Cultura

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A segunda edição do Circuito #Reconectar, iniciativa promovida pela Prefeitura por meio da Fundação Gregório de Mattos (FGM), será iniciada nesta quarta-feira (24). Até novembro, alunos de dez escolas da rede municipal de ensino têm a chance de “voltar” ao passado da cidade, com essa história sendo contada a partir dos monumentos com as placas de QR Code.

O projeto visa estimular o interesse de estudantes, moradores e visitantes acerca dos símbolos que dão identidade e fazem parte de memória histórica de Salvador. Além disso, pretende possibilitar o acesso e divulgação de informações sobre os monumentos públicos da cidade; promover a construção de valores e pertencimento a essas obras; e diminuir atos de vandalismo.

O passeio é conduzido por um guia da Pheregrinos Culturais que, além de apresentar os pontos turísticos, situa cada um deles historicamente e interage com os jovens. A linguagem é informativa e associada às novas tecnologias, como a leitura da ficha de cada obra através do celular ou tablet com leitor QR Code.

Até novembro, participarão da atividade alunos do Fundamental II, que vão percorrer um dos dois roteiros/circuitos turísticos e históricos de Salvador, montados pela Gerência de Patrimônio Cultural da Fundação (Gepac). Por dia, acontecem duas visitas: uma no turno da manhã, das 7h30 às 11h30, e outra, à tarde, das 13h30 às 17h. A FGM contratou um serviço de ônibus para buscar os estudantes na escola e levá-los de volta, com estrutura de ar condicionado e sanitário.

Este mês, no dia 24, os alunos da Escola Municipal Jorge Amado, em Itapuã, percorrerão o Circuito 1 – Vila Primitiva, que compreende o trecho entre o Forte São Diogo ao Cristo da Barra. Já no dia 30, é a vez dos estudantes da Escola Municipal Cidade de Jequié, na Federação, percorrerem o Circuito 2 – Centro Histórico, da Praça da Sé à Praça Castro Alves. O Circuito #Reconectar tem as parcerias da Secretaria Municipal da Educação (Smed) e da Companhia de Desenvolvimento Urbano de Salvador (Desal).

Roteiros

1 – Vila Primitiva (Forte São Diogo ao Cristo da Barra)

A rota da cidade primitiva, povoação onde estava instalada uma vila tupinambá e por onde passaram os estrangeiros que desembarcavam pela larga barra da Baía de Todos-os-Santos, ou seja, pela Ponta do Padrão, entre o Farol e o Porto da Barra. Ali se instalou Diogo Álvares, o Caramuru, e extensa família; Francisco Pereira Coutinho, capitão donatário; e depois Tomé de Sousa, governador-geral, até a fundação da cidade. Esse roteiro dá conta do cerne da cidade, chamado “caminho do conselho”, de onde saiam às principais decisões da província e onde estão importantes exemplares de templos religiosos, fortificações e marcos.

2 – Centro Histórico (Praça da Sé a Praça Castro Alves)

A rota da cidade fundada por Tomé de Sousa, primeiro governador geral do Brasil, em 1549, compreendida entre duas portas: Santa Catarina, ao norte, e Santa Luzia, ao sul. Eis a cidade planejada, o centro administrativo do país, a “Cabeça do Brasil”, onde estavam instalados importantes pólos do poder colonial: Palácio Rio Branco (sede do governo), Casa de Câmara e Cadeia, e Catedral da Sé (demolida no século XX, em prol da modernidade). A história de Fundação da Cidade do Salvador pode então ser lida através dos edifícios e monumentos instalados nesse roteiro.

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O espaço Boca de Brasa do Subúrbio 360, em Coutos, realiza nesta sexta-feira (19), às 19h, mais uma edição do Palco Aberto. O evento acontece todo mês e tem o objetivo de dar oportunidade para os artistas locais se apresentarem com teatro, música, coreografia e oficinas. O tema escolhido para este mês de julho é Mulheres Negras, em alusão ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, comemorado no próximo dia 25.

O Palco Aberto terá a presença da atriz Zeca de Abreu, que fará a reestreia nos palcos do Boca de Brasa como apresentadora do evento. Nas primeiras atrações da noite, o público poderá assistir ao quadro de entrevistas Me Conte, com a estilista Mada Negrif. Ela compartilhará a trajetória no mundo da moda, mostrando os desafios e as conquistas de uma mulher negra e empoderada.

