Cultura

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A Prefeitura apresenta no dia 11 de agosto a cerimônia do Prêmio Caymmi de Música, que terá como tema a “Tropicália”, um dos movimentos culturais brasileiros mais transformadores, reconhecido mundialmente. A cerimônia de premiação acontece após votação de júri técnico em cima do trabalho de 110 artistas da música. O objetivo da premiação é reconhecer e valorizar artistas novos e contemporâneo. O mote do prêmio este ano foi "Música em Movimento", e dentre todos os trabalhos serão escolhidos apenas 22.

Para realizar a festa, foi convidado como diretor artístico Márcio Meirelles. No projeto dele, o espetáculo abordará a liberdade criativa, misturando tradição e modernidade. O evento será protagonizado por 17 artistas e bandas finalistas na categoria "Show", que subirão juntos ao palco numa formação inédita, com as participações especiais do tropicalista Tom Zé e do cantor Saulo. “A ideia é que seja um espetáculo conceitual com audiovisual, artistas, solistas, coletivos, dentro de um grande espírito colaborativo e com o espírito tropicalista de fusões de superposições, de entrechoques de culturas, de gostos e tendências estéticas”, declara Márcio.

No palco, os artistas formarão juntos o "Bandão Caymmi" em show com direção musical de Alexandre Lins e que terá como base o disco Tropicália ou Panis et Circenses, lançado, em 1968. Entre os finalistas confirmados para o show estão: Achiles, Aiace, Caian, Duo Bavi, Filipe Lorenzo, Flavia Wenceslau, Jr Maceió, Kalu, Lívia Nery, Luedji Luna, Pirombeira, Renata Bastos, Santini e Trio, Silvio de Carvalho, Skanibais e Tabuleiro Musiquim.

 “A Prefeitura não poderia ficar de fora de uma realização dessa magnitude. O Prêmio Caymmi de Música resgata nossa autoestima musical e elenca grandes profissionais da música que temos em nosso estado, de cantores aos técnicos que ninguém vê, mas que garantem a realização dos grandes shows, dos cenários, da iluminação. O projeto é muito especial e a cerimônia será um verdadeiro espetáculo”, comenta o presidente da Empresa Salvador Turismo (Saltur), Isaac Edington.

Entre as categorias que receberão o prêmio, quatro principais – Show, Canção, Música Instrumental e Videoclipe – se somarão a outras 18 subcategorias técnicas. Para as categorias principais, além do troféu, os ganhadores receberão uma premiação em dinheiro: R$ 10 mil para melhor Show e R$ 5 mil para as outras três categorias. Dos finalistas, destaques para o grupo Pirombeira, indicado em oito categorias, e os artistas Larissa Luz, Filipe Lorenzo e Livia Nery, todos com seis indicações cada. A lista completa dos indicados está disponível no site oficial www.premiocaymmi.com.br.

"O Prêmio Caymmi de Música vem radiografar um momento de incrível riqueza musical na cidade. Misturando tendências, gêneros e estilos, a Cidade da Música pulsa talento e diversidade em cada esquina, gueto, praça, num caldeirão de ritmos e canções da melhor qualidade. A Prefeitura está colada com este movimento, que poderá ser conferido no grande show a ser realizado na Concha. Salvador continua cada vez mais tropicalista. Viva Tom Zé, Viva Saulo e todos os artistas participantes desta efusão cultural baiana e brasileira”, expressa o presidente da Fundação Gregório de Mattos (FGM), Fernando Guerreiro.

Nesta segunda edição do Prêmio, o público também poderá participar da cerimônia, que ano passado foi apenas para convidados. Para participar, é preciso garantir ingresso a preços populares no site www.ingressorapido.com.br. O evento acontece na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, às 19h.

 

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Festa Literária Internacional do Pelourinho acontece entre os dias 9 e 13 de agosto

Para que tudo ocorra bem durante a primeira Festa Literária Internacional do Pelourinho (Flipelô), programada para acontecer entre os dias 9 e 13 de agosto, a Prefeitura ampliará o número de agentes que vão atuar diretamente com a mobilidade, controle do trânsito, estacionamentos, ordenamento de comércio informal, segurança, acessibilidade e limpeza urbana. O evento é uma realização da Fundação Casa de Jorge Amado e co-realização do Serviço Social do Comércio (SESC), com incentivo da Prefeitura.

