidando da saúde e do bem-estar de todas. Desde 2021, alunas de 11 a 50 anos da rede municipal de ensino de Salvador têm direito a receber 16 absorventes no mês.

Além do kit, as alunas ganham um folheto informativo e orientações acerca da normalidade da menstruação. A aluna do 5º ano, Isabela Alves, de 12 anos, conta que foi uma aula diferente e bastante legal sobre o assunto. “Sempre quando acontece as entregas do kit, as professoras nos dão orientação sobre isso, a aula se torna muito legal”, brinca.

Mãe de aluna, Cátia Regina de Souza, de 42 anos, acha de extrema importância a distribuição do material. “A entrega dos kits e as orientações dadas servem também como uma forma de aproximar a criança, pois, muita das vezes, em casa elas não recebem nenhum tipo de orientação sobre e fazer com que ela tenha mais segurança. Muitas mães não têm tempo e não possuem diálogo com suas filhas. Na minha adolescência eu não tive orientação de ninguém, tive que ir descobrindo as coisas. Hoje, com a ajuda da escola, faço as orientações com minha filha”.

Higiene e saúde – A gestora da unidade, Sílvia Letícia Correia, lembra que no primeiro dia de entrega dos kits a unidade escolar realiza um planejamento didático e alusivo para as alunas. “Essa ação é resultante do PL de 2021. Infelizmente, nem todas têm acesso a kit higiênicos. Acreditamos na importância da ação, pois ela procura desmistificar a questão da menstruação, e serve como um apoio pertinente à renda familiar, pois muitas famílias não têm como realizar a compra do produto”.

O Ciclo de Cuidados foi criado considerando que a evasão escolar por falta de recursos para compra de absorventes é uma realidade, indicada inclusive por estudos desenvolvidos por universidades e organismos internacionais, como o Unicef. Além da distribuição do item, o Ciclo de Cuidados também trabalha, ainda, a educação acerca da menstruação, higiene e saúde feminina. A entrega dos materiais de higienização ocorre de maneira mensal e sistemática, seguindo calendário já determinado, abrangendo todas as Gerências Regionais de Ensino (GRE).

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Uma iniciativa da Prefeitura de Salvador, por meio da Secretaria Municipal da Educação (Smed), tem garantido que crianças, adolescentes, jovens e adultos mantenham sua formação escolar mesmo sem estarem presentes em sala de aula. A Escola Municipal Hospitalar e Domiciliar Irmã Dulce, localizada em Amaralina, fomenta a educação com profissionais que atuam em hospitais, clínicas, casas de apoio, residências e casas lares, prestando atendimento aos estudantes em processo de tratamento de saúde ou internamento hospitalar.

Com isso, é possível oportunizar um processo educativo que assegure o direito à vida e à saúde, estimulando a escolarização de todos, com redução do nível de atraso escolar. Hoje, atuam pela iniciativa 24 pedagogos, três professores de música, uma coordenadora pedagógica, além de uma vice-diretora e uma diretora. O trabalho é feito em dez hospitais, três clínicas, duas casas de apoio, três casas lares e 16 domicílios de residência. Hoje, a iniciativa conta com 214 alunos matriculados, mas o número de atendidos é muito maior.

De acordo com a vice-diretora Leyliane de Paula Vidal, que há 16 anos atua com educação hospitalar e domiciliar, o trabalho da Escola Hospitalar contribui para minimizar as defasagens escolares durante o período de hospitalização. “Damos continuidade ao currículo escolar do estudante. Sendo assim, ele pode, dentro de suas possibilidades e condições de saúde, ter o mesmo sucesso, aprovação e êxito em avaliações, assim como outros estudantes que estão continuamente na escola comum”, enfatizou.