O quadro de estilo e beleza Tá na Moda deste mês levará ao Boca de Brasa o Grupo Focus Model. Com a direção de Jonas Bueno, o público poderá assistir ao desfile da grife Negrif, de Mada Negrif, em looks exclusivos, montados pela própria estilista.

Prata da Casa - Três grupos artísticos se apresentarão no quadro Prata da Casa. A Cia de Teatro Avisa Lá encenará uma esquete teatral que retrata o preconceito e o bullying sofridos por jovens mulheres negras. Já a Uzarte Dança animará a plateia com uma coreografia em cima de canções de mulheres negras do cenário pop brasileiro, a exemplos de Iza e Ludmila. A Artvidance, grupo de dança de Nova Brasília de Valéria, traz uma coreografia sobre o empoderamento negro.

Garimpando Talentos – No Garimpando Talentos, a drag Tabatha Vermont, além de apresentar um divertido número de dublagem, traz este mês ao Palco Aberto o stand up de humor Berenice, a Faxineira. Na atração, o comediante Bruno Mezenga narra as lutas da engraçada faxineira Berenice, na busca de respeito pela profissão; o Grupo Ritmo Sem Limites, de Plataforma, que mostrará todo o talento em coreografias de Dança de Rua; e as drags do coletivo As Apimentadas, que apresentarão uma coreografia com canções de divas negras do pop mundial, com danças urbanas e muito funk.

Apresentação especial – A convidada especial do Palco Aberto é a drag Ferah Sunshine, do coletivo Bonecas Pretas. Ela conduzirá dois números em homenagens a cantoras negras do Brasil. No primeiro, uma dublagem da música “Bonecas Pretas”, de Larissa Luz, em referência ao nome do coletivo. No segundo, uma dublagem da música “Abaluye”, de Clementina de Jesus, numa homenagem à cantora e compositora que completa 32 anos de falecimento, justamente nesta sexta (19).

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Os artistas baianos que lidam com pinturas e grafitagem já podem se inscrever para a 13ª edição da CowParade Brasil, considerado o maior evento de arte urbana do mundo. A iniciativa foi lançada nesta terça-feira (16), no Museu Náutico da Bahia, Forte de Santo Antônio da Barra, no Farol da Barra. Estiveram presentes o prefeito ACM Neto e a sócia-diretora da Toptrends, Catherine Duvignau, empresa organizadora da exposição, além de gestores municipais e imprensa. A cerimônia de abertura ainda contou com performance da grafiteira Sista Katia, convidada para pintar uma obra ao vivo.

Na ocasião, o prefeito destacou o empenho que a administração municipal tem tido para apoiar eventos nacionais e internacionais, inclusive em ações que contemplem o segmento de arte a céu aberto. “Sabemos a repercussão que esse evento tem em diversas cidades do mundo, e é uma honra para Salvador ter sido escolhida. Se há uma coisa que estamos procurando na cidade é dar vida as coisas. Um exemplo disso é a grafitagem nas geomantas, uma iniciativa que vem se replicando em vários locais da cidade”, disse.

Com apoio da Prefeitura, através da Empresa Salvador Turismo (Saltur), a CowParade selecionará 60 projetos, nos quais os artistas poderão mostrar todo o talento não em uma tela plana ou parede, mas em uma escultura de vaca feita em fibra de vidro, com tamanho natural do animal. As inscrições podem ser feitas através do site www. cowparade. com. br até o dia 2 de agosto.

Depois que as vaquinhas receberem as intervenções artísticas, elas serão expostas em locais públicos e privados de acesso à população, a partir de 11 de outubro até 20 de novembro. As 60 esculturas pintadas ainda ficarão à mostra no Shopping da Bahia pelo período de um mês, antes de serem leiloadas. O valor arrecadado será doado para instituições beneficentes da capital baiana, que ainda estão sendo selecionadas.

O prefeito ainda complementou que Salvador tem sido alvo de estratégias da gestão para o fortalecimento do calendário de eventos, cada vez mais diversificados, e que há editais e projetos lançados através da Fundação Gregório de Mattos com intuito de fomentar e valorizar a cultura local.

Expectativa – O CowParade acontece há mais de 20 anos ao redor do mundo. No Brasil, cidades como São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Goiânia e Belém já receberam a intervenção. “Estamos encaixando Salvador para o mundo, dentro do calendário mundial. Superfelizes e com grande expectativa artística para o que vai acontecer aqui”, disse Catherine Duvignau.