A abertura ficará por conta da cantora e compositora Maria Bethânia, que fará um recital, passeando por textos que vão de Fernando Pessoa a Manoel de Barros e Maria Gabriela Llansol. O recital terá início às 20h do dia 9 de agosto, na Igreja Rosário dos Pretos, no Largo do Pelourinho. Com o evento, a Fundação espera atingir 50 mil pessoas, entre baianos e turistas. Toda a programação é gratuita e inclui 50 atividades entre saraus, conferências, apresentações teatrais, contação de história, mesa de debate, feira gastronômica, shows e lançamento de livros.

O secretário de Cultura e Turismo (Secult), Cláudio Tinoco, diz que o intento do município é apoiar cada vez mais iniciativas na área cultural e fazer de eventos como a Flipelô parte dos calendários nacional e internacional do setor. "Até mesmo pelo potencial literário da capital baiana, entendemos como necessário o apoio da Prefeitura aos eventos promovidos pela Fundação Casa de Jorge Amado, a exemplo dos festivais literários no Centro Histórico”, disse.

O secretário lembrou ainda do sucesso da Casa do Rio Vermelho. “Essa parceria com a Fundação já gerou frutos interessantes, como a consolidação da Casa do Rio Vermelho, onde viveram Jorge e Zélia, e que hoje recebe cerca de 25 mil turistas por ano, mostrando todo o potencial baiano no que se refere à literatura. Por conta disso, reforço, além da contribuição com a isenção de algumas taxas, a Prefeitura contribuirá na forma de serviços em diversas áreas”, afirmou.

Homenagem - A Flipelô foi um desejo da Fundação Jorge Amado, e se concretiza no ano em que o escritor baiano completaria 105 anos de idade e no centenário de Zélia Gattai. Por esse motivo, o evento vai homenagear o casal de escritores e ainda a escritora Myriam Fraga, que faria 80 anos em novembro. A diretora da fundação, Ângela Fraga, destaca a importância de ter entes públicos entre os parceiros da iniciativa. "Esta contribuição é mais um incentivo para a a realização da Flipelô. Lembrar o Pelourinho, por integrar o Centro Histórico de Salvador e ser também cenário de vários romances de Jorge, é um incentivo também à toda cadeia produtiva da região”, ressaltou.

Shows - De 9 a 12 de agosto, as Praças Tereza Batista e Pedro Arcanjo receberão shows gratuitos de cantores que transitam entre  a música e a literatura, como Arnaldo Antunes, Moraes Moreira, Chico César, Marina Lima, dentre outros. Com o título A Palavra Cantada, as apresentações terão início sempre às 21h30.

 

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O Arte na TV – Ano II prevê aporte de R$ 2,25 milhões para produções locais

A Fundação Gregório de Mattos (FGM) prorrogou até a próxima sexta-feira (28) as inscrições no edital Arte na TV – Ano II, para projetos audiovisuais independentes, com finalidade comercial. O edital vai destinar R$ 2,25 milhões, distribuídos entre sete projetos nas modalidades de Animação, Ficção Infanto-juvenil e Documentário. Em entendimento com representantes do setor do audiovisual baiano, a FGM definiu por um apoio que otimize a comercialização e distribuição das produções, atendendo aos critérios e parâmetros da Ancine. Os interessados podem inscrever seus projetos por meio do site www.artenatv.salvador.ba.gov.br, onde o edital completo também está disponível. O resultado final da seleção será divulgado até o dia 3 de outubro. 

 

 

 
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Com o objetivo de incentivar o hábito diário da leitura e a circulação aleatória de obras literárias, ocorreu, nesta terça-feira (25), em Salvador, a segunda edição do projeto “Esqueça um Livro e Espalhe Conhecimento”. A iniciativa já ocorre desde 2013 e, reforçada pelo compartilhamento em redes sociais, se espalhou pelo país. Em Salvador, é conduzida pela Fundação Gregório de Mattos (FGM) com apoio de entidades parceiras como a Nova Lapa, Universidade Federal da Bahia (Ufba), o Serviço Social do Comércio (Sesc) e agentes de leitura. Nessa ação, já foram distribuídas 3,5 mil livros na Estação da Lapa e, em conjunto com o projeto Livres Livros, foram doados mais de 150 exemplares no Parque da Cidade, no Itaigara.

