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“Eu não me comunicava com os deficientes auditivos. Era como se eles fossem pessoas invisíveis que ficavam tentando se expressar e eu não conseguia compreender”, conta Joel Gilvêncio, 39 anos, servidor da Guarda Civil Municipal. Ele foi um dos 42 servidores pertencentes à primeira turma do curso de Formação Básica da Língua Brasileira de Sinais (Libras), promovido pela Prefeitura por meio da Unidade de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência (UPCD).

O encerramento da primeira turma formada por servidores municipais de órgãos como Guarda, secretarias municipais de Saúde (SMS) e Manutenção (Seman), Defesa Civil de Salvador (Codesal) e Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) aconteceu na manhã desta terça-feira (2), no Conselho Municipal das Pessoas com Deficiência (Comped), localizado na Avenida Joana Angelica. O objetivo da capacitação é garantir uma comunicação mais eficaz e um atendimento de qualidade, promovendo a inclusão dos surdos e deficientes auditivos.

“Já estou praticando o que aprendi no meu trabalho. Já atendi diversos deficientes auditivos. Poder estabelecer uma comunicação com essas pessoas é muito gratificante. É como se eu deixasse de ser impotente. Hoje me sinto um responsável por facilitar o acesso dessas pessoas com deficiência as informações, como lhe é de direito”, ressalta Joel.

Dinâmica – Através de apostilas, apresentações em Power Point, vídeos e simulações de atendimento, a capacitação foi dividida em três módulos e duração total de três meses, com direito a certificado ao final. Nesse período, os servidores puderam conhecer um pouco mais deste universo, com o intuito de melhorar o atendimento e promover a inclusão.

A professora de Libras Luana Alencar destaca a contribuição da capacitação e o papel dos servidores. “Essa capacitação propiciou conhecimentos básicos da Libras para que os servidores se tornassem aptos e preparados para atender a demanda de atendimento das pessoas surdas. É a garantia de um atendimento mais humanizado e uma melhor comunicação. Foi muito gratificante ver o esforço e desenvolvimento desses servidores durante o curso. Muitos deles serão multiplicadores dentro do órgão em que atua. A comunidade surda será muito beneficiada”, afirma.

“A comunicação é fundamental e poder proporcionar um melhor atendimento a essas pessoas, facilitando o fluxo de trabalho, traz um resultado muito significativo. Os servidores já estão praticando nos seus setores, ampliando a comunicação entre a Prefeitura e o público que precisa desse atendimento. A formação dessa turma é um avanço na política pública e no respeito à pessoa com deficiência. É uma vitória para nós”, declara a diretora-geral UPCD, Risalva Telles.

Importância - “Minha comunicação é toda visual. Saber que tem pessoas preparadas para me atender é muito importante. Isso é uma empatia, é um desenvolvimento comunicacional. A falta disso traz diversos prejuízos para a comunidade surda. A Prefeitura agiu muito bem em criar essa proposta”, declara o assistente administrativo Divanildo Pereira, 50 anos, que é deficiente auditivo.

“Por não saber interpretar os sinais, o atendimento se tornava muito mais demorado. Graças a essa capacitação conseguimos prestar um melhor serviço. Compreendemos o que eles querem falar e também somos compreendidos. Além de poder prestar mais esclarecimentos, os fazemos sentir mais acolhidos”, declara a assistente social da Seman, Cleidiane Araújo.

A capacitação faz parte do planejamento estratégico da Prefeitura. A meta da UPCD é capacitar 150 servidores até 2020 nas mais diversas áreas que atuam com atendimento ao público. Atualmente, mais de 250 servidores estão na fila de espera.

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