Madrinha da exposição e presidente de honra do Parque Social, Rosário Magalhães destacou que o CowParade é uma vitrine à arte cotidiana de Salvador: “É um evento de repercussão mundial e valoriza a arte local para que os artistas, tanto famosos quantos anônimos, se projetem. Os projetos irão embelezar a cidade e o mais importante é o cunho social por trás de tudo, já que o que for arrecadado será destinado a instituições sociais”.

Caráter beneficente – Além de expor a beleza e exuberância das obras, a exposição também visa promover a responsabilidade social. No Brasil, o projeto já arrecadou e doou mais de R$ 6 milhões para ações de responsabilidade social como Fundação Abrinq, Fundação Gol de Letra, Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas), Rio Inclui, Associação Voluntariado de Apoio à Oncologia (Avao), entre outras.

Ao redor do mundo, mais de 10 mil artistas já participaram da CowParade e estima-se que mais de 500 milhões de pessoas tenham visto uma das esculturas. No total, mais de US$ 35 milhões foram levantados para entidades beneficentes através do leilão das peças.

Origem – A CowParade surgiu com a ideia de um artista suíço chamado Pascal Knapp, em 1998, quando apresentou três modelos de vaca – deitada, pastando e em pé – durante um evento de arte em Zurique. Para o escultor, as vaquinhas seriam a forma mais criativa de reproduzir uma tela tridimensional para artistas locais se expressarem. Com pincéis, tubos de cola, apliques e outros tipos de adereços, o artista poderia aproveitar toda a superfície em tamanho natural, repleta de particularidades e curvas para imprimir sua arte.

Desde então, estima-se que mais de R$ 500 milhões de pessoas já se depararam com pelo menos uma obra nas ruas dentre as 97 exposições registradas em 33 países. Aqui no Brasil, 700 artistas já pintaram uma das vaquinhas. Mais de 20 milhões de pessoas já se deparam com uma das exposições.

 

 

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Uma exposição criada por alunos da Escola Municipal Gersino Coelho, em Narandiba, movimentou a tarde desta quinta-feira (11) na unidade. Intitulada de Ciranda da Diversidade, a atividade foi desenvolvida através de uma parceria da instituição de ensino com o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência da Universidade Federal da Bahia.

De acordo com a professora de artes visuais Suzana Castro, coordenadora do projeto, a proposta da atividade foi fortalecer a autoestima dos alunos para que eles pudessem se desenvolver melhor nos estudos de outras disciplinas. “Acreditamos que o aluno quando tem uma autoestima mais fortalecida fica apto a aprender. Como a gente nota que as vezes eles se veem de uma forma que não é a deles, se colocando loiros, brancos e com outras características divergentes, tentamos fazer o projeto de forma que ajudasse a eles a se aceitarem melhor para poder se desenvolver em outras áreas”, explicou.

Através do programa, seis bolsistas atuaram na escola. Dentro do projeto, cada um dos envolvidos desenvolveu um subtema diferente. Foram contempladas seis turmas com alunos de 1º ao 4º ano, atingindo, aproximadamente, 150 alunos.

A atividade teve início em fevereiro deste ano e encerrou nesta quinta-feira com a apresentação dos trabalhos produzidos ao longo das aulas. Alunos de toda a escola visitaram a exposição guiados por monitores da Ufba. A partir dos próximos encontros as reuniões do projeto servirão para rever os resultados obtidos nos trabalhos e avaliar quais atividades podem ser repensadas.

Dentre as atividades elaboradas pelos monitores estão as releituras de obras de artistas brasileiros e estrangeiros que, durante o processo criativo, deram liberdade aos alunos para se expressar. Dentre os artistas que serviram de inspiração destacam-se Tarsila do Amaral e Carybé. 

Para que eles pudessem se autoconhecer foi proposta a criação de desenhos deles em forma de super-heróis. A partir deste resultado, criaram bonecos com massa de modelar desses personagens, e criaram histórias em quadrinho,. 

O destaque das atividades ficou por conta do projeto de inclusão que em um mural trabalhou elementos da cultura afro-brasileira e africana além da criação de um alfabeto em braile para aproximar uma aluna que tem deficiência visual dos outros estudantes.