Os impressos foram distribuídos a passageiros, "esquecidos" nos bancos dos coletivos e também nos pontos de ônibus da estação. Os livros que participam da ação são, em parte, oriundos de doações feitas por empresas, bibliotecas e do cidadão comum. Dentre as publicações podem ser encontradas obras de autores baianos, como Castro Alves, Ordep Serra e Jorge Amado, bem como escritores integrantes da primeira leva de premiados pelo Selo João Ubaldo Ribeiro, em 2016. A premiação é responsável pela impressão de 3 mil exemplares somente na primeira edição, e busca incentivar a produção de publicações locais, autores conhecidos ou inéditos, dividido em dez gêneros.

Nos últimos anos, a Prefeitura vem aumentando o incentivo à produção literária e à leitura, por meio de ações em bibliotecas, concursos e abertura de editais de incentivo a novos autores. "Salvador ainda tem uma carência enorme de bibliotecas e a juventude cada vez lê menos, até porque tem pouco contato com livros. Então, esta é uma ótima oportunidade de ampliar esse incentivo com uma forma bem humorada e até surpreendente de estabelecer este contato. É fácil perceber como as pessoas estão interessadas e realmente compraram esta ideia. E isso deve ser levado adiante, nas comunidades", afirma Fernando Guerreiro, presidente da FGM.

A FGM decidiu abraçar o projeto, que nasceu em São Paulo, criado pelo jornalista Felipe Brandão. Esta é a segunda edição em Salvador - a primeira aconteceu em janeiro deste ano. “Escolhemos o Dia do Escritor para dar continuidade à ação, que além da distribuição de livros conta com performances artísticas. Para tanto, trouxemos parceiros que já realizam, em seus núcleos de origem, atividades de incentivo à leitura. Temos pessoas declamando poesias nos pontos de ônibus, dança, além da orientação a todos que passam por aqui a procurarem os livros ao ingressarem nos coletivos", explica Jane Palma, gerente do setor de Bibliotecas, Livros e Leitura da Gregório de Mattos. 

Lapa - Na Estação da Lapa, a atividade contou, além dos agentes da FGM, com ações comandadas por membros da Rede de Bibliotecas Comunitárias de Salvador, integrantes do Projeto Dom Quixote - Biblioteca Andante, da Ufba e jovens assistidos pela Fundação Cidade-Mãe (FCM). Além da distribuição de livros e do incentivo à leitura, os membros da força-tarefa realizaram ainda ações culturais diversas, como recitação de poesia e apresentação de dança. Durante as abordagens, a equipe da FGM acessava os coletivos após o desembarque dos passageiros, depositavam os livros aleatoriamente e aguardavam a chegada de novos ocupantes, que eram sempre surpreendidos quando "achavam” as publicações em seus assentos.

"Fiquei realmente feliz de ter encontrado este livro, ainda mais sabendo que se trata de uma ação de incentivo à leitura e ao compartilhamento desse mesmo livro quando terminá-lo. O hábito de ler é prazeroso, mas ainda inacessível à maioria das pessoas, devido ao alto custo de algumas publicações. Então, peço que realizem mais ações como esta. E que todos que receberam este presente possam, mais para frente, presentear amigos e até mesmo desconhecidos, passando adiante este trabalho, que proporciona uma boa leitura a todos", diz a gerente comercial e leitora Juliana Gonçalves, que "encontrou" o romance "Mar Interior", de Renato de Oliveira Prata.

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Já disse Monteiro Lobato: quem escreve um livro cria um castelo, quem o lê mora nele. O livro tem, justamente, essa capacidade de transportar pessoas para outros lugares, despertar os sentidos e somar experiências e conhecimento. Para ampliar o acesso da população ao mundo mágico da leitura, a Prefeitura, por meio da Fundação Gregório de Matos (FGM), aderiu à Campanha Nacional “Esqueça um Livro e Espalhe Conhecimento”, e vai promover uma grande mobilização na Estação da Lapa e no Parque da Cidade, no próximo dia 25 de julho, Dia Nacional do Escritor.