Primeira vez na sala de aula - Na Escola Municipal Alto da Cachoeirinha Nelson Maleiro, no bairro do Cabula VI, em Narandiba, o garoto Vinícius Santana, de 10 anos, tem, pela primeira vez, a experiência de estudar em uma sala de aula. Aos três, ele chegou a assistir ao primeiro dia de aula, mas teve que se afastar em razão dos problemas de saúde. Com Síndrome de Loeys-Dietz do tipo quatro, o menino só conseguiu voltar à sala de aula graças a uma cirurgia inédita, realizada no ano passado, em que ele recebeu um marcapasso diafragmático para auxiliar na respiração sem necessidade do cilindro de oxigênio.

A diretora da Escola, Daniela Palma, conta que é a primeira vez que recebe um aluno oriundo da educação domiciliar. “No meu entendimento, a grande vantagem é minimizar o impacto sofrido por Vinícius em razão das limitações. Com o acesso a uma escola convencional, vamos fazer com que ele tenha uma vida mais sociável, interagindo com as outras crianças. Para mim, é uma alegria porque vemos a conquista que ele alcançou. Fora da cadeira de rodas, do balão de oxigênio, é uma vitória”, declarou.

A rotina da mãe do garoto, Patrícia Barbosa, começa ainda de madrugada, às 4h10. Com a ajuda do filho mais velho, Ícaro, de 23 anos, ela levanta, prepara as medicações de Vinícius e o acorda às 5h, para a primeira rodada de remédios em jejum, antes do café. Às 7h, eles vão para a escola, onde ficam até 11h30. “Quando voltamos, temos mais medicamentos, às 11h30, 14h, 16h, 18h, 22h e o último às 23h. São 22 medicamentos no total. Eu deito para descansar, porque 1h tem mais um remédio. É uma rotina cansativa, mas tudo por ele”, diz ela, que é profissional de enfermagem.

Patrícia conta que foram seis anos de escola domiciliar, e essa primeira experiência ainda a deixa um pouco assustada. “A escola nos recebeu de braços abertos, mas ficamos receosos. Ele é diferente, tem suas particularidades, mas fico tranquila pela receptividade. Vinícius possui outras complicações, como problemas endócrinos, cardíacos, neurológicos, tudo em razão da síndrome, por isso vivemos um dia de cada vez”, contou.

A mãe afirma que, com a evolução do quadro, ele precisou de ventilação mecânica e não tinha fôlego para caminhar, usando cadeira de rodas para se locomover. “Estou presente aqui todos os dias e vejo meu filho evoluir a cada dia, contando as novidades em casa, o que aconteceu, que tem vários professores, ele está descobrindo o mundo. Quando a escola hospitalar chegou lá em casa, o irmão disse: ele nunca vai ter festinha de escola. Mas ele teve! Festinha de aniversário, de São João e final de ano, e esse ano ele participou da primeira festa de Carnaval aqui, presencial”, afirmou Patrícia.

Animação - O pequeno Vinícius não esconde a animação em estudar em uma escola convencional, e relembra diversos momentos desta experiência. “Está muito bom, eu ainda estou aprendendo, mas a gente vai viver e sempre aprender. O que achei mais legal até agora foi o mini trio elétrico, que fiz até um projeto sobre ele. A festinha de Carnaval foi muito legal, comi pipoca com bolo de cenoura com cobertura de chocolate e chocolate granulado”, contou, animado.

Ele comentou que é muito melhor aprender na sala de aula, porque tem hoje os colegas de sala, e lembra dos cuidados com a saúde sem deixar de lado a diversão.  “Eles brincam comigo, gosto muito de esconde-esconde, mas tomo cuidado com meu aparelho, que uso por 12 horas inteirinhas, pois ele me mantém vivo sem a ventilação mecânica (apontando para a bolsa que guarda a bateria do marcapasso)”, revelou o garoto, destacando seu gosto por matemática e ciências..

A professora Débora Medeiros, inclusive, se considera privilegiada em ter um aluno como Vinícius na turma do 5º ano. “Para falar a verdade, Vinícius já parece ser aluno daqui da escola há muito tempo. Ele é sociável, se dá bem, interage, participa, tem um interesse grande em aprender então, para mim, é um privilégio recebê-lo como meu aluno”, salientou.