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A Casa do Benin, no Pelourinho, recebe mais uma edição do Culinária Musical no próximo domingo (14), das 12h às 17h30. Idealizado pelo ator e afrochef Jorge Washington, além da feijoada de feijão preto e arrumadinho de carne de fumeiro, o projeto terá muita música. A entrada custa R$20 (em espécie) e o prato, R$30 (dinheiro ou cartão).

O Culinária Musical vem se solidificando como ponto de encontro de diversas expressões culturais do cenário artístico baiano. Além dos pratos, o público também poderá conferir a black music de Denise Correia e da banda Naveiadanêga para animar os presentes, que ainda vão curtir as participações especiais de Jacira Maria Flor, acompanhada pelo violonista Jajá Santana e da cantora Rosi Marback, trazendo muita bossa nova, MPB e samba.

Jorge Washington explica que sempre adorou cozinhar e a relação com a comida vem desde criança, passada de mãe para filho. “Eu adoro cozinhar. Cozinha é energia, é troca. Adoro ir pra feira, principalmente a Feira de São Joaquim. O Culinária Musical é a junção de tudo isso, é uma mistura de linguagens. O público é de todos os segmentos e eu fico muito feliz com isso. Comecei no Garcia, na Casa de Pedra, já fui para outros locais e agora estou na Casa do Benin e lá as pessoas já entram e dialogam com as exposições, e isso é muito forte. É essa vivência que me faz feliz”, conclui.

 

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Há precisamente 196 anos, a união dos cidadãos baianos resultou na libertação do estado do domínio da Coroa Portuguesa, culminando de vez com a Independência do Brasil. Neste ano, a celebração pelo Dois de Julho, data magna do estado, tem como foco a participação popular com a temática “Patrimônio do Povo”. A festividade é organizada pela Prefeitura, através da Fundação Gregório de Mattos (FGM).

Com início às 6h, a programação do desfile da Independência será aberto com uma alvorada de fogos no Largo da Lapinha, seguido do cortejo cívico, que terá a presença do prefeito ACM Neto. A programação contempla ainda o hasteamento de bandeiras realizado por representantes da sociedade civil, autoridades municipais, estaduais e das Forças Armadas, acendimento da Pira do Fogo Simbólico e encontro de filarmônicas.

De acordo com o historiador Francisco Senna, a presença do público nas ruas do cortejo cívico para se manifestar e reverenciar a história travada por batalhas acirradas é motivada pela essência das batalhas: a importância da união popular no processo de luta até a libertação do estado das tropas portuguesas e a permanência do sentimento de missão cumprida pelos baianos.

“O cortejo, essa manifestação de alegria e espontaneidade nunca foi organizada por militares, sempre foi organizada por uma comissão civil. Diferente do 7 de Setembro, o Dois de Julho tem outro foco, com o povo desfilando, se manifestando e vibrando. É uma organização desorganizada, pois não tem cordas, todos participam. É a festa mais bonita da Bahia tanto pela participação popular quanto pelo simbolismo”, detalhou o professor.

Os símbolos do Caboclo e da Cabocla são marca registrada da festa e buscam proporcionar uma reflexão sobre o povo, os habitantes e os herdeiros originais do território brasileiro: os índios. As esculturas em madeira dos caboclos – tanto a original esculpida pelo artista Manoel Inácio da Costa quanto a réplica – representam justamente o povo, o que demostra que a participação popular está intrinsecamente ligada ao movimento que culminou na Independência da Bahia.

Figuras populares históricas – Segundo Francisco Senna, diversos pontos históricos mostram o quanto a participação da população foi imprescindível no processo. Um dos momentos emblemáticos é o assassinato do soldado Tambor Soledade, mártir da Independência. Ele foi atacado por uma canhoneira enquanto comemorava, em Cachoeira, o resultado da votação da consulta de base com os deputados que aprovou a proposta de Independência do Brasil.

Mas há outros nomes tão importantes quanto este registrados na história baiana e que colaboraram nas lutas, a exemplo das guerreiras Maria Quitéria e Maria Felipa. Disfarçada de homem, Quitéria ingressou no Exército para fazer resistência a Portugal. Já Felipa lutou bravamente na Ilha de Itaparica, ao lado de outras marisqueiras, com o auxílio apenas de pedaços de pau e ramos de cansanção.

“Houve a liderança de nobres no movimento, mas quem lutou, foi à frente e deu sua vida a prêmio, foi o povo – brancos mais humildes, negros, índios. Foi o povo quem abraçou a causa e alguns grupos populares se destacaram, como as marisqueiras da Ilha de Itaparica e os boiadeiros de Pedrão que ainda desfilam no cortejo. Foi assim que se constituiu uma luta popular de fato”, destacou Senna.