Durante a mobilização na Lapa, cerca de 30 agentes da FGM e de entidades parceiras vão esquecer livros embaixo dos bancos de ônibus de Salvador para que outras pessoas os encontrem e levem para casa. Cerca de 200 livros serão deixados nos coletivos. No Parque da Cidade, agentes da Livres Livros vão esquecer 150 exemplares em diversos espaços. Um bilhete vai informar ao novo dono que o livro agora pertence a ele. Pela manhã, a mobilização será realizada entre 9h e 11h, e à tarde, entre 14h e 17h.

“É uma campanha nacional e nós estamos aderindo, nos engajando e mobilizando parceiros para participar também. Não se trata apenas de esquecer o livro, esses agentes vão orientar as pessoas, chamar, dizer que o livro é dela, para que o público, de fato, leve o exemplar para casa”, explica Jane Palma, gerente de Biblioteca, Livro e Leitura da FGM.

São parceiros da ação: o grupo Dom Quixote, projeto de extensão da Universidade Federal da Bahia, a Rede de Bibliotecas Comunitárias de Salvador, o Sesc e a Fundação Cidade-Mãe, além do já citado Projeto Livres Livros. A população também pode participar, deixando um livro (que não seja didático) na sede da FGM, localizada na Rua Chile, Nº 31 – Centro. O material pode ser deixado na recepção até a próxima sexta-feira (21), entre 13h e 17h.

Além de exemplares doados, a FGM vai esquecer livros do Selo João Ubaldo Ribeiro Ano I, que contemplou oito autores com a publicação de suas obras em 2015. Exemplares dos oitos autores contemplados serão esquecidos. São obras de conto, crônica, romance, dramaturgia, literatura infantil e poesia. Dentre esses, o livro de contos do antropólogo e pesquisador Ordep Serra.

“É uma campanha linda porque só lendo você tem condição de ter informação e conhecimento. Quando você vai ao cinema e assiste a um filme, está tendo a leitura visual de uma estória. Ao ler, você assume o papel de diretor do filme, porque constrói a imagem dos personagens e das cenas na cabeça. As pessoas precisam perceber que o prazer da leitura é igual ao de assistir a um filme”, afirmou Jane.

Campanha Nacional – Nacionalmente, a campanha foi idealizada pelo jornalista Felipe Brandão, desde 2013. Ele criou uma página no Facebook, que já tem pouco mais de 44 mil curtidas, convidando pessoas de todo o país a esquecerem livros já lidos em locais públicos para que sejam encontrados por novos leitores. Felipe também estimula os participantes a postarem fotos do “esquecimento”, para estimular novos adeptos. A ideia surgiu nos Estados Unidos a partir do conceito bookcrossing, e aqui foi idealizada pelo jornalista. 

 

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Os Espaços Carybé de Artes, no Forte de São Diogo, e o Pierre Verger da Fotografia Baiana, no Forte de Santa Maria, ambos no Porto da Barra, e administrados pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), iniciam o mês com ampliação de conteúdos culturais. A partir desta quinta-feira (6), quem for ao Carybé de Artes encontrará a exposição “Aquarelas do Brasil”. Com o auxílio de óculos virtuais, os participantes poderão mergulhar pelo ambiente em uma série de 50 aquarelas de Carybé, que conta a história do descobrimento do Brasil, segundo a Carta de Pero Vaz de Caminha.

Outra novidade é que o público poderá conferir projeções mapeadas do artista na fachada do lado esquerdo do Forte São Diogo – antes a atividade só alcançava a frente e o lado direito –, além de um novo vídeo com obras artísticas e fotos do argentino, dentro do Espaço.

Espaço Pierre Verger – Pelos próximos dois meses, o Espaço Pierre Verger da Fotografia Baiana, no Forte de Santa Maria, abrigará a 4ª Exposição Temporária do projeto Fragmentos. Intitulada de "Um certo romantismo baiano", a mostra traz 25 imagens que retratam a doce e calma tranquilidade da vida baiana pelas lentes da fotógrafa Sinísia Coni.