Criação – A iniciativa foi criada em 2001, ainda com o nome de Classe Hospitalar e Domiciliar, através do Projeto Vida e Saúde, em parceria com o Hospital Santo Antônio das Obras Sociais Irmã Dulce. Em 2002, houve uma ampliação das aulas em vários hospitais e domicílios através do Programa Criança Viva.

Em 2011, o Programa Criança Viva e o Projeto Vida e Saúde passaram a ter  um só nome:  Classes Hospitalares e Domiciliares no município de Salvador. A partir de outubro de 2015, surge então a Escola Municipal Hospitalar e Domiciliar Irmã Dulce, com este nome em homenagem à Santa Dulce dos Pobres, por ser ela uma figura que se voltava para a educação e saúde.

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A capital baiana vai participar da 8ª edição do projeto “Era uma vez ... Brasil”, que foi lançado na quinta-feira (2), no Centro Cultural da Câmara Municipal, na Praça Thomé de Sousa. Presentes no evento, a vice-prefeita e secretária municipal da Saúde (SMS), Ana Paula Matos, e o titular da Secretaria Municipal de Educação (Smed), Thiago Dantas, deram início à formação dos professores de História, falando um pouco sobre a importância do projeto e da transformação que ele proporciona aos professores e, principalmente, aos alunos.

“Esse é um projeto superinteressante e a intenção é pensar em formas de ampliá-lo, porque ele une duas coisas que são fundamentais para o desenvolvimento das crianças, que são o desafio e a premiação. Os meus votos são de que seja um projeto superexitoso e que tenha a acolhida que teve nas edições anteriores”, declarou Dantas.

A vice-prefeita ressaltou que o "Era uma vez... Brasil" está estruturado em pilares importantes para a formação dos participantes, proporcionando para os alunos a oportunidade da vivência. “O que mais me encanta é ter uma lógica de rede que começa pela formação dos professores, passa pelo desenvolvimento dos alunos até o projeto e passando por uma etapa importante que é a vivência. A memória afetiva é muito importante para a aprendizagem”, destacou Ana Paula.

Este ano o “Era uma vez... Brasil” vai abordar o tema da Independência do Brasil, tendo como foco as questões regionais desenroladas nesse acontecimento histórico. A primeira etapa já começou com início da formação dos professores de História das escolas convidadas. Na ocasião, os mediadores Elie Fiogbè, Abiola Akande Yayi e Senakpon Fabrice Fidéle Kpoholo da República do Benin, falaram um pouco sobre independências e autodeterminação na África do Oeste.

“Eu acho que é um projeto muito importante e hoje especialmente por trazer a questão da história afrocentrada para nós, um ponto muito importante para a nossa realidade de Salvador e para o público com o qual a gente trabalha. Então que essa ação tenha vida longa”, opinou o professor de História Filipe Lorenzo.

Para a coordenadora da Gerência Regional de Educação (GRE) Liberdade/Cidade Baixa, Gessicla Damasceno, o projeto amplia a visão dos alunos dos anos finais do Ensino Fundamental, tornando-os protagonistas e sujeitos mais críticos e reflexivos. “Eles passam por várias etapas e têm autonomia. Muitas vezes o projeto oportuniza uma primeira experiência fora do seio familiar, se deslocando para outro município e o encontro com alunos de outras escolas. A partir daí eles desenvolvem os projetos, com o apoio de professores de História, Língua Portuguesa e Artes. Eles voltam do projeto completamente diferente, por isso eu considero uma proposta maravilhosa”, afirmou.

Estrutura – O “Era uma vez... Brasil” é um projeto de arte-educação que estimula o apreço e valorização da cultura nacional junto a estudantes e educadores pertencentes à rede pública de ensino, por meio do contato com diferentes linguagens artísticas e culturais. O público-alvo são os estudantes das redes públicas de ensino matriculados nos 8º e 9º ano do Ensino Fundamental, bem como seus professores de História.