O historiador complementa que a essência da celebração do Dois de Julho se fortalece a cada ano. “É uma festa rica em simbolismo, registros históricos, monumentos, reúne pessoas de todas as idades, escolas, grupos folclóricos, capoeiristas, baianas e até a classe política. Esse espirito não morre! Tem autenticidade e espontaneidade, todos participam. A história todos conhecem, então é uma festa viva!", finalizou.

 

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O Teatro Gregório de Mattos (TGM), no Centro, recebe o lançamento do “Livro do avesso, o pensamento de Edite”, de Elisa Lucinda, na próxima segunda-feira (1º), às 18h. Segundo romance da escritora e poetisa capixaba, publicado pela Editora Malê, a obra é uma coleção de textos que revelam os caminhos íntimos e inquietantes da imaginação da autora. O evento é aberto ao público.

Nas 156 páginas da obra, Elisa Lucinda desnuda, com graça e leveza, o íntimo de sua personagem narradora-protagonista, aficionada pelas palavras e que toma notas das próprias vivências e sonhos. Em uma coleção de mais de cem pensamentos da personagem Edite, encontra o jeito singelo de falar de amor, do sexo, da morte, do medo, da saudade.

Perfil – Natural de Vitória (ES), Elisa Lucinda é poeta, atriz, jornalista, professora e cantora. Publicou 18 livros. O primeiro romance, Fernando Pessoa, o Cavaleiro de Nada, foi finalista no Prêmio São Paulo de Literatura em 2015.

Com a coleção Amigo Oculto, de livros infanto-juvenis, foi laureada, em 2002, com o selo Altamente Recomendável da FNLIJ (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil) pelo título A menina transparente. No Rio de Janeiro, fundou e dirige a Casa Poema, instituição socioeducativa com diversos projetos que visam à formação cidadã e promovem o desenvolvimento da capacidade de expressão.

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Moradora do Subúrbio Ferroviário, a produtora de eventos Neusinea Maciel Miranda, 25 anos, conta que sempre quando passava pela praça do Campo Grande, no Centro, olhava para o Monumento ao Dois de Julho com a curiosidade de conhecer de pertinho o caboclo que se encontra no topo do conjunto. “Tenho reverência pelo que ele representa para mim, até por ser uma das entidades do terreiro de candomblé onde frequento lá na região do Parque São Bartolomeu”, disse.

O que parecia inviável se tornou realidade. Nesta quinta-feira (27), Neusinea e mais três selecionados do concurso cultural “Aos pés do caboclo” tiveram a chance de escalar o monumento para conhecer de perto cada detalhe histórico e arquitetônico da obra. Até chegar ao topo da estrutura, não teve quem resistisse à tentação de tirar selfies, fotos panorâmicas e de até poder tocar nas esculturas.

Foi o caso do professor de teatro Rafael Morais, 41, que é natural de Ilhéus, mas mora em Salvador há duas décadas. “Nunca imaginei que iria tocar no caboclo. É um personagem que representa a liberdade e a miscigenação do povo brasileiro. Óbvio que não poderia deixar de aproveitar a oportunidade e fazer meu pedido para ele", revelou.

A visitação foi conduzida pelo professor-restaurador José Dirson, responsável pelos trabalhos de requalificação da estrutura - o serviço está em andamento desde abril passado. O Monumento ao Dois de Julho mede 25,86 metros de altura e é composto por uma coluna de bronze assentada sobre um pedestal de mármore carrara. De cima a baixo, é possível apreciar símbolos de batalhas, inscrições, nomes dos heróis da Independência e esculturas de leões, de águias e até de figuras humanas, como a de uma mulher representando a Bahia e outra, Catharina Paraguaçu.

“Muitos detalhes, n~´ao é? Magnífico isso aqui”, encantou-se a agente de endemia e estudante de hotelaria Marta Sinara, 36 anos. Cearense, ela visitou a capital baiana cinco vezes do último ano para cá. Até já fez pesquisas acadêmicas sobre a contribuição da cultura afrobrasileira na construção do país, tendo Salvador como cenário e inspiração. “É um privilégio conhecer de perto o Monumento ao Dois de Julho. Isso aqui é um marco da Independência. Foi aqui na Bahia onde teve o começo e fim das batalhas pela emancipação, onde os portugueses foram expulsos. Houve muitas guerras, conflitos e muitas pessoas que morreram para que pudéssemos estar aqui”, emendou Marta.