Também chega ao local a exposição intitulada FUNDAC (Fundação de Assistência à Criança e ao Adolescente). Foram disponibilizadas 400 fotos de fotógrafos baianos que abordam temas variados, em especial a Liberdade, para que os jovens internos assistidos pela instituição fizessem a curadoria.

 “Roma Negra, uma cidade da Bahia”, do fotógrafo Marcelo Reis, é outra estreia dessa semana . A exposição homenageia os soteropolitanos e Salvador por sua religiosidade negra, por suas igrejas, terreiros, ruas, becos, vielas, ladeiras e esquinas. Os fortes de Santa Maria e de São Diogo funcionam de quarta a segunda, de 11h às 19h. O ingresso para as atrações custa R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) e é válido para visita aos dois equipamentos. Todas as quartas-feiras, a entrada é gratuita. 

 

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Depois de cinco dias de festividades, desde a chegada do Fogo Simbólico em Pirajá no último sábado (1º), as comemorações pela Independência do Brasil na Bahia serão encerradas nesta quarta-feira (5), a partir das 18h30, com a Volta dos Caboclos. Esse é o momento em que os carros emblemáticos do Caboclo e Cabocla, que estiveram na Praça Dois de Julho (Campo Grande) desde o domingo (2) retornam ao Pavilhão Dois de Julho, no Largo da Lapinha. O evento faz parte da programação cultural promovida pela Prefeitura, por meio da Fundação Gregório de Mattos (FGM).

Para seguir a tradição da parte mais animada dos festejos ao Dois de Julho, os participantes serão acompanhados pela Orquestra do Maestro Reginaldo de Xangô, fanfarras e grupos culturais. O percurso é o mesmo do realizado no dia 2, só que no sentido inverso: Campo Grande, Avenida Sete de Setembro, Praça Castro Alves, Rua Chile, Praça Municipal, Terreiro de Jesus, Pelourinho, Santo Antônio, Soledade e Lapinha. As atividades envolveram a realização do Encontro de Filarmônicas, no domingo (2), e do Baile da Independência, na segunda (3), ambas realizadas no Campo Grande.

Encontro - Os aspectos que tornam a Independência do Brasil na Bahia como parte importante do patrimônio cultural da cidade foram abordados no quarto encontro do projeto "Patrimônio É...”, realizado no Espaço Cultural da Barroquinha na noite de terça-feira (04). Promovida pela Fundação Gregório de Mattos (FGM), a iniciativa faz parte do programa Salvador Memória Viva, que visa proteger e estimular a preservação do patrimônio cultural da cidade.

O encontro contou com as presenças da professora e escritora Antonietta Nunes, autora do livro “Salvador, a primeira capital do Brasil”; do cientista social e professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), Fábio Baldaia; do maestro Fred Dantas, um dos idealizadores do Encontro de Filarmônicas do 2 de Julho; e Tata Anselmo Santos, fundador do Terreiro Mokambo, localizado no bairro do Trobogy.

A professora Antonietta Nunes trouxe à plateia uma abordagem esclarecedora e apurada da data magna baiana. “Não vou falar da Independência da Bahia porque já éramos independentes desde o momento em que Dom João VI, ainda como o príncipe regente, elevou o Brasil e Algarves (província portuguesa) à condição de reino”, iniciou. Ela explicou que Portugal tentou retomar a soberania da colônia após a designação oficial de Dom João VI e de revoluções liberais europeias do século XVIII, a exemplo da Revolução Francesa, que inspiraram a luta da população brasileira pela busca do direito de igualdade.

“Por aqui pelo país já havia acontecido as inconfidências mineira, carioca, pernambucana, baiana. Todos esses movimentos buscavam a implantação de uma república”, prosseguiu a professora. Uma das medidas tomadas por Dom João VI para manter o legado conquistado na América Portuguesa foi deixar o filho, Dom Pedro I, para cuidar do império - D. João já havia sido coroado rei e estava de retorno para Portugal.