A ação foi pensada para promover experiências educativas, artísticas e culturais que oportunizem aos participantes aprofundar a aprendizagem acerca da história brasileira através da articulação entre o conhecimento científico (teórico) e o conhecimento empírico (promovido pela experiência). Ao todo, 11 municípios estão participando dessa edição: Salvador, Mata de São João e Jacobina (Bahia); Recife e Belo Jardim (Pernambuco); Santa Quitéria e Itatira (Ceará); Lençóis Paulista, Macatuba, Ribeirão Preto e Serrana (São Paulo).

A iniciativa está estruturada em três etapas. A primeira delas destina-se à formação dos professores de história das escolas convidadas. Na segunda etapa, os alunos selecionados vão para um Campus onde vivenciam múltiplas experiências socioculturais, além de uma imersão educativa na qual são apresentadas diferentes modalidades de linguagens artísticas e na terceira etapa os estudantes com a melhor avaliação durante as etapas anteriores do projeto são selecionados para participar de um intercâmbio em Portugal, onde terão a oportunidade de conhecer as interseções e caminhos que aproximam as histórias do Brasil e de Portugal.

O projeto é realizado pela Origem Produções, conta com o patrocínio do Grupo Moura, Rodonaves Transportes, Lwart Soluções Ambientais, Yamana Gold, Pedra Agroindustrial, Hiperideal e Galvani Fertilizantes e com o apoio das Prefeituras Municipais das cidades participantes.

Edição anterior – Na última edição, no ano passado, 24 estudantes e três professores da rede pública de Salvador, Mata de São João e Jacobina fizeram o intercâmbio em Lisboa durante dez dias para conhecer parte da história e os caminhos da corte portuguesa antes da chegada ao Brasil. Em Salvador, sete escolas da rede foram representadas: Professora Maria José de Paula Moreira (Ribeira), Jardim Santo Inácio, Amélia Rodrigues (Tororó), Alexandre Leal Costa (Nazaré), Pirajá da Silva (Liberdade), Clériston Andrade (São Marcos) e São Domingos Sávio (Ondina).

 

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“Cada detalhe é uma grande conquista”. Foi com essa frase que Joilma Carvalho, mãe de Henrique Carvalho, de quatro anos, definiu como é ser mãe de uma criança atípica. O pequeno, que possui Síndrome de Cornélia de Lange (CdLS), estuda no Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Virgem de La Almudena, no Candeal, e é uma entre tantas crianças que a rede municipal de ensino apoia no desenvolvimento educacional e social.

Para Joilma, a escola exerce um papel fundamental no desenvolvimento de Henrique, além de ofertar para ela um suporte emocional. "Hoje, ele vem para cá e não chora. Isso me ajuda a poder fazer coisas simples como tomar um banho e fazer o almoço. Além disso, o convívio dele com outras crianças ajuda muito no seu desenvolvimento. Ele aprende coisas aqui na escola e me mostra em casa. É uma felicidade muito grande para toda a família cada aprendizado que ele tem”, afirmou.

Origem genética – A síndrome de Cornélia de Langes é uma doença rara e de origem genética que provoca baixo peso e baixa estatura, malformações, déficit no desenvolvimento físico, motor e intelectual, dentre outras características. Desde que começou a frequentar a escola, aos dois anos, o pequeno estudante enfrentou diversos desafios.

Joilma destacou que, além das restrições da pandemia de Covid-19, ele ainda precisou se afastar da escola para fazer uma cirurgia, no fim do ano passado. Mesmo assim, ela afirma ter percebido avanços significativos no desenvolvimento do filho, com o auxílio da unidade de ensino, a exemplo da habilidade de interagir socialmente e do desenvolvimento da autonomia em relação às atividades diárias – hoje, Henrique está quase andando.

Escola cidadã – O Cmei Virgem de La Almudena atende a 140 crianças com turmas na modalidade creche e turno parcial. Deste total, ao menos oito crianças além de Henrique também são atípicas. Há sete delas diagnosticadas com espectro autista e uma com paralisia cerebral grave.