Oportunidade - O "Aos pés do caboclo" foi lançado pela Prefeitura, por meio da Fundação Gregório de Mattos (FGM), com o objetivo de aproximar os cidadãos do Monumento ao Dois de Julho, reforçando o tema das comemorações do cortejo da Independência do Brasil na Bahia em 2019: “Patrimônio do Povo”. Os quatros participantes foram selecionados através da página oficial da FGM no Facebook.

O presidente da FGM, Fernando Guerreiro, contou que a ideia de organizar o concurso surgiu após uma vistoria feita por ele e por uma equipe do órgão. “Foi uma oportunidade que percebemos assim que visitamos o monumento logo no início da restauração. A vista lá de cima nos deu um impacto muito grande e propomos democratizar isso para a população. Mas a finalidade maior é chamar atenção de todos para preservação desse patrimônio, que é um dos mais importantes da Bahia e do Brasil”.

Restauro em andamento - Quem passa pela Praça do Campo Grande hoje vê o Monumento ao Dois de Julho cercado por tablados e por um andaime. Isso porque a Prefeitura realiza no local o restauro da obra, que será concluído em setembro. A última ação do tipo ocorreu entre 2002 e 2003.

A intervenção, entretanto, não vai impactar na realização dos festejos do Dois de Julho, já que parte do cercado será removido para o ato simbólico de hasteamento das bandeiras do Brasil, Bahia e Salvador, e colocação de coroas de flores no monumento pelas autoridades.

Boa parte do piso de mármore que contorna o monumento já foi trocado, assim também como já é possível notar limpeza em algumas peças e pinturas do gradil.

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A Prefeitura prorrogou, até o próximo dia 8, o prazo das inscrições para o Edital Espaços Culturais Boca de Brasa – Ano II. A iniciativa, realizada através da Fundação Gregório de Mattos (FGM), prevê a concessão de aporte financeiro para propostas de aprimoramento à potencialização, dinamização, ampliação e/ou sustentabilidade de atividades desenvolvidas em espaços culturais. As inscrições podem ser feitas no site www. bocadebrasa. salvador. ba. gov. br, onde também está disponível o edital completo.

Serão contemplados até quatro projetos com R$150 mil cada. No período de execução, eles passarão a ser identificados como Espaços Culturais Boca de Brasa. As propostas devem ser apresentadas exclusivamente por instituições de direito privado sem fins lucrativos, também conhecidas como organizações da sociedade civil, estabelecidas há pelo menos um ano em Salvador e que possuam finalidade cultural declarada em estatuto social.

Os projetos apresentados devem ser desenvolvidos, desde a pré-produção até a avaliação final, no período de 1º de novembro de 2019 a 31 de outubro de 2020. Serão priorizadas propostas oriundas de bairros localizados nas Zonas Especiais de Interesse Social do Município de Salvador (Zeis) e de bairros onde não existam equipamentos culturais públicos em funcionamento.

Projeto – O Boca de Brasa faz referência a um dos apelidos do poeta Gregório de Mattos, que dá nome a instituição responsável por desenvolver as políticas culturas municipais. Criado em 1986, o projeto visa fomentar a cultura na periferia, com foco na promoção da cidadania, por meio do incentivo às manifestações artísticas dos bairros da capital baiana.

Em 2013, a ação recebeu um novo formato, com oficinas gratuitas de diferentes áreas artísticas, bem como formação de gestores. Até 2016, foram realizadas 21 edições, com público total de 42 mil pessoas, 120 oficinas realizadas e 2,3 mil agentes culturais atendidos em 20 bairros.

Em 2017, a FGM lançou o edital Espaços Culturais Boca de Brasa, concedendo aporte financeiro a três propostas voltadas ao aprimoramento, dinamização e/ou ampliação das atividades artístico-culturais desenvolvidas em espaços culturais já existentes. Em 2018, a administração municipal construiu dois espaços próprios, localizados no Subúrbio 360, em Coutos, e no Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU), em Valéria, desenvolvendo oficinas e diversas atividades artísticas e culturais gratuitas, como o Cine Clube Boca de Brasa, os Diálogos Boca de Brasa e o Palco Aberto.

 

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