Por volta de 1822, Portugal resolveu mudar o comandante das armas no Brasil ao tentar trocar o brasileiro Manuel Pedro de Freitas Guimarães pelo português Inácio Luís Madeira de Melo. Um desacordo entre Câmara e a Junta Governativa de Salvador fez o europeu ficar furioso e tomar a cidade à força, assumindo, com isso, todo o poder bélico.

A atitude foi considerada um dos estopins para que os baianos fossem a campo em busca da total independência. “A partir daí houve uma concentração expressiva de cidadãos no Recôncavo. O único jeito de tomar Salvador - que era uma cidade fortificada -, sem armas, era não deixar chegar alimentos de fora. O plano foi executado e tornou possível a rendição dos colonos”, completou Antonietta.

Hino – Nasce o sol a 2 de julho/ Brilha mais que no primeiro/ É sinal que neste dia/ Até o sol é brasileiro. Os versos do hino ao Dois de Julho são para o maestro Fred Dantas "uma poesia verdadeira". Ele falou sobre o significado histórico da canção e do trabalho realizado à frente do Encontro de Filarmônicas, que acontece há 26 anos durante os festejos da Independência da Bahia.

"O hino ao Dois de Julho foi composto por Ladislau dos Santos Titara. Ele era filho de advogado e chegou a ser major do Exército brasileiro, participando junto com o general Labatut diretamente do conflito em armas. Ladislau compôs esse hino em 1824, em parceria com o Santos Barreto", esclareceu Dantas. Ele comentou que o cântico tem a simbologia de testemunho. "Não é um hino encomendado, feito a posteriori por alguém ou que foi escolhido por meio de um edital. Foi feito por alguém que lutou nessa guerra", acrescentou o maestro.

Religiosidade – No encontro, Tata Anselmo falou sobre uma das figuras mais emblemáticas durante as comemorações para o Dois de Julho: os caboclos. Para ele, os personagens, que percorrem todo o ano em cortejo da Lapinha até a Praça do Campo Grande, agregam uma vasta gama de significados, ultrapassando, muitas vezes, o sentido cívico. “As pessoas começaram a depositar a sua fé e devoção muito grandes nesses ícones, elevando essa condição cívica a uma condição mística. Hoje é comum encontrar no carro dos caboclos bilhetes, pedidos. É a fé popular que elevou eles a patronos do desfile”, argumentou o religioso.

Símbolos – O cientista social Fábio Baldaia explanou sobre os ritos e símbolos integrados aos festejos da emancipação baiana, que compõem e influenciam na constituição da memória e da tradição histórica. Ele citou o Fogo Simbólico, os Caboclos e o cortejo que reproduz a entrada do exército libertado, entre outras manifestações.

“Ao mesmo tempo que a comemoração ao Dois de Julho traz uma baianidade cívica, de exaltação nacional, patriótica, também traz as partes religiosa, artística, estética, política e de contestação popular. Tudo isso compõe o painel geral que faz com que as pessoas vivam a nacionalidade. A composição desses pequenos rituais e símbolos faz com que a população a cada ano reviva e reative memórias que foram construídas há quase dois séculos”, completou.

 

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Sete dos oito totens comemorativos ao Dois de Julho ficarão expostos em pontos estratégicos até a noite da próxima quarta-feira (5). A ação coincide com o encerramento das celebrações da Independência do Brasil na Bahia, e o retorno dos carros emblemáticos conduzindo as imagens representativas do Caboclo e da Cabocla, no trajeto inverso da festa, entre os bairros do Campo Grande e da Lapinha. O oitavo elemento, localizado na Ladeira do pelourinho, foi removido nesta segunda-feira (3), por determinação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Medindo 2,40 metros de largura por 4,20 metros de altura, os símbolos foram estrategicamente mesclados à paisagem de locais históricos da cidade - e de grande representatividade para a celebração da Independência -, como o Largo da Lapinha, a Praça da Piedade, a Praça 2 de Julho (Campo Grande) e o Largo do Pelourinho, Soledade, Terreiro de Jesus, Boqueirão e Praça Municipal. Nos totens, além das imagens, o público pode conferir trechos da história e curiosidades de cada um dos momentos da luta contra o domínio português, ocorrida entre 19 de fevereiro de 1822 e 2 de julho de 1823 em diversos municípios da Região Metropolitana de Salvador.