Gestora da unidade escolar, Isa de Jesus Coutinho destacou o papel das instituições de ensino na inclusão de crianças que possuem doenças raras, a exemplo da síndrome de Cornélia de Langes. “Aqui na escola, assim como é a proposta da rede municipal de ensino, a gente não lida com os laudos, mas sim com a criança que tem uma particularidade. A gente trabalha a inclusão na perspectiva da diversidade, e cada criança é diferente e tem suas necessidades”, explicou.

Trabalho de conscientização – Na terça-feira (28) foi celebrado o Dia Mundial das Doenças Raras para conscientizar a população sobre esse grupo de patologias que afetam mais de 300 milhões de pessoas no mundo. Isa Coutinho destacou que é importante abordar a temática para desmistificar conceitos pré-estabelecidos que a sociedade tem em relação ao público.

“Todos nós somos seres diferentes e isso é bacana porque o preconceito não existe através das crianças, existe por meio dos adultos. Quem mostra o mundo para a criança é o adulto”, finalizou.

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O prefeito de Salvador, Bruno Reis, anunciou a nomeação de mais 323 professores da rede municipal de ensino. São profissionais das áreas de Educação Infantil, Educação Física, Ciências Físicas e Biológicas, além de Educação Artística – Artes Plásticas. Em dois anos de gestão, o chefe do Executivo soteropolitano já convocou mais de 1,2 mil docentes. Os editais de nomeação foram publicados nesta segunda-feira (13).

"Estou nomeando mais 323 professores e professoras, que vão atuar na Educação Infantil até o 5º ano. Estamos trazendo mais professores para a nossa rede para oferecer uma educação com qualidade ainda maior", afirmou o prefeito nas redes sociais.

De acordo com o secretário municipal de Educação, Thiago Dantas, esses profissionais irão suprir vagas de aposentadorias e de expansão da Rede Municipal. "A Prefeitura não tem medido esforços para garantir uma educação pública de qualidade para os alunos da nossa Rede. E isso passa pela contratação de professores, entre outros investimentos que vêm sendo feitos na área", disse o secretário.

Os aprovados cujos nomes constam nos editais de nomeação têm 30 dias para se apresentarem na Secretaria Municipal de Gestão (Semge), a contar da data de publicação do edital no Diário Oficial do Município (DOM). Após a posse, os professores escolhem, na Secretaria Municipal da Educação (Smed), a unidade escolar onde vão atuar, a partir do quadro de vagas, e iniciam o trabalho.

"Com isso, o ano letivo 2023 tem, logo nos primeiros momentos, um quadro docente completo", frisou Thiago Dantas, que destaca outros avanços. "Some-se ainda a qualidade de infraestrutura das unidades de ensino, que de 2021 até este ano já totaliza R$ 585 milhões em investimentos", completou.

O secretário destacou também, na parte pedagógica, as iniciativas em educação digital, como a distribuição de tablets e chromebooks para alunos e professores, respectivamente, bem como a capacitação digital dos educadores. "Temos ainda novos projetos que aprimoram a qualidade do ensino e aprendizagem, fortalecendo ainda mais a Rede e conquistando mais avanços", concluiu.

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Escolas, centros de educação infantil e creches primeiro passo estão se preparando para os bailinhos de Carnaval dos alunos da rede pública do município. Para além da festa, o tema é trabalhado de forma transversal em sala de aula, proporcionando novos aprendizados.

"O Carnaval é uma importante expressão cultural no nosso país, é fruto de diversas influências dos povos que constituíram o Brasil e está presente no cotidiano. Assim, apresenta-se como uma fonte muito rica de possibilidades em sala de aula, podendo ser trabalhado em todas as disciplinas, desde artes, música e inglês até matemática e geografia", diz Ivone Portela, gerente de currículo da Secretaria Municipal da Educação (Smed).

Partindo dessa premissa, a Escola Municipal Luiza Mahim, localizada em Armação, está desenvolvendo um amplo projeto, envolvendo todos os professores e alunos. Nas aulas de História, por exemplo, está sendo trabalhado a história do Carnaval na Bahia. As marchinhas são utilizadas nas aulas de Língua Portuguesa. As questões sociais e de meio ambiente relacionadas à festa são estudadas em Ciências e Geografia.

Nas aulas de matemática do 6º ano, foi proposto aos estudantes que se inspirassem em algum momento que viveram relacionados ao Carnaval para fazer um desenho utilizando figuras geométricas. Os professores de Educação Física estão preparando, com as turmas dos 8º e 9º anos, os blocos para desfilarem no dia do Grito de Carnaval, que será na quarta-feira (15).

A coordenadora pedagógica da escola, Mariana Soledade, explica que esse trabalho integra um grande projeto, a ser trabalhado durante todo o primeiro semestre, que trata das festas populares na Bahia. "Temos como objetivo o resgate da identidade. Pensar na nossa identidade, como baianos, a partir dos festejos", afirma. "Vamos trabalhar a importância, a origem e a construção dessas expressões culturais, dos costumes, abordando ainda a ancestralidade, os povos originários, o respeito, o combate ao racismo e à intolerância religiosa."

Ela destaca, ainda, que no dia da festa, a escola estará toda enfeitada com materiais produzidos pelos alunos nas aulas de artes. Entre as atrações, estará um desfile de fantasias, produzidas com material reciclado pelos alunos dos 6º e 7º anos também no contexto do projeto. "Outro ponto importante desse projeto é o resultado dessa abordagem pedagógica ligada à vivência cotidiana, o que traz mais proximidade e uma forma mais envolvente de estudar. A animação na escola está grande. Teremos uma festa muito bacana", conclui Mariana.

Tradição – Resgatar a história do Carnaval na Ilha de Maré, um dos territórios quilombolas de Salvador, é o foco do trabalho desenvolvido pela Escola Municipal de Santana - unidade localizada na ilha e que tem 51 alunos da Educação Infantil. A diretora Queila Garrido conta que as crianças fizeram rodas de conversa com pessoas da comunidade que vivenciaram as tradições carnavalescas mais antigas. As histórias foram trabalhadas em sala de aula e inspiraram a festa que farão neste ano.

Uma das atividades desenvolvidas foi a confecção de instrumentos musicais de materiais reciclados. "Iremos fazer um bloco para desfilar nas ruas e essa bandinha irá na frente", explica Queila. "Atrás virão os outros alunos, fantasiados e usando máscaras que foram feitas também nas aulas de arte com as professoras das turmas. Um bloco como eram os de antigamente".

O Carnaval também terá uma pegada de preservação ambiental. Durante o cortejo, as crianças passarão pelas praias onde entregarão saquinhos para os banhistas colocarem o lixo. "Será o início de um trabalho que vamos manter de educação ambiental", diz. "Nesse Carnaval, além da alegria, da animação, estaremos cuidando da história e cuidando do meio ambiente", frisa.

Pelourinho – As escolas municipais João Lino (Pelourinho) e Vivaldo da Costa Lima (Santo Antônio) reunirão os alunos para percorrerem as ruas do Pelourinho com um bloco pra lá de animado. Além da rede municipal, fazem parte da ação o Projeto Axé, o Colégio Estadual Azevedo Fernandes e o Afoxé Filhos de Gandhy. Todos estarão unidos no bloco EducaPelô, protagonizado pelos 150 alunos das escolas e projetos.

"Há cinco anos realizamos a Lavagem da João Lino, uma festa linda e muito animada. Mas entendemos que é necessária uma maior articulação com as instituições vizinhas, fortalecendo e dando visibilidade à Educação", diz a diretora Rita de Cássia Natividade.

Ela ressalta também o aspecto pedagógico da atividade. "Os alunos estudam a história do Carnaval, a essência da festa e cultura de Salvador, com foco no Pelourinho, além da participação das bandas, blocos e projetos do entorno da escola", afirma.

Segundo Rita, os alunos também trabalham música, artes, confecção de adereços. "Todo planejamento pedagógico desse período tem o Carnaval como tema transversal. É um projeto que traz para a sala de aula a nossa história e toda a essência da cultura baiana, transbordando em alegria e animação nas ruas históricas do Pelourinho", conclui.

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