"Há cinco anos realizando o Dois de Julho na Prefeitura, percebi que é cada vez menor a presença de jovens na festa. Isso acontece, em grande parte, devido ao desconhecimento destas pessoas acerca do ocorrido na luta pela independência da Bahia. Por conta disso, os totens são uma forma lúdica de mostrar detalhes desta importante data, de forma que todos possam apreciar mais a comemoração", afirma o presidente da Fundação Gregório de Matos (FGM), Fernando Guerreiro.

Agenda - Os festejos do Dois de Julho prosseguem nesta segunda-feira, com o grande Baile da Independência, no Campo Grande, entre 18h e 21h30, comandado pela Orquestra do Maestro Fred Dantas.

Na terça (4), o Espaço Cultural da Barroquinha recebe, a partir das 18h, a roda de conversa intitulada "Patrimônio É - 2 de Julho – Símbolos da Independência”. O evento será gratuito e terá como convidados a professora e escritora Antonietta Nunes, autora do livro “Salvador, a primeira capital do Brasil”; do cientista social e professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), Fábio Baldaia; do maestro Fred Dantas, um dos idealizadores do Encontro de Filarmônicas do 2 de Julho; e Tata Anselmo Santos, do Terreiro Mokambo, localizado no bairro do Trobogy.

Patrimônio - O projeto "Patrimônio É" faz parte do programa Salvador Memória Viva, de proteção e estímulo à preservação do patrimônio cultural da cidade, e acontece uma vez por mês, no Espaço Cultural da Barroquinha. O evento tem como principal proposta agregar valor simbólico e senso de pertencimento do povo de Salvador com a própria cidade.

Dos nove encontros previstos para 2017, três deles já foram realizados e discutiram os temas “Arte urbana: espaços em mutação”, “Arquitetura Modernista em Salvador” e “Samba Junino”. Quem participar de, pelo menos, 70% das rodas de conversa, terá direito a receber certificado ao final da programação.

Novidades - Para o próximo ano, uma das grandes novidades da Prefeitura para a festa será a criação de um memorial da Independência, uma espécie de museu audiovisual, que será implantado na Lapinha, no mesmo local onde, durante todo o ano, são guardadas as imagens dos caboclos. O projeto já está pronto e aguarda detalhes burocráticos para avançar.

 

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O prefeito ACM Neto participou, no final da tarde de hoje, na Praça Dois de Julho, no Campo Grande, do encerramento da programação do dia em homenagem às comemorações pela Independência do Brasil na Bahia. Acompanhado do vice Bruno Reis, o prefeito, que participou do desfile cívico pela manhã, acompanhou o hasteamento das bandeiras do Brasil, da Bahia e de Salvador, colocação de coroas de flores no monumento ao Dois de Julho e acendimento da Pira do Fogo Simbólico.O governador Rui Costa também esteve presente na cerimônia, ao lado de outras autoridades civis e militares 

Mais uma vez exaltou a importância histórica da data e a emoção de participar do evento mais uma vez como prefeito da primeira capital do Brasil. "Sinto um orgulho danado. Afinal, não devemos nunca esquecer o papel fundamental que os heróis baianos tiveram para assegurar a independência e liberdade do povo brasileiro", salientou. 

Em conversa com a imprensa presente, ACM Neto falou sobre o lançamento do terceiro eixo do Salvador 360: o Investe, que deverá acontecer no próximo dia 10. "Nesse eixo vamos tratar dos investimentos públicos em infraestrutura. Serão mais de R$3 bilhões em investimentos importantes, com recursos oriundos de empréstimos nacionais e internacionais e orçamento da Prefeitura. Com o Salvador 360, a cidade vai dar um salto na geração de emprego e renda". 

ACM Neto lembrou que já tramita na Câmara de Vereadores a proposta do novo Código de Obras da cidade, que faz parte do primeiro eixo do programa, o Salvador Simplifica - visa desburocratizar a relação entre o cidadão, pessoa física ou jurídica, e a Prefeitura. O segundo eixo já lançado foi o Negócios. "Estamos indo na contramão da crise com inovação e modernização da gestão".

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